Capítulo 3: Tão profano...

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        _Bom dia senhores!

        _ Bom dia Paulo!- Dissemos juntos e de mãos dadas!Era algo raro Pedro permanecer de mãos dadas comigo por tanto tempo. Ele não era o tipo de pessoa que amava esse ato. Ele era mais de abraços, beijos, esses carinhos maiores... Já estamos juntos a tanto tempo que percebo melhor agora o quão macia e suada é sua mão. Ele tinha isso consigo: Suar muito quando seu coração acelerava.

       _ Como foi a primeira noite do casal? Espero que tenha sido boa. Aproveitaram o café?

       _ Então... Sabe como é, nós dois aproveitamos mais um tempinho na cama...- Pedro respondeu e ficou vermelho instantaneamente dando lugar a quem eu conheci pelas ruas de São Paulo.- Então acabamos não tomando café.. Mas respondendo suas outras perguntas, a estádia aqui é incrível.

      _ Ah sim... Que bom que os senhores aproveitaram mais tempo deitados.
      _ O se foi heheh- Os olhos de Pedro agora estavam em mim, num ar de malícia, enquanto o Paulo, estava.. Bravo?

      _ Hm hm.. bem senhores, se quiserem tomar o desejum, eu posso ir com vocês até a cozinha ver se eles ainda guardaram algumas coisas. Podem me seguir Pedro e senhor João.

       _ Aeee! Clientes Vips hein? Gostei do privilégio.- Ele soltou minha mão na maior agilidade possível. Não sei porque comemorei tal ato.

       _ Você não vem amor?

      _Vou.. vou sim!

                        -π-

       A cozinha era um esteriótipo tradicional do típico industrial. Coisas brilhantes em inox, coisas perfigosas, facas reluzentes, polidas e esterelizadas.

     _Os móveis dessa cozinha são muito especiais né? Tipo, eles são planejados e essas coisas, certo?- eu fazia de tudo pra quebrar o silêncio. Além do mais, quando o silêncio persiste, algo não está certo.

     _ Todo ambiente comercial, recebe uma cozinha dessas sr. João.

    Pedro ri, e eu fico sem graça por dizer aquilo. Me sinto um idiota total.

      _ Bem, pelo jeito as meninas guardaram algo mesmo. Diego, você viu, Maria e Sophia por aí?

     Um cara loiro de olhos verdes balançou a cabeça em resposta a pergunta de Paulo. Parece que cada pessoa do hotel, era alguém estranho e mistérioso. Porém Diego, era diferente de Paulo, pois aquele sorriso... Era hipnotizante. Estava cortando pimentões enquanto seus ajudantes e auxiliares corríam esbarrando uns nos outros.

       _ Tente usar a voz da próxima vez. Eu podia não estar olhando pra ti, e assim nunca saberia sua resposta.

     Engulo em seco. Aquele cara achava que era quem? Ele não podia ser tão grosso assim com as pessoas.

        Diego levantou a cabeça, apertou a faca pequena na mão, então pude ouvir sua voz.

_ Sim senhor.- Era uma voz rouca como a de alguém que acabou de acordar de uma longa noite de sono.

_Ótimo. Senhores, venham, sentem-se aqui.

A mesa onde provavelmente o pessoal da cozinha costumava comer, estava posta pra nós dois. Haviam pães, geleia, sucos, frutas.. mas meu apetite tinha acabado quando vi a cara de Paulo.

_ Amor, o que houve? Não vai comer?

_ Hã? Desculpa. Eu estava distraído. Não estou com muita fome.- E Paulo permanecia na cozinha, eu queria entender qual era a daquele cara.

Elevador da luz vermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora