Capítulo 2

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Yvi

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Yvi

A vida perdeu o sentido, estava tudo preto e branco. Só sabia chorar e chorar. Não pude olhá-lo pela última vez, pois no necrotério haviam informado que ele tinha ficado irreconhecível e por isso o caixão foi lacrado.

Dona Ângela chorava ao meu lado segurando minha mão, Sr. Osvaldo estava firme do outro lado segurando a outra mão e o seu irmão Ricardo estava na porta do velório fumando um cigarro atrás do outro.

Assim que ele foi enterrado fomos todos para a casa do Rafael, lá havia se tornado minha segunda casa de tanto que eu ficava por lá.

Precisava contar o que eu sabia, não sabia como começar, mas aquilo estava me consumindo.

Assim que chegamos, percebi que cada um iria se recolher em seu luto e antes que fossem pedi para falar com todos.

- Não sei se esse é o momento certo, mas preciso contar uma coisa. – Começo a dizer aflita e todos me olham atentamente. – Dia desses, fui pegar uma algo na gaveta do Rafa e encontrei uma arma, achei estranho, mas não o questionei, porém depois desse dia comecei a segui-lo e ontem escutei ele marcando com alguém de se encontrar , ele estava muito nervoso ao telefone. Ia atrás dele para descobrir o que estava acontecendo, mas tia Julia ficou indisposta e não podia deixar ela sozinha. – Baixei minha cabeça e deixei as lágrimas caírem.

- Você acha que eu vou cair no seu teatrinho de viúva desolada? – Ricardo olha com raiva para mim. – Sabia disso tudo e não nos contou antes por qual motivo? Ele estava correndo perigo e você se esqueceu de avisar a família para tomarmos alguma ação. Quis bancar a Sherlock e no final deixou meu irmão ser espancado até morte ou será que não está por trás da morte dele hein? – Cospe as palavras, seu semblante era de ira. Ele se aproxima ficando centímetros de mim, bufando de raiva não penso duas vezes e dou um belo e sonoro tapa em seu rosto. – Vejo a surpresa e fúria passar em seu rosto.

- Cala a boca, que é você para me acusar? – Grito chorando copiosamente – Sinto meu rosto arder e sou segurada pelos ombros. – Ele havia devolvido o tapa e agora  me segurava muito forte.

- Sua maldita, nunca ninguém bateu na minha cara sem que eu tenha revidado, vou dizer pela última vez pra ficar bem gravado nessa sua cabeça oca meu irmão morreu por sua causa escutou bem! – Seu rosto estava colado no meu, ao fundo seus pais gritavam para ele me soltar. Nesta hora uma força que eu não sabia que existia dentro de mim surgiu, eu ergui minha perna e chutei muito forte em sua virilha. Na mesma hora ele me soltou e eu cai sentada no sofá e ele gemendo no chão. Me levantei rapidamente e me abaixei sussurrando em seu ouvido – Essa foi a primeira e a última vez que você encostou essa mão imunda em mim.

Após esse lamentável episódio não saberia como encarar os pais dele novamente. Reuni forças e ao contrário do Ricardo, seus pais sabiam que eu era inocente, estenderam sua mão, porém não tinha mais sentindo eu frequentar aquela casa, no mesmo dia peguei minhas coisas e nunca mais voltei a vê-los.

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