Capítulo 3

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Yvi

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Yvi

O dia amanheceu nublado, minha vontade era ficar na cama. Rolei para o lado e peguei meu celular. A luz da tela me faz fechar os olhos rapidamente para abrir aos poucos novamente. Dez e dezessete marcava a hora. Relutante levantei e fui mancando e fui fazer minha higiene matinal. No espelho vi meu olho esquerdo roxo, meu lábio estava inchado. - Merda - Falei alto enquanto escovava os dentes.

Já na cozinha encontrei um bilhete de Laila, dizendo que havia ido para a agência e que tinha deixado remédios e o café pronto.

Despejei o líquido preto que amo tanto na caneca e liguei a TV só para espantar o silêncio. Comi uma torrada, tomei o analgésico e fui me trocar, colocar meu uniforme como a Laila brincava. Regata , calça de couro bem justa e bota de cano curto todos pretos. As vezes variava a regata e usava branco mas, me sentia melhor usando preto. Dizem que a cor reflete nosso espírito e acho que deve ser verdade. Passei a mão no meu óculos Ray-Ban joguei na minha bolsa celular e a chave de casa e parti .

O escritório ficava numa rua discreta no Brooklyn, para não chamar a atenção, trabalhávamos nos fundos de um restaurante. Ninguém sabia que ali funcionava um escritório onde se investigava os mais diversos crimes. Vamos dizer que quando a FBI não conseguia resolver um caso nós entravamos no circuito e de alguma forma conseguimos êxito e para tal praticávamos muitas coisas ilícitas e ilegais. Até hoje paro e relembro como eu vim parar aqui neste fim de mundo.

Flashback mode on

2018

Depois de muito sofrimento me formei e meu único intuito era entrar no DHPP, Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa de São Paulo, sabia que com ajuda especializada iria conseguir descobrir o que tinha acontecido naquele fatídico dia da morte do Rafael e por seus assassinos na cadeia. Perdi dias de sono estudando para prestar o concurso e assim que consegui entrar fiquei muito aliviada. Porém, as coisas não eram como eu imaginava. Tinham muitos homicídios para investigar e o caso do Rafael havia sido arquivado por falta de provas e a conclusão era latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Todos no Departamento sabiam da minha história e me respeitavam por isso. Sempre que tinha uma brecha me debruçava no caso.

Marcelo era meu colega, sempre via ele me observando, era muito bonito alto, loiro, olhos azuis, musculoso, mas não estava preparada para seguir em frente. Sempre me esquivava de seus convites e cantadas.

Numa sexta, já se passava das dez da noite, ele vai até minha mesa e puxa assunto.

- Loirão, alguma novidade do seu caso? - Ele tinha posto esse apelido - Balancei a cabeça negativamente.

- Olha, não estou te cantando nem nada, vem comigo, vamos jantar quero conversar contigo e aqui não é um bom lugar. - Dessa vez percebi um tom de voz diferente. - Peguei minhas coisas e seguimos em seu carro para um bairro distante. Entramos numa lanchonete 24 horas e fizemos nosso pedido.

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