Capítulo 9

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Ricardo

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Ricardo

Seus lábios eram macios, sua língua era exigente, sugava a minha avidamente. Por alguns minutos esqueci o que nos unia, esqueci todas as merdas que tinham acontecido. Era somente eu e ela. 

Tinha dito a verdade, não queria me importar, me preocupar. Quando a reencontrei e vi que ela tinha mudado radicalmente, ao notar seus machucados, sua forma de agir, de pensar, automaticamente me despertou esse sentimento. Queria protegê-la de todo mal, colocar em meus braços e afastar de tudo. 

Por alguns minutos eu consegui. Ela estava entregue, correspondia aos meus beijos. Se não tivéssemos sido interrompidos neste momento estaria enterrado dentro dela. E isso é o que eu mais quero. 

Volto ao passado, no dia que a vi pela primeira vez. Tinha me encontrado com uns amigos para um churrasco e tinha tomado todas. Abri a porta de casa e escutei vozes vindo da sala de jantar estavam felizes. Sempre dava um jeito de escapar dessas reuniões de família. Óbvio que muitas vezes eu não conseguia. Minha família resumia aos meus pais e meu irmão o resto eram sangue sugas, falsos e hipócritas. 

Eu e o Rafael não éramos um exemplo de união, pelo contrário rolava até uma certa rivalidade, mas o amava e sinto a falta dele. 

Quando pus meus olhos em Yvi, a analisei disfarçadamente, seus olhos foram o que mais me chamaram a atenção, era um azul tão claro que nunca tinha visto aquela cor pessoalmente, seus cabelos eram longos, num tom de loiro muito bonito, não parecia ser pintado, caiam lisos por suas costas, mesmo sentada percebi que não era baixa e tinha um belo corpo. 

Fui muito injusto com ela a culpando pela morte do Rafa e mereci aquela bofetada e me arrependo de ter agido agressivamente naquele dia. 

Por anos aquela cena me perturbou e não tive mais notícias. O destino foi generoso comigo e me colocou de novo frente a frente. Pude perceber sua mudança, tanto física como mental, tive a oportunidade de ir conhecendo dia a dia e confesso que minha admiração também nasceu com esse convívio. Garcia havia me alertando que não iria encontrar a mulher frágil que havia conhecido há cinco anos atrás. 

Na agência todos gostavam dela, cheguei até ficar enciumado até perceber que a consideravam como uma irmã. 

A desejava com todas as minhas forças e pude notar pela forma que ela se deixou levar que era reciproco. 

Desci para jantar e a encontrei na sala, estava vestida com um short bem acima dos joelhos e uma blusinha de alças finas, estava sem sutien e instantemente minha vontade era terminar o que havia começado naquele quarto. 

Sentei de frente a ela e vi nos seus olhos que ela queria o mesmo. Me servi de macarrão que Laila havia feito e fizemos a refeição em silêncio . 

A tensão era palpável, Laila intercalava o olhares para mim e ela. 

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