Capítulo 14

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Ricardo

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Ricardo

Fiz um esforço sobre humano, para me afastar da Ivy. Vê-la ali toda aberta, entregue para mim. Seu néctar ainda está na minha boca e meu pau duro feito rocha. Mas, foi preciso para ver se ela acorda e toma uma atitude.

Posso estar sendo um baita filha da puta egoísta por pressioná-la desse jeito, mas não consigo achar outra forma.

Debaixo do chuveiro, penso nos dias que fiquei fora, pedi para Garcia me dar algum trabalho extra para poder me concentrar em outra coisa que não seja ela.

O trabalho foi simples, dei uns murros em algumas pessoas, isso foi ótimo para extravasar minha raiva mas, a missão acabou e tive que voltar.

Reencontrá-la não foi facil, meu coração bate acelerado toda vez que a vejo.

Isso é patético.

Nunca fiquei dessa forma por nenhuma mulher, pode ser cliché mas, é mais pura verdade. Tive várias mulheres em minha cama, altas, baixas, magras, gordas, loiras, morenas, ruivas, pretas, mais velhas, mais novas, nunca fui de dispensar uma boa foda. Namorei apenas uma vez por alguns meses e não duro muito. Não conseguia viver nesta rotina de casal. Ela era uma ótima companhia mas, antes de pisar na bola e trair, terminei. Fiquei mal vendo ela chorar compulsivamente na minha frente, pedindo pelo amor de Deus pra voltar porém , estava decidido.

Deito na cama e não consigo dormir, são cinco da manhã mesmo sendo muito cedo no Brasil, ligo para meus pais. Sinto falta deles.

- Filho querido que saudades de você! - A imagem da mãe aparece na tela. Depois da morte do Rafael, ela parece ter envelhecido uns dez anos mesmo assim continua uma senhora muito bonita e elegante.

- Saudades também mãe, como estão as coisas por ai? - Pergunto curioso me ajeitando melhor na cama.

- Estamos muito bem, seu pai estava gripado mas, já está novo em folha, sabe como ele é teimoso, adora tomar gelado tenho que ficar no pé dele. - Ela ri caminhando pela casa até chegar na cozinha onde meu pai se encontra.

- Filhão como estão as coisas por ai, não acredite em nada que sua mãe disse sobre mim. Sei me cuidar muito bem. - Fala bem humorado.

- Eu sei pai, o senhor é uma fortaleza, não é qualquer coisa que derruba o Sr. Osvaldo Sanielli. - Brinco.

Sei que estão curiosos, contei tudo a eles, nunca fui de esconder nada de meus pais e não seria agora faria. Somente omiti a parte da Yvi, no momento certo eles saberão.

- Meu filho, alguma pista sobre o assassinato do seu irmão? - Minha mãe pergunta torcendo as mãos, meu pai percebe e gentilmente as segura entre as suas.

- Ainda não mãe, mas a equipe é boa e sei que logo terei noticias. - Falo vestindo uma regata. Faz muito calor aqui mesmo sendo muito cedo os termômetros marcam 24 graus.

- Pai , mãe liguei para saber como vocês estavam, preciso ir agora eu amo vocês, juízo por ai. Logo estaremos juntos novamente. - Me despeço olhando os olhos marejado de ambos.

- Te amamos também pequeno. - Eles dizem em uníssono e a chamada de vídeo se encerra.

Engraçado me chamarem de pequeno, sendo que tenho 1,85 de altura. Mas, penso que para os pais sempre seremos crianças.

Desço as escadas em direção a porta, preciso extravasar minha energia. Toda essa tensão e tesão acumulados estão me desgastando. Alguns dias atrás conversando com Robinson ele disse que toda manhã treina em uma academia e me chamou para conhecer. Ele é um cara legal e sei que me conhecendo melhor também achará isso de mim.

Chego no local e me deparo com um letreiro grande. "Academy Stronger" . Dou risada pelo nome, quando traduzo para o Português. Entro no local e vejo que o mesmo é muito bem equipado com os mais diversos tipos de aparelhos de ginástica. Sou recepcionado por uma bela morena, está vestida com uma roupa de ginástica que cola perfeitamente em seu corpo escultural. Seus seios quase pulam para a fora do top justo.

- Bom dia, posso ajudá-lo ? - Ela abre um belo sorriso. Não posso negar que ela é bem bonita , em outros tempos já soltaria uma cantada e pegaria seu telefone. Mas, infelizmente ou felizmente minhas duas cabeças só pensam em uma loira teimosa.

- Bom dia, sabe me dizer se o Ralf já chegou? - Pergunto por Robinson que se matriculou com seu nome falso.

- Sim, ele que abre a academia praticamente. Te acompanho. - A morena que se chama Samantha me acompanha. Percebo ela me olhando de rabo de olho quando andamos lado a lado, porém não retribuo.

Chego em uma sala nos fundos da academia forrada com tatames, no canto direto um saco enorme de areia é brutalmente espancado pelas mãos ágeis e fortes de Robinson. Ele não percebe nossa chegada. Me despeço da morena, que pisca e sai rebolando.

- Hey The Rock, dá um tempo pro saco descansar coitado. - Brinco me aproximando. - Ele ergue os olhos com o semblante sério mas, em segundos sua expressão se suaviza e aperta minha mão.

- Pronto para tomar umas porradas Sanielli? - Como estamos sozinhos nos tratamos por nossos verdadeiros nomes. - Sedento para te derrubar.

Passamos umas duas horas lutando, Robinson é um excelente lutador, tem muita técnica mas, eu não fico atrás, sei lutar muito bem. Ambos estamos ofegantes e muito suados.

- Cara, detesto admitir, mas você luta muito bem. - Ele estende uma garrafinha de isotônico. Aceito e levanto a mesma em agradecimento. Abro a bebo quase toda num único gole.

Ficamos um tempo calados para recuperar o folego quando ele quebra o silencio.

- Qual é sua com a Yvi? - Sua pergunta é direta.

- Me faço essa pergunta todos os dias desde que a reencontrei. - Sou sincero.

- Vai se abre ai, morre aqui nosso papo. - Ele me encoraja a falar.

- Cara ela me tira do sério já me desculpei, ficamos juntos mas, parece que para ela eu não significo nada. Não estou sabendo lidar com essa rejeição. - Desabafo e parece que uma tonelada sai de cima das minhas costas.

- Se ela deixou você se aproximar tanto ao ponto de ficarem juntos ela não te rejeita. Ela está confusa apenas, para ela também não deve ser fácil, sei lá, vai que ela acha que esta traindo a memória do noivo justo com o irmão dele? - Ele me encara se levantando do chão e esticando a mão para me ajudar a reerguer. - Não a pressione vai ser pior. - Finaliza pedindo para eu segui-lo até o banheiro.


Após uma ducha gelada na academia seguimos para a agência mas, as palavras de Robinson martelam em minha cabeça. Como não pensei nisso antes, deve ser por isso que ela não quer assumir nada. Não havia pensando nesta possibilidade.

Não a encontro na agência e Laila me diz que ela saiu cedo. Onde será que ela se meteu?

A noite cai , já estou em casa e nem sinal dela, estou ficando preocupado. Pego no sono e acordo com o sol invadindo o quarto, desço e não encontro ninguém, subo novamente bato no quarto de Yvi , nada de resposta, abro e vejo a cama arrumada ela não voltou para casa. Tenho uma sensação ruim , odeio sentir isso. Da última vez meu irmão morreu e só de pensar que aconteceu algo com ela meu peito aperta e meu estômago embrulha.

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