Fake Girlfriend • Daniel Seavey (REESCREVENDO)

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Heather •

Acordo sentindo meu corpo dolorido, minhas pernas e virilha principalmente, sei que é normal e logo vai passar, até porque se essa for a consequência por fazer aquilo, com ele, não me importo de sentir sempre, digo isso enfatizando o quão bom foi, porque sei que a dor é característica da primeira vez de uma mulher, ergo meu tronco, coloco meu polegar no espaço que há entre minhas sobrancelhas e pressiono, tentando aliviar a leve dor de cabeça que estou sentindo.

Suspiro pensando sobre a noite de ontem, a qual parece ser surreal e pisco lentamente, ainda tentando me acostumar com a luz, dormimos no chão já que a casa não tem mobília e eu acordei com os raios de sol sobre meu rosto já que sequer cortina essa casa tem.

Olho para minha esquerda, vendo Seavey dormindo em um sono profundo e aproveito para admirar sua beleza, seu abdômen definido que está desnudo, sua pele de porcelana, seus traços joviais e perfeitamente esculpidos, seu cabelo que exala hidratação e... enfim, tudo em si é perfeito, resolvo tomar uma atitude assim que percebo estar prestes a babar.

— Daniel!– Exclamo e dou um tapa em seu braço.

Ele já acorda se sentando de tão assustado, enquanto analisa à sua volta, procurando por algo de errado, penso eu.

— O que foi?– Pergunta em alerta, com a voz sonolenta.

— Você nunca viu nenhum filme romântico?– Respondo com uma pergunta e viro meu corpo para ficar de frente para ele, que parece ainda mais confuso do que há segundos atrás.— Era para eu acordar e você estar me olhando e vendo o quão bonita eu sou!

— Não posso ver isso outras horas?–Questiona moroso entretanto um tom de divertimento brinca em seus voz e semblante.

— Tem que ser comigo dormindo, Daniel!– Explico em efeito de reclamação.

— Da próxima vez eu faço então, você vai acordar e vou estar assim:– Me encara com os olhos arregalados e converte seus lábios em um sorriso assustador.

— Você é tão irritante!– Digo e me levanto.

Vou catando minhas roupas jogadas pelo cômodo, o quarto no segundo andar, minhas pernas doem mais enquanto estou em pé, por isso reprimo dor em caretas as quais ele não pode ver, pois estou de costas, não quero lhe preocupar.

— Está tudo bem com você? sentindo alguma dor ou... enfim, tudo bem?– Questiona.

— Estou muito bem.– Minto.

Sinto suas mãos em minha cintura e vai as deslizando até se encontrarem em minha barriga, me abraçando por trás e transmitindo conforto.

— Não precisa mentir para mim.– Diz a ponta do meu ouvido, não tardando em deixar um beijo molhado por lá, o que me arrepia da cabeça aos pés, sua cabeça está encaixada em meu ombro e sinto o suporte de seu abdômen em minhas costas, o que me faz rir por pensar em o quão abaixado ele está.

—  Estou sentindo algumas dores mas não é nada demais, mesmo. Se fossem eu já estaria chorando, você me conhece.– Asseguro.

— Tudo bem, qualquer coisa, eu estou aqui, ok?– Diz me largando, deixa um beijo no topo de minha cabeça e se afasta.

— Devolve minha blusa, madame?– Pede.

Me viro para si encenando estar neutra, ergo uma de minhas sobrancelhas e ele sorri divertido. Tiro a blusa no mesmo momento e lhe entrego, seu olhar desvia para meus seios sem nada os cobrindo, dou de ombros e me viro novamente para recolher minha blusa um pouco mais afastada. Não tenho muito essa coisa de vergonha com meu corpo, eu amo muito ele, sendo bem sincera, e não vejo problemas dele estar me vendo do mesmo jeito que me viu há poucas horas e provavelmente verá mais vezes.