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Daniel •

Estar em casa é muito bom, rodeado por familiares, amigos com os quais cresci, a atmosfera familiar me traz leveza, acho que estive tão ocupado com meu ofício ultimamente que estar em um lugar onde eu possa respirar longe de tudo isso recarrega minhas energias.

Hoje estamos participando da festa mais familiar, aqui em minha casa mesmo, Tyler saiu para a balada com os amigos ontem para virar a noite, hoje é dia cinco e o dia de seu aniversário, fomos também, porém uma hora lá e estávamos todos cansados, indo para casa, me senti um velho.

Corro meu olhar ao longo do cômodo, prestando atenção nas pessoas aqui presente, paro minha atenção em uma cena um tanto quanto interessante: Heather e Anna rindo à beça enquanto organizam algumas decorações de Tyler. A primeira impressão da minha irmã sobre minha namorada, não foi das melhores, sua justificativa foi de não ter ido com sua cara, mas agora parecem melhores amigas. Fico muito feliz por elas gostarem uma da outra, são pessoas importantes para mim, minha irmã, uma das mulheres mais importantes na minha vida e a Heather, uma pessoa que ocupa um bom lugar nos meus coração e pensamentos.

— Cara, você quer um paninho?– Jack para ao meu lado perguntando e lhe encaro com as sobrancelhas arqueadas.— É porque você está babando pela Heather.– Explica e dou um peteleco em sua orelha.

Nos encaramos como se fossemos começar um duelo porém somos interrompidos.

— Daniel, como você está grande!– Sra. Flores, uma idosa latina que tomava conta de meus irmãos e eu, sempre que meus pais não podiam, chega com um semblante chocado.

— E a senhora mais bonita!– Elogio sendo recompensado com seu sorriso enorme.

— Venha dançar comigo.– Chama e ouço a gargalhada de Jack, tento negar mas ela não me da chances, apenas me desloca do espaço em que estou com sua força.

Porém para no meio do caminho e volta para puxar Jack também, fazendo a situação mais engraçada.

— Margaret também precisa de um par.– Declara e nos leva até o centro da sala, onde outra senhora nos aguarda.

Quase engasgo de tanto rir, então dançamos umas duas músicas lentas com as senhoras, Sra. Flores não parava de relembrar minha infância e dizer que sempre soube que eu seria algo envolvido com a música, sobre eu não andar sem um mini piano de brinquedo que meu pai me deu, lembrou até o nome que eu havia dado ao objeto, Tommy.

— Acho que agora preciso de um copo de água, Sra...– Antes de terminar de dizer ganho sua interrupção.

— Sheila, pode me chamar por meu nome, querido.– Diz e sorrio.

— Preciso de um copo de água, Sheila.– Conserto e ela sorri de volta para mim.

Me afasto, indo até a cozinha para realmente beber água, vou até o armário dos copos mas não havia algum lá, novidade, quando minha mãe fica entediada ela muda as coisas da cozinha de lugar, então início uma jornada, vasculhando todos os armários.

— Não sabia que estaria por aqui.– Ouço uma voz feminina que me paraliza por segundos.

Tento me recompor e viro para o lado em que ela está, vendo Jade a minha frente. Imaginava que iríamos nos esbarrar uma hora ou outra, mas rezava para que não acontecesse. Ela parece melhor do que nunca, sempre lhe disse que ela poderia seguir a carreira de modelo caso quisesse e é verdade.

— Na... casa dos meus pais? no aniversário do meu irmão?– Questiono carregando minha voz em ironia.

Sinto minhas mãos suando quando ela dá um passo a mais, chegando mais perto.

Fake Girlfriend • Daniel Seavey (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora