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Heather •

Nada contente, caminho até Seavey com um copo de café na mão e estendo para ele, que pega e beberica com desdém.

— Quer saber, acho que prefiro café com leite.– Com isso, sinto minha paciência esgotar.

— Já chega!– exclamo dando um basta— não fui contratada para ser sua assistente! tenho cara de ser sua empregada agora? Primeiro você queria café sem açúcar, depois com açúcar, depois ah não quero com espuma e eu fui até o mercado na esquina para comprar essa maldita espuma, então se você não levantar a sua bunda daí e mudar o seu café, você ficará com o café desse jeito!– brigo com ele.

Sua reação é: revirar os olhos e beber o café. Respiro fundo e vou atrás de uma das banquetas altas que ficam a beira do balcão da cozinha improvisada, coloco de frente para ele que está no sofá que fica no centro da ampla sala.

Essa sala é basicamente uma área de recreação, tem um sofá enorme no meio e de frente para ele uma televisão enorme também, atrás uma mesa de pingpong, na parede oposta a televisão tem uma geladeira, uma pia, alguns armários e um micro-ondas, uma parede coberta por janela de vidro que é de frente para o elevador ao qual eu acabei de chegar, um balcão que divide a área do projeto de cozinha de onde fica a mesa de pingpong até a tv e vários pufes espalhados aos arredores.

— Olha, Seavey,– falo obtendo sua atenção sobre mim— sei que começamos com o pé esquerdo e você não deve nada a mim, na verdade eu que devo a você, desculpa, o que eu fiz foi errado, mas vamos deixar isso no passado. Esse emprego é de extrema importância para mim e quando meu contrato terminar, você nunca mais terá que olhar na minha cara, então por favor, vamos fazer as pazes para fazer isso direito, fazer isso dar certo.– Tento apaziguar as coisas.

Com desprezo ele solta um:— Nhe...– e volta sua atenção para o café.

O quão infantil uma pessoa pode ser?

Ouço risadas e vozes muito altas de garotos vindo de uma porta ao lado do elevador, pela placa, aquela porta vem das escadas. As vozes vão se aproximando até que quatro belos rapazes passam por ela em meio a uma conversa animada.

Quando eles me vêem, param de falar e me encaram com um olhar de curiosidade, andam até o sofá e se sentam junto com o loiro arrogante a minha frente, com exceção de um, que vem até mim e pega minha mão.

— Boa tarde bela dama.– Diz e beija a que segura, seus olhos escuros são intensos e seu cabelo é castanho. Os garotos riem da atitude deste, que me larga e senta junto com eles— cavalheirismo, homens.

Sinto meu rosto arder em timidez ao me deparar comigo em uma sala com cinco garotos que me analisavam.

— Ahm...– tento começar a dizer algo mas a verdade é que não há nada em minha mente.

— Caras, essa é minha namorada falsa.– Daniel começa a tirar as dúvidas que eles mostravam apenas com o olhar— O nome dela é Heather. Heather, esses são: Jack, Zach, Corbyn e Jonah.– apontou para cada um.

Assinto lentamente e olho para meus pés sem saber o que dizer para quebrar o clima tenso que eu estava sentindo.

— Não sei se lembra o meu nome...–  o garoto de cachinhos começa mas é interrompido.

— Daniel já disse!– o mais esmilinguido e acastanhado afirma.

— Mas ele disse muito rápido, às vezes não foi tempo o suficiente para ela assimilar!– cachinhos exclama se virando para o acastanhado, e ele está certo, eu mal consegui acompanhar quando ele apontou, até me lembro os nomes mas ele fez muito rápido.

Fake Girlfriend • Daniel Seavey (REESCREVENDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora