Fake Girlfriend • Daniel Seavey (REESCREVENDO)

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Heather •

Suspiro nervosa batendo meu pé no chão freneticamente, hoje é o dia de conhecer os pais dos meninos, e os de quem mais me preocupam são os de Seavey, já que hoje, saindo da minha casa, ele me notificous que eles também não sabem que nosso namoro é falso.

Observo meu número no televisor da lanchonete, que avisa quais pedidos estão prontos e me aproximo do balcão, coloco a nota fiscal sobre o mesmo e após analisar, a senhora baixinha me entrega um saco de papel com três bolinhos e um copo com 500 ml de café sem açúcar. Agradeço e me retiro de lá, andando em passos rápidos até a empresa.

Chegando na portaria, sinto como se tivesse uma barreira invisível me impedindo de entrar, não estou apenas nervosa por conta da família Seavey, também porque amanhã tenho uma prova muito importante e logo hoje tenho horário a cumprir, Barbara disse que minha presença é indispensável e devo fazer o horário doa Seavey o meu horário, amanhã também tenho um teste importante para uma peça no colégio e tenho tantas coisas preenchendo meu dia que não imagino quando poderei estudar para tudo isso.

Me sento em um banquinho próximo dali e tiro o alimento do saco, devorando como um animal, sem me importar com quem está passando.

— Eita! toma cuidado! vai engasgar.– Ouço uma voz masculina e quando ergo minha cabeça chego a cuspir ao ver.

É um homem extremamente lindo, sua beleza é tão alta que chega a ser arrogante.

— Eu...– tento falar mas então percebo minha boca estar cheia e minhas bochechas ardem, pego um dos guardanapos que foram colocados juntos ao pedido e cuspo o que não estava conseguindo engolir por ter ficado intalada no papel. Olho para ele que apenas ri e pega o papel da minha mão, jogando na lixeira mais próxima.— Que vergonha, precisa de algo?– pergunto tentando esquecer que eu cuspi em um papel na frente dele e depois ele pegou para jogar no lixo.

— Talvez o número dessa linda moça a minha frente.– Responde em uma plenitude inabalável.

— Linda... moça... seria eu?– questiono, eu sou bonita mas comparada a beleza deste cara eu sou apenas um ratinho, parece até piada ele estar flertando comigo.

— Tem mais alguma por aqui?– Pergunta e dá um passo a frente.

Me levanto do banco e olho a minha volta, vendo a rua pouco movimentada, arqueio minha sobrancelha como um reflexo e balanço a cabeça para um lado e outro negando.

— E então...?– pergunta e dá mais um passo para frente, recuo no mesmo momento e caio sentada no banco arrancando risadas de si.— Por que está tão nervosa?– então lembro o motivo, ou ao menos um deles e me toco que não posso dar meu número para ele, mesmo que queira muito sair com tal.

— Olha, são muitas coisas ao mesmo tempo e prefiro não te ocupar com isso, sendo bem direta, eu namoro e uma das coisas que me preocupam é que hoje vou conhecer a família do meu namorado.– Explico e ele suspira.

— Tudo bem, não sou ciumento.– Responde e logo aí noto que ele é o pior tipo de cafajeste

— Mas o meu namorado é.– Declaro.

Me levanto novamente já com minha palma aberta a minha frente para o afastar de mim, sinto seu abdômen duro e engulo em seco, me controlando o máximo possível.

— Tudo bem, então...– puxa meu copo de café no banco e exclamo um "ei!"— se precisar de um amigo, ou se cansar do seu namorado... liga para esse número.– Após retirar uma caneta de seu bolso, anota, reviro meus olhos e ele pisca para mim.

Pego o copo e minha sacola de papel sobre o assento e viro de costas, me retirando dali, deixando um sorrisinho brincar entre meus lábios assim que estou longe o bastante.