( 0 . 2 ) ♠️ - 𝗃𝗈𝗀𝗈 𝖽𝗈 𝗌𝗂𝗆𝖻𝗈𝗅𝗈

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PELAS SUAS CONTAS, já haviam-se passado por volta de sessenta e três dias desde que entrara naquela versão mortífera e enigmática de Tóquio.

Embora no mundo normal dois meses não parecesse ser um longo tempo, ali tudo era irregular e insólito. Os jogos eram fatais, e você deveria se acostumar a ser pego desprevenido, pois tudo ali naquela cidade é repentino e imprevisto.

Quando se chega ali e então passa a prestar atenção da sua nova realidade, você percebe que está em um regime tirano e de pura opressão. Você compreende que agora é um escravo dos jogos, e que não existe saída; não jogue e morra, ou morra jogando, ou então vença e passe para o próximo jogo, e aí o ciclo se repete, sem final previsto.

Ali não é um lugar apropriado para se fazer amizade ou qualquer outra relação que inclua afeto, afinidade e convivência. Por isso Makka tomou a decisão de se manter afastada de pessoas, sejam elas quem forem.

Hoje era noite de jogos. E mesmo que a rosada tivesse vistos acumulados para mais alguns dias, decidiu participar da partida. Era melhor ter alguma distração do que ficar em casa se martirizando e pensando no passado – o que Makka fazia com bastante frequência –.

– Edifício Toei Sendagaya... – Utilizando um binóculos, a garota leu o emblema na entrada do prédio. – Total de sete andares, muitas portas alinhadas e próximas, provavelmente um hotel. Não acho que será uma prova de Copas nem Paus. Talvez Espadas...

Já fazia trinta minutos que os jogos haviam sido anunciados e que as arenas foram abertas para o pessoal entrar. E como o habitual, Makka gostava de observar e analisar, por isso neste exato momento se encontrava no prédio em posição frontal ao edifício Sendagaya.

Apoiada na mureta do terraço, a garota escutava e cantarolava Footloose em seu walkman. Havia encontrado aquela velharia junto de várias fitas cassete em uma casa que furtou certa vez. Todos os áudios gravados eram playlists de músicas antigas americanas. Desde então elas têm sido sua companhia naquele lugar.

Ainda com a ajuda do binóculos, avistou uma garota de cabelos curtos e vestes esportivas subir as escadas. Logo depois um carro parou no começo da rua, dele saíram um homem forte – pelo modo como se portava sem dúvida era um ex-militar –, e outro menor com uma bandana e sorriso convencido. Makka observou atentamente as pulseiras com números gravados que os dois usavam em um dos pulsos. Ela já havia visto pessoas portando aquelas peças em jogos antes, mas nunca deu muita atenção. Deveriam ser de algum grupo ou comunidade, seja o que for, ela não queria nem chegar perto.

𝗻𝗼 𝘁𝗶𝗺𝗲 𝘁𝗼 𝗱𝗶𝗲  ✸ ˖  𝖼𝗁𝗂𝗌𝗁𝗂𝗒𝖺 𝗌𝗁𝗎𝗇𝗍𝖺𝗋𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora