21_《FELIPE!》

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- Olha só, você não é aquela moça que esbarrou em mim ontem no hotel?- Ele fala sorrindo e olhando para mim.

- Ah, oi!- Falo sem jeito.- Prazer, eu me chamo Jade.- Estendo a mão cumprimentando ele.

- Muito prazer Jade! Eu me chamo Marcus.

- Olá Marcus, me chamo Raul, sou o namorado dela!- Raul entende a mão para Marcus, me empurrando para o o lado.- Trabalhamos na mesma empresa.

Depois de Marcus falar com todos, nós começamos a reunião. Aquilo era só a primeira de umas 3 ou 4 reuniões que devíamos fazer para fechar direitinho o contrato.

Raul decidiu me levar à alguns lugares. Nos divertimos bastante e à noite decidimos ir pra alguma balada para desestressar e esquecer o trabalho.

Nos sentamos nos bancos à frente do balcão e bebemos um pouco.

Olho para Raul que apenas observa as pessoas dançando e se divertindo.

Me levanto e decido tomar uma atitude para tirar aquele tédio de nós.

- Vem! Vamos dançar!- Puxo o braço dele o levantando.

- Ah, esquece! Eu sou péssimo em dançar!- Ele fala mas eu continuo puxando ele para o meio das pessoas.

- Até parece!- Começo a dançar. Ele me olhava com os braços cruzados, querendo me convencer que ele não sabia dançar.

Pego a mão dele e o puxo para perto, fazendo nossos corpos ficarem colados e nós dançamos juntos.

- O que você estava falando sobre não saber dançar?- Sussurro em seu ouvido.

- Você que tá me guiando.- Ele fala também sussurrando em meu ouvido.

Encosto meu rosto no seu e ficamos ali dançando agarrados, apesar de ninguém estar fazendo isso, mas nós não ligáva-mos. Eu só queria que aquele momento durasse por mais tempo. Nós estamos juntos novamente, e isso é tão bom. Toda vez que estou com Raul eu sinto uma sensação boa, sinto felicidade, amor verdadeiro.

- Nunca mais eu quero me separar de você meu amor!- Falo olhando nos olhos dele e o mesmo me beija.

- EU TE AMOO!!!- Ele grita e algumas pessoas olham para nós sem entender.

- Raul não grita! Todo mundo tá olhando pra gente agora, aí meu Deus!- Falo escondendo meu rosto em seu peito.

- Boba!- Ele ri.- Vamos voltar, tô cansado.- Ele segura minha mão me levando de volta ao balcão.- Ah não, aquele cara denovo!- Vemos Marcus sentado em um dos bancos.

- Para de besteira! Nós temos que simpatizar com ele, é com ele que iremos fechar o contrato amor!- Dou um selinho nele e o levo até Marcus.

- Oi senhor Marcus!- Falo assim que chegamos.- Não sabia que você também gostava de festas e baladas.- Ele sorri.

- Não me chama de senhor. Assim eu me sinto velho!- Ele ri.

- Ah.- Sorrio e vejo Raul meio desconfortável.- O Raul também veio cumprimenta-lo.- Raul me olha com as sobrancelhas arqueadas.- Ele também achou surpreendente encontrar você por aqui... um homem tão ocupado e importante.

- Ah, oi! Pelo visto não é tão ocupado...- Raul fala e eu o olho com olhar de repreensão.

- O que ele quis dizer eh...

- Não se preocupe Jade!- Ele me interrompe.- Eu também preciso me divertir não é?!- Ele pisca pra mim e sai dali com um copo de bebida na mão.

- Que merda em! Aquele cara precisa de uma reforma no olho!- Raul fala com raiva e começa a andar.

- Tá doido!?- Puxo ele de volta para perto de mim.- Não pode bater no Marcus.

- Por quê não!?

- Por quê ele é importante para nós! Ele que mudará o rumo de nossa empresa e melhorará tudo.- Falo segurando o rosto dele.- Ei! Eu te amo cara! Não se preocupa com ciúmes não tá!?- Começo a dar vários selinhos nele.

- Tá bom! Agora vamos pra casa!? Eu quero terminar essa noite me divertindo com você!- Ele me beija.

- Tá, mas vamos para outro lugar primeiro.

Pegamos um táxi para uma praia que ficava perto do hotel.

- Por quê para a praia?- Ele pergunta assim que saímos do carro.

- Por que dá última vez que fomos juntos eu gostei, eu sinto uma vibe boa quando o vento bate e principalmente quando estou com a pessoa que eu amo!- Ele sorri e segura minha mão enquanto andávamos até a praia.

Quando pisamos naquela terrinha macia, tiro minha sandália e começo a correr por aquela areia, descalça.

- Ei, espera!- Raul fala correndo atrás de mim.

Parecia-mos crianças correndo descalços e rindo. Aquela sensação era tão boa.
O vento batia e trazia uma boa vibe.

Paramos de correr e Raul me abraça.

- Você corre muito!- Ele fala ofegante.

- Você que tá velho!- Falo rindo.

- Ah é!?- Ele começa a me fazer cócegas até que nós caímos no chão.

- Raul! Agora tenho que lavar meu cabelo!- Falo ainda deitada no chão.

- Não precisa, deixa que eu lavo direito!- Ele pega a feira no chão e passa mais no meu cabelo.

- RAUL!- Grito o nome dele, me levanto pegando terra e jogando nele também.

- Olha!- Ele pega em seu cabelo que estava coberto de terra.

E assim começamos à correr denovo só que agora nós estávamos em uma guardinha de jogar terra um no outro.

- Tá bom, tá bom! Parou!- Falo tentando acabar com a guerra.- Já nos sujamos demais por hoje!

- Demais!- Ele passa a mão no cabelo.

Começamos a andar de volta pra casa até que começa a chover.

Nós começamos a andar mais rápido mas foi perda de tempo.

E assim chegamos super molhados em casa.

Entramos muito sujos no hotel. Eu principalmente, por estar ensopada de terra no cabelo e ainda a água da chuva que tornou lama.

Entramos no quarto e Raul me impede de entrar no banheiro. Ele corre antes e eu reviro os olhos.

Pego meu celular e vejo 20 chamadas perdidas da Malu.

Por que a Malu me ligaria tantas vezes?

- FELIPE!- Falo alto me lembrando do maior motivo por ela ter ligado.

Ligeiramente ligo para ela.

E continua...

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