"Livro baseado nos cenários e tradições do século 19, os locais e regras citados nesse livro são frutos do imaginário da autora."
Helena Herondele herdeira de umas das propriedades mais prósperas de Burgo era uma dama nada convencional, perdera os p...
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*Capítulo com conteúdo sexual. *
Os dias se passaram rápido durante todo o tempo Helena se manteve no quarto evitando ver qualquer um. Ela cumpria seus deveres com a ilha e nada mais. Bianca e Léo ficavam cada vez mais preocupados com o estado deprimente em que ela se colocou, mesmo que ela evitasse mostrar qualquer sinal de emoção era obvio que algo não estava certo.
Os dois mantinham a esperança de que com a chegada de Corvel ela se animaria, mas era apenas uma esperança tola. Corvel atracou no cais depois de quatro meses no mar, nada poderia ser mais inebriante do que a volta para casa, ele pensou enquanto descia as escadas com um sorriso no rosto.
Atrás dele vinha uma mulher de idade, segurando uma sombrinha com a qual ela atacara vários dos tripulantes do navio, agora Corvel entendia de onde vinha toda a ferocidade de Helena.
— Capitão? — Os homens o chamaram esperando as ordens.
— Estão livres, mando chamar vocês assim que tivermos novas ordens. — Com isso todos eles debandaram restando apenas ele, a mulher, Caio e Arthur.
Eles subiram a colina em direção à casa de Helena, que estava sentada bebendo chá em sua biblioteca quando Bianca entrou esbaforida porta adentro.
— Senhorita! Corvel retornou! — Bianca estava com os olhos esbugalhados.
Antes que Helena conseguisse falar qualquer coisa ela ouviu um reboliço vindo pelo corredor, seu moderno tentava segurar uma mulher de meia-idade que usava uma sombrinha como se fosse uma espada.
Reconhecendo a senhora, Helena se levantou abandonando o chá e correndo em direção a velha governanta da família que abriu os braços acolhendo ela em um abraço caloroso.
— Minha pequena, o que foi que você fez agora? — Perguntou Minerva acariciando os cabelos dela.
Minerva sempre acolhia Helena quando ela voltava de suas aventuras, hora ele escalva árvores outras vezes ela se enfiava na floresta procurando por unicórnios, quando ela chegava com os braços e pernas arranhados era Minerva que a ajudava a limpar as feridas.
Quando Helena ficava triste ela lhe servia uma xícara de leite com mel e biscoitos de chocolate, mesmo depois de adulta esse ritual continuava. Se Helena tivesse um dia difícil, ela poderia contar com Minerva para acalenta-la. Apenas em ver a velha senhora ela já sentia melhor.
— Como você chegou aqui? — Helena a olhou confusa.
Corvel apareceu no corredor, com uma bolsa de couro e um sorriso preguiçoso, o que bastou para Helena entender que ele a trouxera. Ela acenou com a cabeça agradecendo.
Minerva conversou com Helena que contou tudo que acontecera nos últimos meses. A velha senhora parecia cada vez mais chocada.
— Vamos sair desse lugar imediatamente! — Minerva disse em tom de autoridade.
