Capítulo 17

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Helena acordara mais bem disposta depois de uma semana infernal

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Helena acordara mais bem disposta depois de uma semana infernal. A ferida no braço doía horrivelmente, qualquer sutil movimento a fazia querer gritar. Ela descobrira que suas amadas amigas, Minerva e Bianca haviam organizado um verdadeiro motim.

Elas estavam aproveitando sua fragilidade tentando empurrar goela abaixo de Helena todas as tradições e regras de etiqueta que ambas sabiam. Ironicamente Bianca era muito bem-educada nesse aspecto.

Elas contrataram vários funcionários inclusive uma dama de companhia para Helena. Coisa que elas disseram ser indispensável na cidade. Também havia cozinheiros, faxineiros, cavalariços, criada do primeiro andar, criada do segundo andar, uma infinidade de pessoas.

Elas se aproveitaram do estado de Helena e até mesmo encomendaram um enxoval completo para ela de vestidos e roupas na moda da estação, tudo com o protesto de ajudar Glória que começava em seu trabalho na cidade.

Havia uma pilha de convites para bailes e chás sobre a sua escrivaninha que foram deixados ali para que ela lesse quando se sentisse melhor. Ela bufou com a ideia de ir a um baile.

Ela pegou uma sineta que estava ao lado de sua cama e a tocou. Em segundos sua nova dama de companhia estava presente. Uma jovem gordinha com bochechas rosadas e carnudas.

— Senhorita? — Ela fez uma reverência breve, arrancando de Helena um revirar de olho teatral.

— Me ajude a me levantar. — A moça ficou parada avaliando Helena. — Vamos não fique parada aí, me ajude. — Saindo do transe a moça começou a se mover.

— A senhorita tem certeza que está bem o suficiente para se levantar? — Perguntou ela tímida.

— Estou sim. — Helena tentou recordar do nome dela, mas não conseguia lembrar-se de muito do último mês. — Qual o seu nome? — A moça arregalou os olhos.

— Heloise, senhorita. — A moça respondeu indo até o armário de Helena pegando um vestido azul belíssimo, acréscimo de seu novo vestuário.

— Este não. — Helena caminhou até o armário notando que todas as suas roupas antigas haviam sumido. Ela xingou, fazendo Heloise corar. — Não tenho muitas opções. — Ela acenou positivamente para a moça que retirou um conjunto elaborado de peças íntimas com bordados feitos com o mais fino ponto.

Após o que para Helena pareceu uma eternidade a moça havia finalmente concluído a tarefa de lhe colocar dentro de todas aquelas camadas de pano. O ombro estava dolorido, mas a peça tinha uma gola no modelo canoa que caia com um babado fino com uma fita colorida no barrado que passava pelo ombro sem lhe tocar a ferida. A moça deveria ter o escolhido por essa razão.

Helena desceu as escadas com a ajuda da serva que a apoiava. Chegando ao primeiro andar ela ouviu conversas vindas de um cômodo que ela supôs ser a sala de visitas. Devagar ela foi até lá. Helena não conhecia sua própria casa.

Diário de bordo de Helena HerondeleOnde histórias criam vida. Descubra agora