Um mês após a tempestade
Um mês após a tempestade o navio de Corvel atracara no cais burguês. Ele desceu a rampa aliviado por conseguir acabar com tal martírio. Sua paixão pelo mar saíra avariada dessa viagem, nunca em sua vida encarara tamanha hostilidade da natureza. Em parte ele nunca se sentira tão satisfeito com seu trabalho como capitão.
Corvel usara uma rota alternativa não segura para conseguir chegar mais rápido. Ele estava desesperado para encontrar Helena, agora tão perto dela nada o pararia.
— Senhor? — Um homem vestido com trajes finos e sóbrios se aproximou de Corvel que estranhou o cavaleiro de bom porte a sua frente já se colocando em alerta. — Barbalona me mandou. Ele tem uma mensagem para o senhor.
Corvel pegou a carta que homem trazia consigo é a leu descrente. A carta, na verdade, era uma amontoado de documentos e papéis. Em um deles havia uma lista em ordem alfabética de propriedades enumerados com localização e valor. Também havia um documento de registro confirmando a paternidade e legibilidade de Corvel como filho do Duque que fora declaro morto a cerca de trinta anos, tempo esse que Barbalona exercia a pirataria. Ironicamente a idade de Corvel atualmente. Havia escrituras no nome do falecido Duque de Ambrose, também uma carta da coroa autenticada proclamando Corvel o novo Duque. Corvel sorriu, seu pai era realmente um homem misterioso.
— Milorde, queira me acompanhar. — O homem indicou uma carruagem negra com dois cavalos árabes.
Corvel se perguntou o que mais ele poderia descobrir sobre Barbalona que mesmo após anos ainda se revelava um verdadeiro mistério para o filho. Que outros segredos aquele velho rabugento escondia? Ele sorriu entrando na carruagem requintada. Corvel imaginou haver muito a perguntar ao velho quando voltasse para a ilha.
A carruagem seguiu pelas ruas tortuosas e esburacadas de Ilaria. O homem se manteve me silêncio observando Corvel sucintamente.
— Quem é você? — Corvel perguntou cedendo a sua curiosidade.
— Sou o administrador das propriedades e terras do antigo Duque, Milorde. — Completou ele educadamente. — Meu nome e Augustos, será um prazer trabalhar para vossa graça. — Corvel riu, pelo uso exagerado dos títulos. O velho estava o lembrando de sua posição.
— Creio que meu pai o avisou da minha chegada. — Corvel pensou em como Barbalona descobrira sobre a viagem repentina do filho, mas isso não o surpreendia aquele velho era uma raposa astuta e pouco passava despercebido por ele.
— Sim, milorde. Ele mandou uma carta me indicando o serviço de ajuda-lo e integra-lo ao meio Burguês como o Duque. — O homem ajeitou a lapela do palito. — Estamos indo para sua residência na cidade, que já está pronta para recebe-lo.
— Não quero ser integrado na sociedade burguesa, na verdade, pouco me importa esse título. — O homem sorriu o que não agradou nada Corvel.
— Seu pai me avisou sobre essa sua reação precipitada. Nesse caso creio que sua vinda até a cidade se apenhe no bem da Senhorita Herondele. — Augustos sorriu vitorioso vendo a expressão de pânico surgir no rosto de Corvel. — A jovem moça esta a alguns meses em uma empreitada nada discreta de conseguir um marido, creio eu que o senhor queira se candidatar?
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Diário de bordo de Helena Herondele
Romance"Livro baseado nos cenários e tradições do século 19, os locais e regras citados nesse livro são frutos do imaginário da autora." Helena Herondele herdeira de umas das propriedades mais prósperas de Burgo era uma dama nada convencional, perdera os p...