Ira

385 34 6
                                    

Capítulo 8

Irá

Asta estava a dois dias observando aquele grupo estranho de longe, ele os encontrou por acaso enquanto patrulhava as terras distantes do Reino de Clover,  e fazia suas próprias buscas nas vilas remotas sobre quaisquer lendas ou contos que envolvessem demônios.   O desgosto dele não achar nada além de mitos e folclore o deixou nervoso,  houve também a Citação da aparição de Liebi por um ex servo do Castelo, que nos dias de hoje apenas aproveitava sua idade avançada para descansar e cuidar de seus netos.

Estava a noite, um vento meio frio soprava, fazendo tudo em volta se sacudir. O jovem de Hage estava a uns dois quilômetros talvez menos do estranho grupo,que até então viajava a pé, sem usar tanto seus poderes mágicos, quase como se estivessem se escondendo  dos batedores de Clover. Além é claro se terem sempre dois magos que ficavam de vigia esperando qualquer sinal de mana inimiga para reagir a tempo.

— Não ter mana, às vezes é uma benção. — Asta comentou, enquanto se sentava em uma pedra, e abrindo uma mochila que estava a sua frente, para a sorte do rapaz a luz estava cheia,  e ele não precisava de velas ou tochas para achar ou ver as coisas. Ele tirou de dentro uma garrafa de água, a qual virou em grandes goles, sem perder seu olhar afiado para as fogueiras que iluminavam a planície à sua frente. Asta sabia que naquela direção tinha uma pequena vila no qual ele passou, algum tempo atrás, além de uma floresta que levava direto a Clover.

— Eles não tem cara de estarem apenas de viagem  .— O rapaz afirmou para si mesmo, enquanto sua mão entrava dentro da mochila para tirar uma fruta.  E ao levar a sua para uma mordida, ele sabia que deveria voltar em breve para o esquadrão e se reportar para Yami,  ao mesmo tempo tinha ordens de Mereoleona para desobedecer as ordens de Yami caso seu jugo fosse necessário , de certa forma. Aquela mulher tinha lhe dado certa autonomia,  perante algumas regras do Reino.

— Bem, nada sobre demônios aqui. Mas eles… por algum motivo eu não gosto deles.— O jovem reclamou do grupo, ele sentiu o ki  dos mesmos várias vezes,  sempre era algo horrível,  uma hostilidade fluía quase que de forma natural daqueles magos. Asta apenas suspirou pesado, enquanto se levantou para o lugar a céu aberto e improvisado a qual tinha para dormir naquela noite, um grosso tecido que o impedia de sentir o chão em suas costas e a mochila com um travesseiro. Aquela seria uma noite chata, até o amanhecer,  o mesmo deveria dormir com um sono leve, para acordar ao sinal mais leve do sol no horizonte. Mas mesmo assim Asta se via pensativo, ele estava a uns cinco dias fora do esquadrão. E a dois observava aquele grupo, que era bem misterioso para seu gosto,  algo que chegava a beira sua busca por respostas sobre os demônios. Além disso seu rosto parecia meio perdido em muitos aspectos. 

— Não acredito que em breve voltarei a Hage. Droga,  já é quase o aniversário da morte da mamãe.— O garoto pensou com si mesmo, enquanto se sentia meio mal, em voltar a vila a qual simplesmente deixou para trás sem nem uma despedida, claro que o padre, a Irmã Lily, as crianças de certa forma o perdoaram por aquela atitude egoísta mas parte dele, ainda se incomodava.  Tudo parecia o deixar em um misto de raiva, e tristeza. Aquele dia muitos se alegravam com a morte da Bruxa.

— Droga, tantos anos e nem perde de a vingar.— O jovem reclamou, tampando o rosto, raivoso enquanto tenta dormir um pouco.

×-×-×

O sol da manhã , mal tinha aparecido no horizonte e Asta, já estava de pé. Olhando para o grupo, que finalmente tinha mostrado suas garras. Os magos, naquela manhã, não iriam caminhar a pé. De longe o jovem podia ver, dezenas de vassouras já alinhadas e prontas para o grupo partir, a direção uma vila a algumas horas.

— A vila.— O rapaz falou, se levantando. Enquanto tinha um olhar severo. A pequena vila um pouco mais organizada do que Hage, não duraria nem dois minutos contra aquela quantidade de inimigos. Mas eles estariam indo para lá por qual motivo.

Chamas do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora