Chamas do Destino

A espada, a leoa e a arvore parte 2

Mimosa correu, e quanto mais se aproximou do lugar onde se podia ouvir  os sons se uma luta, seu corpo apenas se moveu por entre aquela trilha que cortava atrás dos ossos de demônio apenas para achar , de longe, o caminho .

Foram minutos correndo até chegar no lugar. Mas quando enfim viu a casinha no meio do nada , toda a devastação em sua volta. Seu coração apenas travou uma batida, seus olhos piscaram fortes quase como se  , se ela não tivesse acreditando no que via 

Ela tentou falar algo  mas sua voz falhou, quase como se suas cordas vocais fossem sequestradas por uma entidade maior.

— Asta… Yuno. ...—Mimosa falou as palavras enquanto sentia uma dor passar por sua mente, um choque em ver dois amigos queridos lutando. os ferimentos em Yuno podiam ser leves mas Asta tinha feridas bem profundas e o sangue se misturava a suas roupas. Os olhos da menina pararam estáticos enquanto  Asta dispersou com facilidade um feitiço que voou em sua direção, com a espada antes que respirar profundamente ela notou que ele já sabia de sua presença lá.

—  Vamos parar— Asta falou sem demonstrar que estava cansado ou prestes a desabar , não ela já passou por  uma luta pior do que aquela e ficou bem vivo no fim das contas. Yuno o olhou antes de notar a jovem da Realeza parada a alguns metros dele, parte dele agradeceu por ela ter chegado ou que com sua chegada Asta tivesse apaziguado um pouco de toda aquela fúria que queimam  como brasas ao vento.

—Asta-san… Yuno-san porque… o que estava acontecendo aqui.— A Vermillion perguntou em uma voz trêmula, enquanto os grandes olhos passavam pelos magos. Rapidamente notando algo de diferente nas feridas deles. Nem uma delas realmente tinha vestígio de magia ou mana, o coração dela se apertou, enquanto seus pernas ficaram bambas. Asta e Yuno apenas se colocaram em uma postura neutra, seus Grimórios de forma lenta voltaram para as pequenas bolsas em suas cinturas, presos e em seguranças. Enquanto apenas o silêncio foi dado como resposta a garota.

—Vocês, porque. Me digam porque fizeram isso,por que estavam lutando entre si.— Ela perguntou em uma voz mais séria enquanto Yuno se sentiu mal e envergonhado, mesmo que a amizade dele com a jovem princesas nascerá de uma pedido de Asta, ou dele ter alguma relação de amizade com a mesma, ela sempre foi realmente sincera e leal para com ele em sentido de ser uma amiga. Ele desviou o olhar não querendo magoar ou fazer que ela criasse alguma inimizade com Asta. Ele conhecia bem o amigo e sabia que ele poderia ter seus bons motivos para que tudo chegasse em tal ponto .

— Mimosa escuta se acalma tudo cai ficar bem…

—Eu os ataquei, e faria de novo. Foi isso que aconteceu, nada mais nada a menos. E tive motivos.— Asta falou enquanto puxava um dos fragmentos de gelo de seu corpo  fazendo o sangue manchar ainda mais a camisa. Mimosa o olhou com medo, assustada, seus olhos ainda eram brasas e raiva. E mesmo com tantos ferimentos  ele parecia ainda ter força para esta forçando Yuno que mesmo parecendo se conter luta a sério.

— Asta...kun diz que é mentira… ou se tiver um motivo me diz a verdade.— Ela falou em uma voz fraca mas o rapaz de cabelos ruivos apenas caminhou até ela. Sem demonstrar fraqueza ou  a olhar nos olhos.

— Estarei na igreja. E talvez essa seja a última vez que nós vemos.— Ele falou seco sem se defender ou tentar explicar as coisas. Ele apenas saiu de lá,  em passos lentos e calmos a deixando desolada, enquanto o coração da jovem doeu. Uma dor que mescla a raiva , medo , e uma tristeza que a deixava tonta. Pelo fato de que talvez essa memória dolorosa e conturbada fosse a última que teria do garoto. 

A jovem ficou lá parada , por minutos  Yuno se sentou a seu lado, mas pela forma pouco simpática que ele tinha e as dificuldades em se interagir com outras pessoas tudo que ele poderia dar a ela de consolo foi uma mão gentil e leve sobre o ombro.  Enquanto o choro silencioso da mesma durou minutos, até que suas lágrimas secaram, e ela se levantou  de forma robótica para curar os magos à sua frente. Sua magia saiu sem aquele brilho caloroso, sua cura parecia mais lenta, e as plantas de seu jardim estavam sem vida. Mesmo assim ela engoliu tudo e fez seu dever em silêncio,  um silêncio mortal e doloroso a qual Yuno não sabia se seria certo ou errado quebra.