Medo

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Capítulo 5: Medo

- se acalma Kushina. - minha vó pediu.

Eles me explicavam cada detalhe das coisas, descobri por que existe a divisão da família do vovô, existem os que caçam bruxas, lobo. Eles são basicamente a elite da elite dos caçadores, sempre foram responsáveis por libertar o povo das criaturas do mal, vô falou que eles tiveram participação em grandes eventos do passado, a família Senju é responsável por ter grande influência em acontecimentos históricos pelo mundo. Eles também me explicaram que uma vez que um caçador marca a sua vítima, ele vai o perseguir até o matar, a marca serve como rastreador.

Daí eu tive uma dúvida, por que no início ele falou que quando vieram pra Konoha atrás de bruxas ele falou que não sabiam lidar com os lobos, mas se eles têm os que caçam lobos, ele falou que só uma pequena ramificação da família Senju veio pra Konoha, o resto estava espalhado pelo mundo, caçando diversas criaturas ocultas nas sombras. Traduzindo, se a família Senju tivesse vindo toda pra cá, eles iam fazer a limpa em Konoha, não ia ficar muita gente viva por aqui não.

Eu não sei se acredito neles ou se não, é muito confuso essas coisas, isso pra mim é algo que não tem cabimento, sempre tive o pé no chão, sempre soube que magia não existe, e agora vem eles jogando uma boba dessa em cima de mim, e ainda querem que eu acredite isso de boa. Eu tenho que arrumar uma comprovação de que isso tudo é mentira, onde já se viu eu ser uma bruxa, se eu tivesse poderes acho que eu saberia, já que sou eu, é o meu corpo, minha vida.

Eles estavam me pedindo para ter calma e os escutar até o final, pois eu precisava entender o que eu era realmente. O Minato era o único que não interferia em nada do que discutimos, ele só falava quando lhe perguntavam alguma coisa, mas lá no fundo eu sabia que ele estava tão perdido quanto eu, pois ele também não estava por dentro do assunto. Ficar escutando aquilo estava me perturbando muito, era ilógico, nada podia ser real, eu não tinha porque acreditar neles.

- CHEGA... chega de mentiras, isso não é verdade. - falei bem devagar, me levantei e fui em direção ao meu quarto.

Sabia que eles estavam muito estranhos, é sério que eles tentaram me contratar com essas histórias fajutas, bruxas, lobos, caçadores de bruxas, o que só faltou eles falam que vampiros, fadas e fantasmas existem também, me poupem de mais baboseiras. Eles acham que eu tenho cinco anos de idade pra cair nessas histórias de crianças.

Quando cheguei no meu quarto, tranquei a porta e abri a janela, perto da janela do meu quarto tem uma escada que dá acesso ao telhado. Eu preciso ficar sozinha, e aqui em casa não dá, pois eu sei que eles vão está ali, e vão ficar batendo na mesma tecla e em mais baboseiras de magia. Demorou anos para eles virem me falar que eu sou uma bruxa, ah!... eu mereço.

Desci a escada com cuidado pra não fazer barulho, quando coloquei os pés no chão, corri para longe, tinha um lugar que eu gostava de ficar quando estava triste.

Eu entrei na floresta sem olhar pra trás, cresci aqui, então conheço esse lugar como a palma da minha mão, eu estou me sentindo inútil e não sei exatamente o por que, talvez seja por eles não terem confiança em mim e ficam inventando mentiras, talvez por ser uma pessoa tão inútil que eles precisam inventar uma mentira pra me proteger.

- isso não pode ser real. - falei parando de correr no meio da floresta.

- venha comigo te levarei até a verdade. - aquela coisa brilhosa apareceu bem na minha frente.

Meu primeiro instinto foi ver se aquilo era real, eu encostei nela, e senti tipo uma energia que se mantém através de algo, era algo físico e ao mesmo tempo não.

- Ai, ai ai. - Coloquei minha mão na boca pra não gritar. - O que é você?

- você descobrirá. - ela começou a me chamar com a mão. - eu venho te procurando a muito tempo, só que tem sempre alguém pra interferir.

Na lua azulOnde histórias criam vida. Descubra agora