Capítulo 19

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No dia seguinte ao natal, todes acordaram mais tarde e reuniram-se para almoçar nos jardins da casa de praia, foi um natal um tanto atípico para elus, já que se estivessem em hogsmeads estaria nevando a noite inteira e es mais corajoses delus se arriscariam a ir lá fora brincar na neve.
Como aquele não era o caso, já que o clima onde estavam era mais quente e foram agraciados com uma suave brisa correndo que permeou o bom humor enquanto almoçavam juntes e davam risadas com Akarui, contando sobre os três meses que tiveram de aula até agora.
Até mesmo Kuroo parecia mais animado, certamente aquela era uma data que se lembrariam para sempre. Sugawara tratou de se livrar da maior parte dos viscos que encontrava pela casa, cansado da insinuação de sues amiges sempre que ele estava ao lado de Daichi, embora os que restaram foram muito bem utilizados por Yamaguchi e Nishinoya que não perdiam a oportunidade de beijar sues namorades. Mas logo Akaashi se juntou à caça contra os viscos e acabou com aquilo, mesmo feliz por sues amiges, ele não queria ver tanta melosidade assim.
E assim, a semana de folga delus ia se passando rapidamente e agora faltavam apenas dois dias para voltarem ao castelo. A casa de praia amanheceu animada, já que Bokuto havia conseguido falar com sua irmã mais velha e ela aceitou vir-lhe fazer uma visita, ele então mandou a localização e estavam esperando sua chegada para hoje.
Karui pediu para que Bokuto não mencionasse seu nome, ela queria fazer uma surpresa. Ficou sabendo que Mei, a irmã mais velha de Bokuto, estava viajando o mundo e ia finalmente voltar para casa.
— Koushi, se prepara, vamos limpar o quarto de hóspedes. — a Sugawara mais velha disse energicamente para o sobrinho.
— Ainda tá cedo, mal acordei, mulher. Você tá ansiosa pra encontrar sua amiga é? — respondeu o garoto com um sorriso travesso.
— Só quero que as visitas sejam bem recebidas.
— Conversa fiada é coisa de Sugawaras? — Hinata provocou recebendo um olhar dos dois.
— Que tal essa conversa fiada: não vai ter doces pra você hoje. — Karui apontou pro ruivo com o mesmo ar que seu sobrinho usava quando queria intimidar alguém.
— Não! Era brincadeirinha! — Hinata disse arrependido fazendo biquinho e arrancando uma risadinha de Kageyama ao seu lado que usava seu pijama novo e tomava café da manhã.
— Eu não falei nada, ainda posso ter doce? — Kenma perguntou levantando a mão, os doces eram uma parte importante do seu dia.
— Pode. — acenou Karui pra ele. — E você. — se virou para Hinata novamente. — Vou pensar no seu caso, tampinha. Anda, Koushi, levanta daí. — ela disse empurrando as pernas do sobrinho que estavam estendidas sobre sua mesinha de centro na sala.
— Ugh… — reclamou o garoto, demorando para se levantar.
— Tia, o Daichi também é bom com arrumação e essas coisas. — Noya falou de onde estava abraçado com Yaku no outro sofá vendo o amigo se engasgar com um copo de suco.
— Ah é? — Karui falou recebendo uma confirmação de Daichi com a cabeça depois de tossir. Sugawara estava fazendo sinais para sua tia tentando chamar a atenção dela, ele não queria estar num quarto com sua tia e Daichi e ouvir as provocações que ela certamente faria.
— Não sou tão bom assim, eles que são bagunceiros mas posso ajudar. — Daichi disse prontamente, queria que Karui o aprovasse, embora não entendesse muito bem o porquê desse sentimento.
— Ótimo, então você vem também, quero o casalzinho junto, vamos. — Karui os empurrou escada acima.
— Tia! Não somos um casal. — Koushi se virou para a tia com o rosto vermelho.
— E são o quê?
— Uma dupla, de acordo com o diretor, né? — forneceu Daichi se divertindo com a dinâmica dos dois, eles eram muito parecidos.
Daichi estava se sentindo mais leve agora que tinha finalmente se acertado com ele. Não iria se importar em ouvir a conversa deles e ser o alvo de Suga caso ele quisesse abraçá-lo. 
— Tia, podemos usar sua cozinha? — Bokuto perguntou com um sorriso brilhante.
Karui titubeou um pouco mas acenou.
— Não destruam minha cozinha, tô confiando em vocês.
Assim, depois do café da manhã Bokuto, Nishinoya e Yaku deram início ao plano deles de fazer cupcakes para todes. Es dues lufanes eram bons em preparações culinárias, já Noya estava ali apenas para ajudar e ver sue namorade se divertir.
— Cozinhar é chato. Tô entediado. — Hinata estava batendo os pés no chão com impaciência.
— Quando você não tá? — falou Akaashi que estava lendo o livro que ganhara de presente. Assim como Tsukishima, o loiro estava lendo e fazendo cafuné em Yamaguchi que estava deitado com a cabeça no seu colo ouvindo o corvino contar algumas partes do seu livro para ele.
— Ei boke, quer ir jogar bola? — Kageyama perguntou vendo a reação imediata de Hinata abrindo um sorriso e sentindo um ar frio no estômago, ainda com a memória fresca dele e do ruivo sentados compartilhando os doces que o presenteou de natal e o quão bonito ele estava naquele dia, mas agora Kageyama tinha esse mesmo pensamento diversas vezes ao dia e era um tanto exaustivo lidar com eles, não gostava de coisas complicadas.
— Quero! Vamo! — disse o menor se levantando de um salto e já pulando.
— Vou trocar de roupa então. — Kageyama se levantou e foi trocar seu pijama depois da confirmação do ruivo.
— E vocês querem jogar? Vamo fazer alguma coisa!
— Nah, tô bem aqui, podem ir. — disse Akaashi sem tirar os olhos do livro, a manhã estava muito quente para ele.
— Essa peça não vai aí. — Kenma disse para Kuroo que estava tentando montar seu quebra cabeça novo, o moreno estava com o cenho franzido, concentrado nas peças e nem havia percebido que Kenma o achava estava encarando com interesse, achando que ele ficava fofo assim.
— Kenma? — perguntou o ruivo olhando esperançoso pro amigo.
— Tá, pode ser.
— Tsukki, você quer ir? — Yamaguchi perguntou erguendo-se do colo do namorado.
— Não, pode ir, eu sei que você quer. — Tsukki parou a leitura para depositar um beijo na testa dele e receber um selinho de Yama que segurou seu rosto para isso.
— Eca, chega de boiolice.
Os garotos saíram e foram esperar por Kageyama do lado de fora, deixando Akaashi, Tsukishima e Kuroo para trás que após um minuto de silêncio se entreolharam.
— Parece que estamos no nosso salão comunal. — Akaashi ecoou.
— Sim, mas na praia. — Tsukki reiterou e eles voltaram a se concentrar.
Assim que os cupcakes ficaram prontos, Bokuto foi chamar os garotos que brincavam lá fora e os demais que estavam na sala até a cozinha.
No instante em que Daichi junto com Karui e Koushi apareceram na cozinha, os amigos do grifano pularam em cima dele, até mesmo Hinata, recebendo tapinhas nas costas des demais.
— FELIZ ANIVERSÁRIO! — gritaram em uníssono, conforme haviam combinado há alguns minutos atrás.
— O quê? É seu aniversário e você não me falou nada? — Sugawara olhou para o grifano com olhos arregalados, quase ofendido.
— Desculpe… na verdade eu tinha até esquecido. — Daichi disse passando a mão atrás da nuca, depois de retribuir o abraço dos amigos e se concentrar em Suga.
— É que eles não gostam de comemorar os aniversários. — Bokuto falou.
— Mas esse ano a gente decidiu comemorar todos! De todo mundo! — Noya sorriu como um aviso olhando para Kageyama, Tsukishima e Kuroo que fizeram uma carranca.
— E fizemos cupcakes! O primeiro é seu, Daichi. — Yaku se aproximou dele, entregando o maior cupcake confeitado com chantilly vermelho e granulados por cima, depois entregando um para cada.
— É de avelã e caramelo salgado! Meu favorito. Obrigado, pessoal! — Daichi sorriu feliz depois de dar a primeira mordida e todos comerem os mini bolinhos.
— Certo, quer saber, a gente vai sair e comemorar, sr. aniversariante do dia. — Suga disse apontando o dedo para Daichi. — Todo mundo vai se arrumar e vamos até o povoado.
Sem aceitar por reclamações, ele fez todes subirem e irem se arrumar. Kenma deixou Daichi tomar banho primeiro, mas entrou logo em seguida, e Kuroo era sempre o último, reclamando desde a hora que entrava no banheiro até a hora que saía por terem acabado com toda a água quente do chuveiro.
Ele se juntou aos amigos que esperavam na sala e estavam conversando com Karui.
— Não acredito que não desceram ainda, foram os primeiros a tomar banho! — Kuroo bufou.
— Você já deveria estar acostumado com isso e parar de reclamar. — Tsukishima falou amarrando os cadarços de seu sapato.
— Voltou a usar perfume? — perguntou Kageyama depois que o amigo se sentou ao seu lado.
— Esse é agradável. — Kuroo respondeu dando de ombros, fazendo Noya tossir uma risada e morder os lábios quando Kuroo o encarou, ele tinha ouvido de Yaku sobre os amigos de sue namorade e os presentes que deram para cada um.
Yaku foi o primeiro a descer e logo viu o olhar de todos recaindo sobre elu, ficando corade vendo a expectativa de todos.
— Ahn… Eles já tão vindo. — respondeu com um sorrisinho tímido, indo até o lado de Noya. — O boné combinou com você, Yuu-kun. — viu seu namorando usando o presente que Akaashi o dera e como ficou bem nele.
Nishinoya piscou algumas vezes, admirando as roupas curtas e leves delu e um rabo de cavalo no topo da cabeça. O dia estava quente o suficiente para fazer todes usarem suas roupas de verão.
— Será que minha irmã vai chegar logo? — se perguntou Bokuto enquanto esperavam os demais, vendo Yamaguchi descer em seguida com o rosto ainda cheio de sardas da exposição ao sol e uma choker simples na garganta, correndo até o loiro mais alto e o abraçando.
— Com certeza antes deles descerem. — retorquiu Kuroo, mal humorado ao ser exposto a toda aquela cena de romance na sala.
— Chegamos! — anunciou Hinata pulando os últimos degraus da escada e fazendo pose, logo atrás vindo Sugawara e Kenma. Suga se aproximou de sua tia a olhando de cima a baixo.
— Você se arrumou?
— Olha quem fala. — retorquiu a mais velha. — Aposto que matou alguém do coração. — disse dando uma olhada para Daichi que realmente encarava Sugawara com interesse, reparando na saia curta que ele usava, sentindo seu rosto corar ao encontrar o olhar dos dois Sugawaras nele.
— Roupa curta é de família, né. — cantarolou Yamaguchi mantendo distância dos dois.
— Quem você acha que vestia esse daí? — Karui respondeu apontando pra Koushi que dessa vez sorriu convencido.
Kenma parou sentindo o cheiro no ar e depois olhou para Kuroo, o corvino reparava na expressão do garoto e jurou ter visto um pequeno sorriso brotar no canto dos seus lábios e sentiu seu estômago se contrair com aquilo, pelo menos ele não tinha sido estupido de cometer o erro de Daichi de olhá-lo descaradamente, embora quisesse.
Apesar da alta conversa que se instalou na sala, a campainha foi tocada e todes pararam como se fosse um sinal para ficarem quietos. Koushi se levantou, sabendo que sua tia geralmente o fazia ir atender a porta usando da desculpa de “eu sou a mais velha aqui.”
Porém, dessa vez ele foi parado por Karui e a olhou surpreso.
— Relaxa aí, deixa que eu vou lá.
Viram Karui correr até a porta de entrada da casa e a abrir, a mulher abriu um sorriso colocando a mão na cintura, uma pose muito similar às que Koushi fazia.
— SURPRESA! Ainda lembra de mim? Vem, entra.
A convidada entrou assim que Karui a puxou para dentro, tirando a jaqueta que usava e as malas que trazia deixadas ao lado da porta.
— Tá brincando? Como eu ia esquecer de… — a mulher alta tinha olhos castanhos e cabelos cinzas com mechas escuras, dando um sorriso de lado ao analisar a mulher de cabelos prateados e curtos com tatuagem nos braços que lhe encarava. — De você, né.
Sugawara levou as mãos a boca, chocado em ver sua tia ficando vermelha com o comentário, nunca tinha visto isso acontecer desde os seus dezessete anos de vida.
— Você tá ótima. — Karui riu e logo a abraçou.
— Você também! Quando o Koutaro me chamou pra conhecer a tia do amigo dele, não achei que fosse você! — Mei comentou passando a mão na cintura dela.
— É estranho ver adultos flertarem. Tia, por favor, pare. — Hinata falou com uma careta, o restante da sala apenas assistia em silêncio.
— Já eu me sinto assistindo um déjà vu. — Yamaguchi falou olhando para Suga.
— Tá insinuando alguma coisa?
— Não tô insinuando, eu tô falando mesmo. — Yama disse com sorriso atrevido vendo Suga lhe fuzilar.
— Não discutam na frente da convidada, sejam educades. — Karui olhou para os dois amigos discutindo e depois para o resto da sala com ar de aviso.
— Oi pessoal, não sei se todes já sabem, mas eu sou a Mei, também conhecida como irmã mais velha do Koutaro. Espero que ele tenha falado bem de mim. — a mulher falou indo até o irmão e o apertando num abraço forte que não conseguiu responder, sem ar em seus pulmões.
— Tia Mei… posso te chamar assim, né? Só avisando que a tia Karui falou que a regra da casa é ficar longe do quarto dela. — Hinata disse com diversão clara nos olhos e um falso sorriso gentil.
— Cala a boca, garoto. — ameaçou a Sugawara mais velha tapando a boca do ruivo.
— Ah, eu me arranjo em qualquer lugar. — Mei disse com uma risada alta.
— Qualquer lugar que você quiser. — Karui respondeu baixinho.
— Eca, pra mim chega, vambora boboca sair daqui. — Hinata fez careta e puxou Kageyama para fora pelo braço que foi sem entender muito bem o que estava acontecendo.
— A gente ajuda a colocar suas malas lá em cima. — sorriu Sugawara para a mulher querendo se vingar da sua tia pelos comentários que fora obrigado a ouvir mais cedo.
— Aí essas crianças, né.
Karui empurrou o sobrinho para a porta.
— Elus já estavam de saída, acredita? Mas fica tranquilo, Koushi, meu sobrinho lindo, deixa que eu cuido disso. — falou colocando todes ao seu alcance para fora não tão delicadamente com pequenos empurrões.
— Tá bom! A gente tem muito assunto pra por em dia. — Mei concordou pegando suas malas. — Depois a gente conversa, maninho. — Mei disse piscando para o irmão mais novo que acenou saindo ao lado de Akaashi.
— Ela falou que iriam colocar o assunto em dias, é legal saber sobre a vida da minha irmã durante o colégio. — Bokuto meditou indo atrás do grupo que havia começado a andar.
— Sei bem que assuntos são esses. — Hinata disse rindo fazendo o moreno ao seu lado olhá-lo de canto disfarçadamente.
— Eu e o Tsukki colocamos o assunto em dia sempre. — Yama disse e Tsukishima o repreendeu por comentar aquelas coisas em público ficando vermelho.
Pegaram a trilha que ia até o povoado não bruxo, ficava há cerca de vinte minutos dali e durante o percurso foram conversando e rindo, aproveitando o sol batendo em suas peles.
Quando enfim chegaram ao povoado estavam suades e decidiram tomar sorvete.
— Isso é nostálgico. — falou Nishinoya, pegando na mão de Yaku.
— Dúvido que você consiga comer mais bolas de sorvete do que eu! — desafiou Hinata para Kageyama.
— Eu consigo sim, idiota!
— Então vamos pedir uma banana split e apostar!
Ele e Kageyama dividiram o valor e escolheram os sabores meio a meio, rindo e falando como se estivessem brigando.
— Queria dizer que estou me acostumando a esses dois, mas seria mentira. — Tsukishima falou pegando seu sorvete de morango.
— O de limão acabou. — informou o vendedor para Kenma que fez biquinho.
Kuroo estava assistindo a cena e se repreendeu por achar fofo, mas chegando perto do loiro e apontando para os sabores.
— O de menta também é bom.
Kenma o olhou como se estivesse o avaliando por um momento antes de se virar para o senhor dos sorvetes.
— Vou querer de menta.
Sentaram-se próximos de Yaku e Noya, Kuroo estava torcendo para que o loiro reagisse.
— Não é tão ruim, eu gostei. — Kenma disse por fim, depois de provar o sorvete tranquilamente, vendo o pequeno sorriso de Kuroo em sua direção, concordando com a cabeça, feliz por ter sido ele a dizer a Kenma um bom sabor.
Ainda assim, Kuroo teve que lutar para se concentrar no seu sorvete e não ficar olhando Kenma lamber o sorvete que ele pedira na casquinha.
— Vem, Daichi, você vai querer de avelã? — Sugawara puxou o garoto pela mão, tendo anotado em sua mente que aquele era um dos sabores favoritos dele.
— Sim! Espera, deixa eu pegar o dinheiro… — Daichi colocou a mão no bolso.
— Dois sorvetes, por favor! Um de avelã e um de baunilha. — Sugawara fez o pedido. — O que você tá fazendo? É seu aniversário, eu pago!
Entregou o sorvete de avelã para ele e o puxou novamente depois de pagar pelos dois, sentaram-se próximos a Akaashi e Bokuto.
— Não precisava, mas obrigado, Suga. — o moreno sorriu timidamente.
— Precisava sim. Ainda não acredito que você não me contou que era seu aniversário! — ia fazer mais drama mas reparou que Daichi estava usando a pulseira e o relógio que dera de presente para ele e como Daichi parecia feliz ali ao seu lado, fazia seu coração se aquecer. — Você tá usando as coisas que te dei.
— Sim… — Daichi acenou olhando nos olhos de Suga e quase se esquecendo sobre tudo.
— O que acham de irmos ao cinema depois? — interrompeu Akaashi perguntando ao grupo.
— Seria legal! — Hinata acenou.
— Boa ideia, Akaashi! — sorriu Bokuto que também estava feliz pelo fato de Akaashi estar usando o colar que ele dera de natal sem nunca tirá-lo.
Com a concordância geral do grupo, caminharam despreocupadamente pelo calçadão, o povoado não bruxo que residia ali era pequeno mas bastante movimento durante aquela época do ano, alguns deles como Nishinoya, Daichi e Tsukishima nunca haviam estado tão próximos de não bruxos antes já que suas famílias eram inteiramente bruxas, demoraram a escolher um filme decidindo por mulher maravilha 1984, durante o filme uma guerra de pipoca começou e o culpado acabou sendo Hinata que respondeu jogando mais pipoca em todes.
Com os ânimos exaltados no final do filme e comentando sobre super heróis não bruxos, eles entraram numa loja de jogos arcades antigos que Sugawara adorava passar o tempo quando ia para lá, ninguém ficou surpreso quando Kageyama e Hinata estavam jogando e falando alto um com o outro, mas ficaram surpresos em ver Kenma e Kuroo jogando concentrados, Kuroo perdia sempre que se deixava levar pelas expressões de Kenma durante o jogo tendo que aguentar o sorriso vitorioso do loiro depois, claro que isso arrancava uma reclamação dele, mas pelo menos ele não perdeu todas as vezes como acontecia no clube de duelos. Kenma gostou do desafio de não ganhar sempre e como o moreno parecia menos reclamão que o habitual.
Yaku e Yamaguchi estavam felizes em ensinar seus namorados a como jogar nos brinquedos, Bokuto e Akaashi como eram ambos de família não bruxa estavam se divertindo à custa dos demais. Akaashi acabou deixando Bokuto ganhar várias vezes vendo que sempre que ele perdia fazia uma cara de cachorro abandonado e isso amolecia totalmente seu coração.
Daichi terminou o jogo e apesar de ter perdido e Suga ter vencido ele estava feliz em comemorar seu aniversário daquela forma com todes ali, parecia certo.
Viu uma contração nos lábios de Suga e não se conteve em perguntar o que perturbava ele.
— Qual o problema? Pensei que você ia tá feliz por ter ganhado de mim. — ele disse com ar brincalhão.
— Eu tô, você é péssimo nos jogos! Mas não é isso, eu não te dei nada de presente. — Suga confessou o que o estava chateando.
— Você pagou meu sorvete e nos trouxe aqui. — Daichi forneceu com um sorriso sincero.
— Sim, mas… Ah! Já sei! — Suga sorriu brilhantemente, o puxando pela mão e saindo da loja de jogos.
— Onde estamos indo? — Daichi perguntou sem se importar realmente desde que ele continuasse sendo arrastado por Suga, ele iria até os confins da terra.
— Chegamos! — Suga anunciou.
Daichi olhou para a frente encontrando o que parecia ser um tipo de caixa de metal vermelha com uma cortina preta na frente. Parecia mais algo que os bruxos colocariam para despistar os não bruxos, funcionando como a entrada de algum prédio importante como o ministério da magia. Sugawara deve ter visto sua confusão e começou a rir.
— Uau, você é um gênio! Por que é exatamente o que eu queria colocar você numa caixa apertada a sós comigo. — falou em tom de provocação com uma piscadela no final.
Daichi se sentiu corar violentamente a isso, sua mente indo para coisas que certamente arruinaria a amizade deles novamente e ele iria se arrepender se Suga ficasse estranho mais uma vez ao seu lado.
— Ahn…
— Entra logo!
Sugawara o empurrou para dentro da cabine fotográfica e colocou uma moeda que acendeu as luzes interiores, iluminando o chão que tinha blocos preto e branco imitando um tabuleiro.
— O que isso exatamente faz? — Daichi perguntou, seu rosto voltou ao normal e focando em qualquer coisa que não fosse a proximidade com Suga.
— Tira fotos! São três fotos na verdade, é só apertar esse botão vermelho.
— Esse? — perguntou Daichi, apertando o botão sem querer, a cabine começou a fazer alguns estalos altos e ele ficou encarando a risada alta de Sugawara, depois disso um flash branco passou pela sala com um alto clique.
— Daichi! Rápido, a próxima foto vai ser agora! — Suga ainda estava rindo, trazendo Daichi para perto e passando uma mão sobre seus ombros. Foi sua vez de ficar sem palavras quando Daichi passou a mão em sua cintura e eles ficaram se encarando com seus rostos corados, como se estivessem se dando conta da proximidade deles só agora, nenhum dos dois ousando respirar.
O momento foi quebrado quando o segundo clique retiniu em seus ouvidos e eles piscaram diante do flash branco.
— Gastamos duas fotos. — Suga falou quebrando o silêncio e rindo no ombro de Daichi.
O moreno estava feliz demais no momento para se importar, Suga estava encostado no seu ombro e rindo, o que o fez sorrir também.
— Tudo bem.
— Olha pra frente!
Daichi obedeceu, olhando para frente ainda com o sorriso no rosto e quando o terceiro clique caiu ele sentiu seu coração disparar. Suga tinha beijado sua bochecha, colocando uma das mãos em seu pescoço, os movimentos foram rápidos.
Beijar Daichi na bochecha foi fruto da sua impulsividade, mas ele não se arrependeu de ter feito vendo a reação de Daichi. O puxou novamente para fora da cabine e entregou a ele a pequena cartela com as três fotos.
Só depois de sair, Daichi se sentiu respirando fundo e deixando ar entrar em seu cérebro muito aturdido, pegou as fotos e ficou às encarando, diferente das fotografias bruxas, aquelas não se mexiam, um pequeno sorriso surgindo no canto de seus lábios passando o polegar carinhosamente pelas fotos, agora ele tinha uma memória eterna daquele que estava sendo sem dúvidas seu melhor aniversário.
— Obrigado. — agradeceu, guardando a foto em sua carteira.
— Feliz aniversário! — Suga o abraçou rapidamente dessa vez. — Acho melhor a gente voltar e ver como elus estão.
Daichi concordou e logo elus decidiram que era hora de voltarem.
O dia foi dando lugar ao crepúsculo, haviam passado a tarde inteira passeando pelas pequenas ruas, conhecendo lojas, mas ainda tinham que fazer a caminhada de volta, apreciando o pôr do sol enquanto caminhavam.
Entraram na casa e se depararam com um silêncio na sala, mas logo risadas flutuaram da cozinha e elus seguiram curioses, todes se amontoando na entrada da cozinha para olhar.
Karui estava cozinhando enquanto Mei estava próxima a ela com uma taça de vinho na mão e uma garrafa meio vazia em cima da mesa.
— Oi, crianças! Voltaram! — Mei sorriu para elus, as duas estavam com os rostos vermelhos e pareciam íntimas.
— Crianças? Isso são pestinhas cheios de hormônios. — retrucou Karui embora com ar brincalhão.
— Assim você magoa a gente. — Hinata fingiu um biquinho fazendo Mei rir alto.
— Alguma coisa tem o cheiro bom. — exclamou Kageyama, recebendo a concordância de outros atrás dele que cheiraram o ar também. Estavam morrendo de fome.
— Fizemos macarrão pra jantar! Agora vão se lavar e venham comer. — Karui os enxotou da cozinha batendo palmas, dispersando elus rapidamente.
A fome fez com que fossem rápides e logo estavam todes em volta da mesa circular mas grande o suficiente para caber tode mundo. Comeram e contaram sobre como passaram o dia.
— Parece que vocês se divertiram bastante. — Mei comentou docemente.
— Amanhã é o último dia de vocês, é bom irem descansar pros fogos. — Karui avisou vendo algumes delus bocejando depois do jantar.
— Só vou depois do doce. — Hinata protestou.
— Eu também. — Kenma sacudiu a cabeça. 
— Já tá muito tarde pra vocês, vocês não vão dormir. — Sugawara cortou vendo os dois fazerem careta. Es demais se levantaram da mesa indo deixar seus pratos na cozinha.
— A gente dorme sim! — prometeu o ruivo.
— Sem conversa, subam logo.
Kenma e Hinata foram deixar seus pratos com cara emburrada, mas Karui os chamou dando um doce para cada.
— Não contem pra ele.
Kenma sorriu pegando o doce e Hinata a abraçou, agradecendo por ela ter perdoado seu comentário mais cedo.
— Valeu, tia, você é a melhor! — eles subiram enquanto comiam o doce, Hinata passou por Kageyama que saía do banheiro e o abraçou. — Boa noite, boboca.
Isso pegou Kageyama desprevenido que ficou parado em frente ao banheiro por alguns segundos com o rosto vermelho.
Mais tarde durante a noite, Akaashi e Sugawara desceram as escadas onde ficavam os quartos e pararam no último degrau.
Na sala, Karui despejava o que havia sobrado da garrafa de vinho em duas taças, entregando uma para Mei.
— Gostei das tatuagens, tem mais além dos braços? — aceitou a taça, tomando um gole ao olhar diretamente para a mulher mais baixa, elas estavam em frente a janela da sala observando o céu e o barulho das ondas.
Karui sentiu um arrepio correr sua espinha, talvez fosse o álcool ou os olhos castanhos dela nos seus.
— Tem mais algumas… quer ver? — sorriu com ar travesso sem medir as palavras mas não se arrependendo de as ter dito.
— Eu adoraria. — respondeu a outra, descendo os olhos pelo corpo de Karui, soltando uma risadinha no final. — Você ficou vermelha.
— Fiquei nada! Eu não fico vermelha. — Karui respondeu, sentindo seu rosto entrar em chamas vendo a aproximação de Mei, tinha esquecido como a Bokuto mais velha era direta e conhecia exatamente seus pontos fracos.
— Ficou sim.
— Você é sem graça. — Karui se virou, cruzando os braços.
— Eu sou muito engraçada! — a mais alta falou fingindo estar ofendida, descruzando os braços da loira de cabelos prateados e olhos azuis.
— Não é nada! — Karui se sentia pequena entre os braços musculosos da mais alta e totalmente entorpecida com a sua proximidade, sem nem mesmo conseguir elaborar um argumento decente.
— Isso quer dizer que eu não posso te beijar? — Mei perguntou a puxando pela cintura, o que fez Karui sentir suas pernas bambearem e qualquer pensamento deixar sua mente antes de puxar a outra para um beijo.
Elas interromperam o beijo, se virando para os dois que estavam parados com olhos arregalados, Koushi tapando a boca sabendo que tinha emitido uma exclamação e chamado a atenção delas.
— A gente só veio buscar um copo de água… — Akaashi disse sem jeito. — Mas quer saber, deixa pra lá… Podem continuar.
O garoto de óculos puxou o outro pelo braço escada acima.
— Kashi! Minha tia ficou vermelha! Só vi isso duas vezes na vida e foram hoje! — Suga falou exasperado, eles voltaram para o quarto querendo arrancar seus olhos fora.
No dia seguinte, na mesa de café da manhã, todes estavam comendo em um silêncio constrangido vendo a interação das duas mulheres e os chupões no pescoço que não foram nenhum pouco disfarçados. Mei começou então a puxar assunto com o lado da mesa onde Koutaro estava, conversando com os meninos.
— O dia parece bom hoje… — começou Yaku tentando iniciar uma conversa do outro lado.
— Tia! Não se passou nem um dia! — Hinata disse se virando para Karui como se estivesse engasgado e finalmente colocasse para fora o que precisava.
— E vocês já tão se pegando? — completou Yamaguchi com sorriso travesso, achando estranho Suga e Akaashi estarem quietos.
— Tá achando que eu sou vocês que perde tempo é? — Karui deu de ombros.
— Você me chama de sem vergonha mas a sem vergonha aqui é você. — Hinata zombou com uma risadinha.
— Um não anula o outro, e tem mais, eu já conheço ela há anos, somos amigas há muito tempo.
— Amigas? — ironizou Suga encarando sua tia com desdém.
— Não interessa.
— Acho que sou o único santo aqui, ninguém mais salva. — Akaashi disse com ar angelical.
— Piada, né? Ontem mesmo você tava lá falando da bunda do… — Suga foi interrompido por Akaashi que tapou sua boca com a mão, recebendo uma risada des outres que ouviam.
— De quem? — perguntou Karui curiosa.
— Ninguém! Eu não falo nada da bunda de ninguém, seu sobrinho é louco. — respondeu o garoto, enviando um olhar ameaçador para Suga antes de retirar sua mão.
Karui se aproximou por cima da mesa para Akaashi e sussurrou em tom de conluio.
— É do Koutaro? Eu não julgo, acho que é genética.
Akaashi soltou uma risadinha, concordando.
— Bunda não é importante, o que é importante é — Começou Yama sendo interrompido pelos amigos.
— Pegada! — bradou Hinata.
— Pau. — Kenma respondeu na mesma hora, agora Yaku estava rindo com muito mais vontade, ficando vermelhe.
— Chega. Pra mim chega. — Sugawara empurrou seu prato para longe, levantando-se e indo embora.
Durante a tarde elus se dispersaram para aproveitar o seu último dia e arrumarem suas coisas. Bokuto estava conversando com Akaashi sobre as flores e plantas que eles haviam encontrado na floricultura local e nas diferenças e semelhanças com as plantas bruxas, Akaashi escutava atentamente com a mão no queixo, ele não entendia muito do assunto, nem era tão bom em herbologia, mas gostava de ver Bokuto falar empolgado assim.
Akaashi foi chamado por Yaku para acalmar os Sugawaras da casa, depois de Koushi ficar lançando indiretas para sua tia juntamente com Hinata.
E a verdade era que Bokuto ficara realmente curioso sobre a vida de sua irmã e a relação dele com Karui, ele via Mei sorrir e claramente flertar com a mulher, desviou os olhos assim que sua irmã o pegou em flagrante, mas já era tarde demais. Ele foi para a varanda e ela o seguiu com duas limonadas, sentando ao seu lado alguns minutos depois.
— Você tá bem, Kou? — ela perguntou entregando um copo a ele.
Koutaro aceitou, vendo as marcas no pescoço da irmã de relance que apareceram quando ela arrumou os cabelos longos para trás.
Ficou um longo minuto em silêncio, remoendo e pensando se deveria tocar naquele assunto.
— É verdade que você e a tia… — ele começou sem saber como prosseguir, olhando para ela rapidamente.
— Nós ficamos. Não é como se a gente tivesse tentando esconder, né. — ela riu, coçando a nuca perto de onde estavam as marcas. — E você e aquele rapaz, o moreno de óculos, tão namorando? Ele é bonito.
Koutaro se engasgou com a bebida, seu rosto ficando vermelho enquanto ele tossia.
— Não! A gente é só amigo!
Mei notou a reação do irmão com mais atenção, ela ia dizer que o garoto parecia estar sempre olhando para seu irmão, mas desistiu vendo o irmão ruminar algo internamente.
— Você acha que nossa mãe iria aceitar? — ele perguntou e Mei sentiu seu tom receoso. Ela entendia isso, a mãe deles era pastora de igreja e não era conhecida por ter a mente aberta, entendia que crescendo naquele ambiente Koutaro havia crescido com medo de desapontar a mãe deles.
— Não sei, mas sei que apesar dela ser cabeça dura ela ama a gente e bom, não importa, Kou. — ela colocou a mão no ombro dele para frisar. — Não temos que ter medo de ser quem somos, faça o que você quiser e seja feliz.
Ele refletiu um pouco, tentando internalizar as palavras de sua irmã, não era fácil para ele, mas abriu um sorriso.
— Certo, eu vou pensar sobre isso. E… na verdade eu fiquei surpreso de você, acho que não conhecia muito da minha própria irmã. — dessa vez os dois soltaram uma risada alta parecida.
— Bom, acho que a culpa é um pouco minha, eu não passava tanto tempo em casa. — a adolescência da mais velha e sua convivência com a mãe não havia sido fácil, sorte que havia a irmã do meio deles para apaziguar as coisas. — Mas pode falar comigo sobre o que você quiser ou se tiver alguma dúvida, ok? Sua irmã tá aqui pra cuidar de você.
Mei o puxou, abraçando o garoto e ele riu, se permitindo sentir-se mais leve. Teria muito no que pensar. Enquanto ela ficou feliz pelo irmão, em apenas um dia que estava ali já podia dizer que ele estava bem mais leve e solto e parecia genuinamente feliz ao lado do outro garoto, torcendo para que boas notícias chegassem em breve.
Atrás da sala, no quintal, estava Karui e es menines pegando morangos que estavam maduros para comerem mais tarde.
— A gente tem que fazer um descarrego genético, não é possível. — Suga falou batendo na mão de Hinata que estava comendo todos os morangos da cesta em vez de pegar.
— Auch! — retrucou o ruivo indo para o lado de Kenma.
— Todos vocês com fetiche em monitor, cruzes. — Yama balançou a cabeça ao falar.
— O importante é gostar da pessoa e pronto. — Yaku disse, seus amigos também podiam ser grandes cabeças duras.
— Ainda bem que a gente se livrou disso. — o ruivo saltitou abraçando os ombros de Yama e Yaku.
— Eu também tô livre, sabe. — retrucou Kenma.
— É que você não gosta muito de abraço. — Hina disse indo abraçar ele em seguida, totalmente não ligando para a tarefa deles ali.
— Superem isso, foi só uma noite pra recordar as memórias. — Karui pegou a cesta cheia de morango, levando para dentro de casa.
— Foi um desperdício do meu tempo te ajudar a arrumar o quarto de hóspedes, né. — o Sugawara mais jovem comentou em tom de malícia.
— Fica quieto, garoto, ou vamos começar a falar de você e um certo alguém. — ela ameaçou e ele passou cantarolando, a ignorando, mas sem mais comentar nada.
Assim que a noite caiu, elus se arrumaram e foram para a praia levando toalhas e cestas de lanches que foram arrumadas em um relevo mais alto assim elus tinham a vista do mar e também do pequeno povoado. A noite estava estrelada e vários vagalumes completavam o visual.
Passaram o ano novo assistindo os fogos que foram lançados do povoado e as lanternas de papéis lançadas aos céus sobrevoando as águas, o clima era leve, com risadas, algumas reclamações mas principalmente aconchegante, como se fossem uma grande família.
— Obrigado por nos receber tão bem na sua casa, Tia Karui. — agradeceu Daichi no dia seguinte, com seus amigos atrás dele, parecia que eles haviam decidido sem o avisar que ele seria o porta voz dos agradecimentos.
— Já falei que não precisa ser tão formal assim, grifanos são teimosos, né. Vem cá e me deem um abraço! — Karui foi até cada um deles dando um abraço, Mei fazia a mesma coisa com es outres menines esmagando elus em abraços apertados.
— Não quero voltar, a gente vai ter que estudar de novo. — Hinata fez uma cara triste.
— Não tô pronto pra isso. — concordou Kageyama com um suspiro.
— Vou sentir saudades de vocês, seus pestinhas, se comportem e não façam nada que eu não faria. — Karui pegou um jarro contendo pó de flu e se dirigiu até a lareira de pedra da casa, era assim que eles iriam voltar para a escola.
— Cuidem delus, certo, e não escutem os conselhos dela. — sussurrou Mei para Koutaro e Daichi. — Tchau, maninho.
Se despediram e seguiram uma fila, cada ume ia até o jarro, pegava um pouco e jogava na lareira. Grandes labaredas azuis se acendiam e logo estavam viajando por um túnel em alta velocidade até chegarem dentro do bar três vassouras. Muites alunes estavam reunidos no bar e havia grandes grupos caminhando pela trilha que levava até os portões do castelo já que era proibido a viagem por meio de pó de flu ou aparatação dentro do castelo por questões de segurança.
— Agora vamos ter que nos acostumar com o tempo frio de novo. — reclamou Kuroo, eles haviam passado uma semana com clima quente de verão e a realidade no castelo era gélida com pequenos montes de neve que começavam a descongelar com o início de janeiro.
— Pare de reclamar, nos salões vai tá quente o suficiente. — Tsukishima respondeu segurando a mão de seu namorado até chegarem ao castelo.
— Vou ver o Bartolomeu. — anunciou Kenma que saiu em busca de seu gato, havia deixado o bichano ali sabendo que ele iria se virar caçando algo e o gato ficava terrivelmente mal humorado com mudanças bruscas de ambiente.
Kuroo fez uma careta ao lembrar do nome que o loiro havia dado para o gato, imediatamente ele se lembrou do gato que havia feito amizade e decidiu ir atrás dele também.
— Credo, aquele gato endemoniado. — retrucou Hinata com uma careta.
Elus combinaram de se encontrarem mais tarde para o banquete da noite e foram arrumar coisas coisas nos dormitórios.
— Mano! — Natsuo pulou nos braços do ruivo assim que o avistou no grande salão principal onde fariam a refeição.
— Nat! Você cresceu ou é impressão minha? — Hinata abraçou a irmã, dando tapinhas na cabeça dela que a fizeram rir.
— Talvez você que tenha diminuído! — ela riu e olhou para Kageyama que estava ao lado do garoto. — E aí, emo espantalho.
— Vou adotar essa! — Hinata gargalhou vendo a cara que Kageyama fazia, o grifano não entendia porque eles gostavam tanto de dar apelidos.
— Sejam bem vindes, mis querides alunes e alguns nem tanto. — troçou o diretor Ukai se aproximando delus e dando um abraço em Yaku e Natsuo, dando tapinhas nos ombros de Bokuto e Akaashi.
— Credo, velho, até parece que não ama a gente. — Sugawara cruzou os braços.
— Vocês estão diferentes. — ignorou o diretor olhando atentamente para elus.
— Pegamos muito sol. — falou Nishinoya com empolgação.
— Não é isso… Parecem mais unides, ou será impressão minha?
— É impressão, com certeza, senhor. — disse Kuroo com educação, de modo sério.
— Hummm, veremos. Bem, sentem-se para comer.
Elus foram deixados e sentaram nas mesas de costume, em dupla, mas agora parecia que elus haviam fortalecido o vínculo que es unia e em algum momento cada dupla se entreolhou refletindo sobre as palavras do diretor se perguntando o que seus futuros reservavam para elus.

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