Passaram-se 10 anos depois da guerra contra Hybern, esses anos foram conturbados, porém, finalmente houve um acordo, os Feéricos agiriam como se ainda houvesse uma muralha, e feéricos e Grão feéricos não tinham permissão de ir para as terras mortais...
Diante de tantas coisas acontecendo numa velocidade tão absurdamente rápida, meu coração encontrava-se inquieto, o inverno se aproximava, e as folhas começavam a se soltar dos galhos, libertando-se da abrangência do outono. Ninphya havia mandado uma carta um dia anterior a nossa ida até sua corte, dizendo que representantes estariam nos esperando na Corte Crepuscular, onde todos os Grão Senhores e suas devidas delegações seriam atravessados para sua corte, não podia imaginar como isso iria acontecer.
Era hoje. Hoje estaríamos partindo para a Corte Nebulosa, estava apavorada e ansiosa ao mesmo tempo, nem podia se quer imaginar como aquele lugar seria, qual tipo de pessoas por lá viveriam, entre diversas outras perguntas sem respostas naquele momento.
— Vai dar tudo certo, Feyre, não fique tão preocupada, é como Elain disse, se Ninphya estivesse tramando algo, não daria as caras por aqui desfazendo seu anonimato — Mor falou me olhando, em seus lábios haviam um sorriso gentil, que me confortaram diante de tantas perguntas, me fazendo abrir um sorriso em resposta.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Após algumas horas nos arrumando, finalmente já estávamos na Corte Crepuscular. Vi as nuvens primeiro. Aquelas imensas nuvens fluindo pelo céu cor de cobalto, macias e magnânimas, ainda tingidas pelo vestígio rosado do alvorecer, as bordas arredondadas emolduradas pela luz dourada. Como da ultima vez o frescor do orvalho da manhã se fazia presente ao ar morno enquanto olhávamos para o palácio montanhoso que espiralava até céu acima. Aquele lindo palácio de pedra do sol, com o brilho de mil alvoreceres.
Surgimos numa varanda, do qual um criado usando o uniforme dourado e rubi da Crepuscular nos aguardava. O macho nos fez uma reverência.
— Por aqui, Grão Senhor e Grã Senhora. — Ele proferiu com um sorriso cativante.
Não levou muito tempo, já conhecíamos praticamente o caminho, ao chegar na sala de reuniões, encontramos Helion, Thesan, Tarquin, Kallias e mais três pessoas, uma delas eu reconhecia, Harlock, membro da corte da Grã Senhora, ele usava roupas semelhantes as que se apresentara para a reunião, o que mudava era a cor de sua túnica, agora preta com leves pontos de luz, as outras duas, duas fêmeas, estavam junto a ele, permaneciam quietas enquanto o mesmo parecia conversar com Helion e Kallias. Thesan e Tarquin observavam a conversa deles, assim como as duas fêmeas. A primeira possuía a estatura média, os cabelos vermelhos vibrantes. A pele bronzeada num tom dourado, e olhos de cor âmbar penetrante se assimilando a uma pedra maciça. Olhar para ela era como poder ver um Lucien fêmea, eram extremamente parecidos, o que me fez pensar se não seria uma filha perdida de Helion com a Senhora da Outonal.
Ela vestia um vestido elegante de cor preta, era muito bonita, com um corpo curvilíneo, sendo realçado pelo vestido que usava, a cintura coberta por partes douradas acentuando ao formato, o busto deixando um pouco a mostra os seios avantajados da mesma, ele não possuía alças, o tecido ia direto para o pescoço preso em uma gargantilha prateada, dando para ver os braços, estes possuíam tatuagens num dourado desbotado, linhas paralelas tendo outras linhas na horizontal dentro, de forma simétrica e bem alinhadas, assim como alguns círculos e pontos dentro destas mesmas linhas que as vezes eram completamente preenchidos. Os ombros tinham ombreiras douradas presas por finas linhas de prata. Suas mãos também tinham adornos dourados pesos ao pulso e ao dedo do meio. Na saia longa havia uma parte aberta deixando sua coxa levemente a mostra.
