CAPÍTULO IX

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Feyre

   Todos estavam abismados com o portal que os membros da Corte Nebulosa haviam aberto, o mesmo era nossa passagem para o reino de Ninphya.

— Minha Grã Senhora decidiu que nós deveríamos usar outro tipo de transporte, que não tomasse muito da magia de vocês, como atravessar, já que vocês poderiam pensar que estávamos planejando algum golpe, visto, que estariam enfraquecidos numa terra estranha — Nefest ressaltou nos olhando, logo pudemos ver claramente o cais e a cidade mais à frente.

   Olhando melhor, havia duas figuras ao alto das escadas olhando para o portal do outro lado, cercadas por alguns feéricos e Grã feéricos de armaduras reluzentes, eram de cor prateada, mas levemente escurecidas, com a mesma insígnia das cartas gravadas em seus braços, guardas. Alguns dos soldados possuíam asas, asas estas que nunca havia visto, não eram peregrinos, ou serafins, ou Illyrianos, suas asas pareciam com as de morcegos, porém com escamas, escamas das mais variadas cores, iam de um azul escuro a um branco cintilante.

   Reconheci Ninphya assim que visualizei os cabelos brancos com a poderosa e exímia coroa de espinhos como ébano. Desta vez, seus cabelos estavam presos em um coque bem adornado, deixando sua coroa ainda mais chamativa. Ela trajava um vestido cinza, que deixava seus ombros a mostra, continha as mangas longas de um tecido que parecia ser bem leve e meio transparente. Havia detalhes em prata adornando as mangas caídas e o busto, assim como a cintura. Era belíssimo, se Ninphya já parecia extremamente delicada, aquele vestido a deixava ainda mais, porém, o ar de soberania que ela possuía ainda estava presente em sua postura e rosto.

   A seu lado, havia uma Grã feérica, alta, a diferença de altura entre as duas era extremamente visível, a Grã Senhora batia na altura de seu ombro. A fêmea era belíssima, tendo cabelos dourados soltos caindo sobre os ombros, ela parecia brilhar ao ter a luz do sol em si. Os olhos azuis cintilantes e profundos, como o oceano, e algo neles pareceu brilhar ao olhar para o lado.

   Ela trajava um vestido que era perfeito para si. Feito de um tecido dourado levemente salpicado de brilho, deixando os seios robustos bem marcados no decote que possuía, a cintura era fina sendo realçada pela costura, a saia descia tendo o dourado e arabescos brilhantes adornando-a, deixando uma abertura, mostrando uma de suas pernas torneadas. Usava um sapato belíssimo, com o que parecia ser pequenas serpentes rodeando os tornozelos, acabando em um salto também dourado. Ela usava um bracelete de ouro vazado, envolvendo todo o pulso e o dorso da mão direita, assim como um colar que preenchia seu pescoço, também vazado e o que parecia ser uma coroa também feita de ouro. Ela era radiante como o sol implacável.

— Vamos? — Harlock disse nos olhando e apontando com a palma da mão para o portal.

— Como podemos saber se isso é seguro? — Helion perguntou, o olhando levemente desconfiado.

   Antes que Harlock pudesse responder, Nefest atravessou o portal, parando em seguida e olhando Helion com uma sobrancelha arqueada e o canto dos lábios levantados, então, estendeu a mão para Gryase, que a pegou e atravessou, ambas andaram até Ninphya e a Grã feérica a seu lado, ficando junto a ela, que lhes deu um sorriso carinhoso ao vê-las se curvando levemente em sua frente.

— Acho que isso prova que é seguro — Harlock falou reprimindo um sorriso.

   Sem mais demora, Helion e os dois membros de sua delegação passaram pelo portal, expressando surpresa e confusão ao chegar do outro lado. E assim, todos nós nos colocamos a atravessar o portal. Ao atravessar, senti o ar morno do outro lado me envolver, e a brisa leve do vento balançou meus cabelos para o lado, pude ouvir o som dos pássaros, do mar e das pessoas daquela cidade.

Corte de Luz NebulosaOnde histórias criam vida. Descubra agora