heavenly • yeonbin

track 18

Vamos de avisos né

• Nesse capítulo tem muito sobre como o Soobin tá lidando com os seus sentimentos e talvez isso seja gatilho de alguma forma. Ela cita também sobre problemas de outras pessoas da clínica com suicídio e vício em remédios, mas a narrativa não se aprofunda muito nisso.

• É citado como a religião cristã influenciou negativamente no Soobin e eu trabalho isso em forma de fatos. Se você seguir alguma religião cristã não se ofenda como se eu tivesse falando negativamente da religião atoa, por fatos históricos, sociológicos e políticos a religião cristã por séculos foi usada como repressão e se ela faz bem pra você, fico feliz por isso, só não é uma maioria e não tem como ignorar fatos. Mais uma vez, é a forma que o personagem se colocado como uma pessoa de verdade foi afetado.

• Sempre tento fazer a construção dos meus personagens como se eles fossem pessoas de verdade, mas eu gostaria de pedir que não se espelhem nas formas que Soobin lida com si mesmo. Dependendo da sua personalidade e se você tem algum transtorno como depressão ou ansiedade, aplicar a forma com que ele pensa e tenta encarar as coisas pode te causar algum tipo de crise. Não há fórmulas de lidar com essas coisas, cada pessoa é um caso específico mesmo se você se identificar com o personagem.

• O personagem vai tá nessa vibe de pensar bastante e problematizar bastante o tempo todo porque ele tá nesse momento de autoanálise, mas novamente, isso é um momento, não significa que ele vai viver 24/7 assim.

• A Heejin que aparece aqui também faz parte de Infamous - junto com a Chaewon e as outras versões dos meninos -, que já comecei a postar aqui.

Acho que é isso, se eu lembrar de mais alguma coisa acrescento depois. Boa leitura!

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Esse era um dos momentos em que Soobin se sentiu mais miserável e simultaneamente, mais feliz. Fall Out Boy estava bem certo quando escreveu a frase "o melhor de nós pode achar felicidade na miséria".

  Obviamente esse momento não ocupava o primeiro lugar. Ter aquela recaída e quase morrer num beco talvez sempre seja o primeiro lugar.

  Mesmo pálido, com olheiras enormes e cabelos desbotados e caóticos, Soobin se sentia feliz. Ele tava completamente perdido, exausto e triste só que isso não apagava a felicidade que sentia.

  Antes, ele sempre teve os momentos de sentimentos ruins nessa intensidade, talvez até mais. Soobin constantemente se sentia perdido, sem saber pra onde ir e o que fazer, tendo a sensação de que sempre fez todas as piores escolhas existentes. A diferença é que dessa vez, ele ainda conseguia direcionar os seus impulsos e o seu estado de movimento constante de outra forma.

  Thomas Hobbes escreveu um livro enorme sobre várias coisas que acreditava fazer parte na natureza humana, mas a parte que Soobin conseguia enxergar em si agora era o que o autor disse sobre o movimento. Hobbes explicou que o estado natural do humano é sempre estar em movimento, sempre fazendo algo e passando de um estado para outro. Não há como parar a não ser que algo como morte ou acidentes te parem. Soobin costumava achar que de certa forma, quando estava bêbado demais pra pensar logicamente, estava parado sendo que não, ele nunca esteve parado, ele esteve se afundando.

  Soobin sentia péssimas coisas, então achava que repetir decisões significava não sentir essas péssimas coisas enquanto elas só se agravavam.

  Agora, ele sente essas coisas ruins e continua em um movimento diferente: buscando ver a si mesmo de uma forma lógica, tentando segurar em fatos ao invés de deixar essas explicações pouco lógicas e destrutivas o sufocarem. Ele continuava sem parar, mas em direção diferente e era exatamente isso que causava a sua felicidade.