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Joalin Loukamaa

Antes de voltar para casa fiz uma ligação para Krystian ordenando que viesse limpar a sujeira que eu acabei fazendo atrás do estabelecimento. Ele quase me arregaçou quando soube quem estava caído com uma bala no colo. Era próximo de Sabina então sempre envolvendo ela era automático de Krystian defender.

Estacionei em frente a casa tão conhecida por mim e desci do veículo seguindo até a porta e adentando o local em seguida. Tirei meus coturnos pretos dos pés e os carreguei na mão até a cozinha onde Heyoon ajeitava alguns copos no armário. Pigarrei e seu olhar disparou para mim rapidamente.

- Preciso que cuide dessa sujeira. - falei estendendo as botas em sua direção. Ela os pegou e observou o sangue ainda um pouco molhado e arregalou os olhod deixando sua boca entreaberta.

- V-Você... matou ele? - ela perguntou em um fio de voz.

- Matei. - afirmei séria, sem paciência para outra série de julgamentos.

Heyoon engoliu seco e assentiu abandonando o cômodo logo em seguida. Respirei fundo antes de seguir caminho até as escadas e subi-las me preparando para uma complicada conversa com a garota de olhos cor-de-mel.

Bati meus nós dos dedos na porta cerca de três vezes até que finalmente fosse ouvido o som das chaves se chocando do outro lado. A porta finalmente se abriu me dando visão da garota em situação crítica. Seus olhos estavam baixos e avermelhados, suas bochechas coradas e molhada pelas lágrimas recentes e olheiras prufundas marcavam ao redor de seus olhos.

Me senti um pouco mal, sabia que aquele seu estado era resultado de pensamentos carregados de culpa e tristeza por pensar que não chegou nem perto de salvar a irmã, e não de tudo o que falei para ela minutos mais cedo. Nada do que eu dissesse ou fizesse seria capaz de provocar tal reação na mesma se não fosse sua falha na fuga.

Não senti remorso nenhum ao observar minha mão claramente marcada em sua bochecha. Ela mereceu aquilo por me enganar, por trair minha confiança. Teria tudo sido mais fácil e menos doloroso para ela se tivesse recorrido a mim pedindo por ajuda, eu iria me divertir um pouco, claro, mas não iria deixar a irmã dela em apuros na mão daqueles ordinários imundos.

Sabina evitou olhar para mim quando adentrei o cômodo. Fui até a poltrona de frente para sua cama e me sentei sem dizer uma palavra, dando o tempo para Sabina preparar o psicológico para o que vinha em seguida.

- Shivani está em casa. Segura. - falei depois de um tempo.

A cabeça de Sabina se levantou rápido e seus olhos brilharam. Os lábios trêmulos e sua respiração mais calma e aliviada, como se tivesse parado de se maltratar pela própria falha.

- Obrigada. - susurrou fechando os olhos e deixando uma lágrima solitária cair.

- Não me agradeça, com certeza não irá ter a mesma reação daqui alguns segundos. - ergui minha cabeça encarando seus olhos.

- O que quer dizer com isso?

- Shivani escapou. Mas Hernández não.

- O-Onde está o meu pai? - ela perguntou com a voz falha.

- Morto. - respondi fria e sem expressão.

A Chefe da Máfia - JoalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora