A Chefe da Máfia - Joalina

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Joalin Loukamaa

Assim que saí de casa tive de correr para chegar à tempo na reunião sobre o casamento. Isso estava me tirando o pouco de paciência que eu carregava comigo todos os dias. Se eu soubesse que precisariam de mim até para saber o número de talheres eu juro que não teria nem cogitado essa ideia.

Estacionei meu carro próximo a entrada do local e desci do veículo seguindo até a porta que logo foi aberta por um segurança. Avistei a mulher e seu marido que seriam responsáveis pela decoração sentados já a mesa, apenas me esperando.

Sorri debochada e sentei-me junto à eles, cruzando minhas mãos por cima da mesa e esperando as bocas deles se abrirem.

- A-Acho que podemos começar. - falou a mulher pegando uma caneta rapidamente.

- Você acha? - pergunto sarcástica.

- Bom, já decidimos parte de tudo na reunião passada, então precisamos resolver o restante para que possamos começar os preparativos. - explicou e logo complementou. - Qual o número de convidados, Senhorita Loukamaa?

- Apenas meus irmãos, a mãe dela e seus irmãos. - falo e eles parecem incrédulos com minha resposta. - Algum problema com isso?

Estreito meus olhos em direção aos dois que logo encolheram os ombros e negaram com um movimento de cabeça inúmeras vezes.

- Só achei que Sabina tivesse um pai... - falou confusa.

- Ela não tem. - sorri irônica.

- Tudo bem. Podemos colocar...

E assim se passaram quatro horas, a mulher falando e falando sem me deixar nem respirar. Minha cabeça já estava a ponto de explodir com tanta coisa que ainda precisava ser decidida. E a boca daquela mulher não se fechava por mínimos segundos. Não consegui me segurar por muito tempo, quando finalmente explodi sem mais aguentar todo aquele falatório bati com força meu punho na mesa e liguei para Sina quase implorando por socorro.

- Não aguento mais essa merda, decide tudo aí, se eu ouvir a palavra casamento mais uma vez eu juro que enlouqueço. - rosno para minha irmã assim que ela adentra o estabelecimento.

- Sempre sobra pra mim. - revirou os olhos e seguiu até o casal de olhos arregalados que engoliram seco ao vê-la.

Bati a porta com força ao sair, e para piorar meu humor já inexistente, o toque estridente de meu celular soou me fazendo praguejar um palavrão e retira-lo do bolso, o levando até meu ouvido em seguida.

- Quem teve o azar de resolver me ligar agora? - pergunto destravando o carro e o adentrando ainda com o celular em minha orelha.

- Ora, ora, veja com quem estou falando... - uma voz pesada soou da outra linha.

- Acho bom começar antes que eu desligue na sua cara. - ameaço começando a me irritar com aquele sujeito.

- Estou com uma garota, ela chama pelo seu nome à cada tiro que dou em sua perna. Tem cabelos castanhos, grandes olhos cor-de-mel, boca bem desenhada, e um belo corpo. Conhece? - senti meu coração parar por uma fração de segundos.

- Maldito filho da puta. - desligo a ligação e disco o número de Heyoon sentindo meu peito subir e descer rapidamente.