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Sabina Hidalgo

Abri uma pequena brecha de meus olhos sentindo minha cabeça latejar e minha vista pesar. A visão estava borrada, conseguia apenas enxergar uma claridade no cômodo. Eu estava no céu?

Uma pontada agonizante foi dada na parte de trás de minha cabeça me fazendo soltar um gemido de dor. Ouvi alguns murmúrios baixos e logo senti minha mão ser apoiada por outra.

- Hey, Bina. Como está se sentindo? - ouvi Krystian perguntar ao meu lado.

- Minha cabeça... dói. - levantei minha outra mão até o local da dor e meus dedos tocaram uma faixa que cobria grande parte do local.

- Ei, tire sua mão daí! - me repreendeu. - Você bateu a cabeça muito forte, Saby. Tome cuidado da próxima vez que for descer as escadas, docinho.

Franzi o cenho confusa, sentindo mais uma pontada de dor me atingir. Do que diabos ele estava falando? Pelas memórias que tenho em minha cabeça a escada não teve nada haver com isso, mas sim ela.

- Sinto que você não sabe da história verdadeira, Krystian. - falei o encarando.

Respirei fundo e lhe contei tudo, desde seu comportamento diferente de manhã até eu apagar no chão de seu escritório desmaiada. Observei as narinas do garoto ao meu lado inflarem, os olhos fulminantes, prontos para matar quem precisasse.

- Ela tá ficando maluca?! - exclamou se levantando bruscamente e seguindo até a porta.

- Krys, não. - tentei impedi-lo de sair, sabe-se lá o que ele iria falar ou fazer com ela, mas tinha medo de que ele se arrependesse depois.

Coloquei os pés para fora da cama com o tronco ainda deitado e fechei os olhos ao levantar parte do meu corpo, ficando assim sentada na cama tentando controlar a dor infernal em minha cabeça. Levantei meio zonza e segui até a porta, quase não tendo força para abri-la.

Caminhei em passos desengonçado até o local de onde vinham os gritos e assim que parei na porta do escritório de Joalin observei Sina, Savannah e Krystian discutirem com a loira.

- Krystian... - o chamei me apoiando no batente da porta.

- Por Deus, Sabina! O que está fazendo fora da cama? - ele veio exasperado ao meu encontro.

- Por favor, deixe pra lá. Já aconteceu, gritar e gritar não vai concertar muita coisa, acredite. - suspirei e sorri fraco.

- Está vendo sua idiota? Você quase a mata e ela ainda te defende! Se eu fosse ela já teria te dado umas boas surras. - ele rosnou para a irmã.

- Hey, você está bem? - Savannah me perguntou se aproximando. Sorri fraco e concordei.

- Estou, apenas com dor de cabeça. - ela assentiu.

- Heyoon comprou alguns remédios para aliviar a dor, vamos, eu lhe levo até lá. - Sina passou seu braço ao redor do meu ombro e me guiou até as escadas me ajudando à descer devagar.

Quando chegamos ao cômodo, ao me ver, Heyoon correu preocupada até mim e tocou meu rosto me olhando com pena.

- Que bom que acordou, Saby. Estava preocupada. - me abraçou devagar.

A Chefe da Máfia - JoalinaOnde histórias criam vida. Descubra agora