Eren Jaeger sentiu a cabeça latejar forte quando sua consciência retornou.
Aos poucos ele despertou reclamando quando a claridade irritou seus olhos e uma fisgada na têmpora se fez presente. O garoto sentou-se na cama e segurou o ar por breves segundos pois sua cabeça estava pesada demais e ele sentia que esta iria explodir a qualquer segundo, esfregou os olhos e logo se forçou a analisar aonde estava.
– Oh, claro... é o meu quarto. – sorriu sem motivo mas logo formando uma expressão de dúvida. – Mas como eu cheguei aqui? Caralho, que ressaca.
Xingou antes de voltar a deitar na cama e puxar o edredom até que cobrisse sua cara para tentar dormir novamente, no entanto, como a alegria de pobre dura pouco, o Jaeger lembrou-se de que era a porra de uma segunda e que teria de ir a porra do colégio. Pulou do lugar e buscou apressado por seu celular ignorando o máximo que pode a dor fodida em sua cabeça, ao encontrá-lo ligou e seus olhos bateram diretamente no horário.
– ONZE HORAS? – gritou escandaloso e a fisgada retornou. – Ótimo, perdi o horário, muito obrigado universo! – exclamou com ironia largando o aparelho sobre a cama e indo buscar por sua toalha.
Espero que um banho resolva a merda dessa ressaca. Aonde eu tava com a cabeça quando aceitei ir beber só pra desfrutar da companhia dele? Puta que pariu. reclamava mentalmente.
De banho - bem gelado - tomado e roupas trocadas, Eren desceu as escadas e assim que chegou a ver silhueta de Carla murmurou um "acordei" a ela. Palavras essas que fora ignorado e que no lugar viera uma carranca de decepção, o garoto já sabia o porquê e então somente decidiu dar de ombros para se sentar no banquinho.
– Tome isso aqui, talvez ajude com a dor de cabeça, Eren. – Carla entregou um comprimido juntamente de um copo d'água. – Se lembra a que horas você chegou em casa? Ou ao menos tem ideia do estado em que chegou? – ela perguntou cruzando os braços enquanto o garoto tomava a água.
Eren balançou a cabeça em negação ao deixar o copo vazio sobre o balcão e sua mãe suspirou. Ele não estava mentindo afinal, não tinha ideia de como havia chegado em casa porque toda vez que forçava a se lembrar, sua cabeça latejava.
– Você apareceu na porta de casa as duas da manhã sendo carregada pelo Levi. – Carla disse e Eren estranhou, ou o baixinho havia contado seu nome ou ela talvez o conhece antes mesmo de si já que ele era irmão de sua amiga. – Ele me contou que você acabou caindo e bateu com a cabeça no chão. Eren tem noção do quão preocupada eu fiquei com você, minha filha? Além de que eu deixei bem ressaltado que era pra voltar antes da meia-noite, por Deus, Eren!
O Jaeger mais novo comprimiu os lábios e soltou o ar pelo nariz, não queria discutir aquilo, não agora. Sua cabeça estava doendo, era a mistura da ressaca e com certeza da pancada que levou do chão, nem tinha ideia de como havia acontecido e talvez até questionaria Levi ou Hanji mais tarde, mas no momento o garoto só queria um pouco de paz pra aguentar o mal estar e o descontentamento.
Eren levantou-se e rumou em direção ao quarto ignorando-a, ficaria lá até dar o horário para trabalhar pois pelo menos isso ele deveria fazer nessa merda de segunda. Ao fechar a porta do cômodo, soltou um riso sem humor e caminhou de volta para cama, a tela de seu celular brilhava e pode notar algumas - várias - mensagens desesperadas de Hanji pedindo que a ligasse. A mulher uns dias atrás havia insistido para que ele tivesse o número dela então não pode recusar.
Procurou antes saber se tinha também alguma mensagem do Ackerman, nada. Talvez ele estivesse ocupado com a faculdade, não é?
Discou o número da professora e precisou afastar o celular da orelha quando ouviu os berros dela do outro lado da linha.
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Você me chamou de que?
Romance[⚠️] - infelizmente pode conter gatilho para transfobia. Eu nunca avisei antes mas tomei consciência de que é algo terrível demais para certas pessoas em si, não todas, então tenha consciência também de que pode causar algum gatilho. Eren Jaeger só...