É entre mim e Ele

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Capítulo 3

Eles encerraram a dançam com os rostos muito próximos um do outro, seus narizes se roçando e sua respiração se mesclando. Os olhos em uma conexão absurdamente profunda. O propósito de Mew ao ir naquele pub, era descobrir informações sobre Kanawut, para que pudessem se encontrar e acabar ou iniciar de vez aquela guerra. Gulf apenas estava entediado, tinha uma vida agitada nas Filipinas, mas ali, em Bangkok, foi fácil demais controlar. Porém, o reencontro com um grande amor do passado, foi o suficiente para ele ter seu coração aos saltos como a muitos anos atrás.... pela mesma pessoa.

Estavam em outra época, ele era um novo Gulf, poderia beijar Mew bem ali, se quisesse, e ninguém iria julgá-lo. Mas antes que pudesse juntar suas bocas, alguém tocou seu braço. Era um de seus subordinados. Ele se afastou de Mew, à contra gosto, e se aproximou do homem.

— Senhor, temos um problema — Disse o homem.

— Estarei lá em um instante — Respondeu com a voz autoritária.

O homem saiu, sumindo na multidão. Gulf virou para Mew com um sorriso doce, embora o outro não pudesse ver com clareza por conta do escuro, mas conseguia distinguir os dentes perfeitamente brancos e alinhados do outro.

— Tenho que ir — Disse próximo do ouvido do outro — Vejo você por aí — Deixou um singelo beijo na bochecha do outro antes de sumir na multidão também.

Mew pensou em segui-lo, assim poderia completar seu objetivo, mas se fosse flagrado, seria exposto e estaria em desvantagem por estar no território inimigo... Não queria admitir que somente queria uma desculpa para voltar naquele lugar novamente e encontrar Gulf. Com esse pensamento, ele foi embora, com a promessa silenciosa de que voltaria.

Gulf, atravessava a multidão, sua expressão era sorridente, sendo cumprimentado pelas pessoas que nem imaginavam quem ele era. Quando passou pelo bar, entrando em uma porta na lateral, seu sorriso mudou tão rápido quanto suas atitudes. Lá fora, ele sorria e andava despreocupadamente, nada intimidante. Mas, quando a porta fechou atrás de si, ele fez jus ao nome do "dono" das ruas do Sul de Bangkok. 

O corredor era iluminado apenas por lamparinas vermelhas que refletiam em seus olhos frios. Parou na em frente a uma porta de madeira reforçada. Atrás dela tinha uma sala com uma única cadeira no centro e uma porta que dava para o beco atrás do pub. Haviam sete homens na sala, seis deles usavam jaquetas vermelhas com um símbolo de girassol amarelo bordado no ombro direito, indicando para quem trabalhavam. O sétimo homem estava amarrado à cadeira no centro da sala. 

— O que temos aqui? — Ele tirou a jaqueta vermelha que usava para se fingir de subordinado e logo um de seus homens lhe estendeu sua jaqueta preta com o bordado de girassol no peito.

— Encontramos ele bisbilhotando. Fazia perguntas sobre o senhor a todos que saiam do Pub — Explicou um dos homens de jaqueta.

— Suppasit? 

— Não temos certeza, senhor.

— Então vamos descobrir, tire o capuz dele.

Assim um dos homens fez, tirando o capuz do homem. Ele era branco, seus cabelos escuros continham vários fios brancos. Tinha uma tonalidade forte de roxo debaixo dos olhos castanhos, o rosto com rugas denunciava que estava entre 50 a 60 anos de idade. Gulf se abaixou até estar na altura dos olhos do homem.

— Por que quer tanto saber sobre mim?

— É você — O homem falou, ele parecia louco ao soltar uma risada — Então é verdade — Ele riu novamente. Já não falava em Tailandês, mas filipino.

— Você é das Filipinas — Gulf falou, no mesmo idioma que o homem — O que quer?

— Pensei que era mentira — O homem continuou, não respondendo à pergunta de Kanawut — Falaram sobre um jovem que não envelhecia, quase um monstro, que trabalhava para Elijah Canlas.

Ao longo de eras...Onde histórias criam vida. Descubra agora