No subsolo.

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Perdoem minha má arquitetura, mas vcs só precisam ter isso aí (na capa) em mente. Bligadinha.
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Capítulo 15.

As portas se abriram para um enorme e vazio salão. Não havia máquinas, apenas vigas, janelas e portas. Os grupos se espalharam, se dividindo entre os andares; a fábrica era grande, foram necessários todos para vasculhá-la. Mas ela estava vazia.

- Não tem nada aqui - Sammy falou ao revistar a última sala do último andar.

Mew caminhava em círculos no térreo, olhava para cima, os andares superiores e o teto, em busca de respostas que não vinham. Eu SEI que você está aqui, pensava com frustração.

- Nada aí fora, Boat? - Perguntou ao rádio.

Havia mandado o homem e sua equipe para revistar o lado de fora quando não encontraram nada na construção. O máximo foi uma entrada de porta tampada com tijolos.

- Nada - A resposta veio das portas abertas, ele voltava com sua equipe.

Suppasit passou as mãos nos cabelos, se ajoelhando no chão. Não se importava mais se o veriam daquela forma, tão miserável e desesperado. Só queria seu Gulf de volta para que pudesse protegê-lo.

- Mew, temos que ir embora - Jom se abaixou perto dele, colocando a mão em seu ombro - Não há nada aqui.

Todos encaravam a cena confusos. Já tinham quase certeza que Suppasit e Kanawut tinham uma história juntos, talvez essa fosse até a razão pela qual se odiavam. Mew abriu os olhos, encarando a madeira desgastada e antiga da fábrica, tendo uma ideia. Ele estava de botas, então colocou a mão no chão, sentindo uma leve vibração.

- Eles... - Então levantou a cabeça, olhando ao redor - Procurem uma porta - Ordenou ficando de pé - Espera - Parou, impedindo seus homens de começar a busca - Eles não arriscariam ficar embaixo da fábrica com esta tendo o risco de desabar.

- O porão - Saint deu um passo a frente, seguindo o raciocínio do mais velho - Eu era um operário na revolução industrial. Fazíamos os porões com dos acessos - Explicou - Um era interno, por onde íamos para deixar a mercadoria pronta e outro externo para que não fôssemos soterrados em caso de bombardeio.

- Você é um gênio! - Zee comemorou, beijando o marido.

- A porta daqui de dentro está bloqueada - Grace lembrou, apontando para a passagem bloqueada com tijolos

- Boat, você viu alguma porta lá fora? - Mew perguntou, mais animado com as informações.

- Sim, uma de aço, mas estava trancada - Respondeu.

- Podemos lidar com isso - Zee sorriu.

- O que estamos esperando? - Grace falou, virando-se para a saída.

De repente, todo o piso da fábrica começou a tremer sob seus pés e uma sirene muito distante soou abafada.

- Já sabem que descobrimos - Mew assumiu a frente - Vamos rápido!

Eles correram para fora da fábrica e se reuniram em frente à porta indicada por Boat. O aço era brilhante e novo, totalmente diferente do resto daquela área, mas o escuro da noite o disfarçava.

- E você ainda disse que não tinha nada - Pavel bateu no braço de Boat, enquanto os homens de Suppasit instalavam bombas na porta para explodi-la.

- Desculpe por não entender a arquitetura de fábricas com mais de 200 anos - Revirou os olhos - Pensei que fosse apenas um depósito, sei lá.

- Afastem-se - Mew ordenou, quando as bombas foram devidamente plantadas e armadas.

A explosão destruiu a porta e alguns pontos da parede. Suppasit foi na frente, acompanhado dos outros vampiros, seus homens por último; eram os que mais corriam perigo por serem mortais. A porta dava para um escadaria escura que sumia na escuridão. Quando se aproximaram do final, os vampiros já podiam ouvir inúmeros batimentos cardíacos, mas a sirene impedia com soubessem quantos eram ao todo.

Ao longo de eras...Onde histórias criam vida. Descubra agora