07. Criança estranha

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Oi, meus buscapés!! Como vocês estão? Eu estava mortinha de saudades, ainda bem que deu dia 13!!

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Oi, meus buscapés!! Como vocês estão? Eu estava mortinha de saudades, ainda bem que deu dia 13!!

Muito obrigada como sempre por acompanharem e por todos os comentários incríveis, eu fico toda tchubirudaumdaumdaum lendo, sério!!! Me derreto todinha

Boa leitura! #OCúmpliceDeAldebaran

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Gostava de estar com o povo. De estar com o povo, de treinar sua técnica na espada com o general de seu exército apenas pelo corpo, não pelo sangue. De ler poemas nas varandas altas do palácio. O jovem príncipe apreciava todas aquelas coisas que agora eram resquícios fracos de lembrança dos tempos de paz. Era arrebatadora a forma como a Guerra fazia tamanho palco em sua vida. Parecia não só ofuscar, mas também dissolver todos os acontecimentos bons até então como se eles mal tivessem existido. Como uma realidade paralela.

Garantia a ele mesmo e àqueles ao seu redor que um dia seria um rei justo, com aquela inocência, empolgação e certeza que só a juventude inexperiente poderia prover. Mas no momento que descobriu o fio que poderia desfazer aquela trama de sangue, notou o quanto era impotente, o quanto a realidade era distorcida e não dava as possibilidades que achava que teria. A realidade não era feita de certo e errado.

Geraria mais sangue. Porque o fio que achou era tão cruel quanto o resto da trama. Encontrou-se medindo pesos diferentes, comparando números de morte, calculando um sofrimento que não era ele que ia sofrer. A noção de que condenava, sozinho, pessoas que nunca conheceu pessoalmente de tão alheio que era à realidade delas o desestabilizou. Nunca achou que seria tão frio.

Gelou, como se agora fosse uma severa estátua monárquica.


Jimin aproximou-se de Jungkook instintivamente, sentindo-se um pouco intimidado com os olhares que recebia. Normalmente não ligaria para aquilo, já tinha aceitado que sua aparência era exótica demais no mundo exterior, mas talvez tivesse nutrido a esperança de que com outros elfos seriam diferentes.

Porém o jeito que os habitantes da cidade élfica Dietii paravam seus afazeres para observar os dois viajantes, especialmente o elfo de cabelos prateados, deixava claro que existia, sim, uma diferença muito grande. Eram todos elfos, mas ser um elfo eremita ainda destacava Jimin, que esperava que ao menos fosse de uma forma positiva.

Caminharam até uma taverna, desejando comer algo e, talvez, conseguir algumas informações. Algo sobre um sequestro, se tivesse sorte. Ou azar. No meio do caminho, Jimin achou um comerciante e, achando aquilo um ritual muito estranho, vendeu a pele dos animais que havia caçado para alimentar-se nas últimas semanas.

Até procurou oportunidades para dar a pele para alguém, mas não era tão fácil quanto pensou que seria. Não tinha a mesma familiaridade natural do povo de Radnaii com os viajantes que cruzavam seu caminho, portanto também não sabia se alguém necessitava ou não de peles. Todos pareciam muito bem agasalhados. Ficou com medo de soar como uma ofensa presenteá-las e, no final, receber aquelas continhas em troca das peles pareceu a alternativa mais certeira. Talvez devesse se adaptar à cultura local.

O Cúmplice de Aldebaran • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora