Capítulo 34

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Assim que viu Anahi e Léo abraçados ele parou de andar.

Poncho: Qual foi ali, meu? - disse pra si mesmo.

Léo e Anahi separaram do abraço, ele segurou o rosto dela com a duas mãos, depositando um beijo na testa da loira.

Poncho arregalou os olhos, surpreso.

Poncho: Será que voltaram? - se perguntou incrédulo.

Tomado pela curiosidade, Poncho andou discretamente para perto deles, sem ser notado, e parou atrás de uma árvore, onde era possível ouvir a conversa.

Léo: Anahi, me fala por que não pode voltar pra mim, por favor. Me diz a verdade. - pediu acariciando a bochecha dela.

Anahi fechou os olhos e respirou fundo. Contar toda a verdade para Leonardo seria a melhor opção? Ela abriu os olhos azuis, e sorriu fraco.

Anahi: Léo, você não pode ficar comigo porque eu tô grávida. - disse sem rodeios.

Ele arregalou os olhos, perplexo.

Léo: Mas, mas, como? Anahi? Como você... - ele disse nervoso e ela o interrompeu.

Anahi: Eu sei que é difícil de acreditar, mas é isso, eu tô grávida. - suspirou.

Léo: Mas, quando a gente namorava, você sempre teve problema com sexo, eu sei que você não tem lembranças boas da sua primeira vez, mas... - ele colocou o dedo indicador nos lábios dele, calando-o.

Anahi: Aconteceu, Léo. Foi um erro. Que causou sérias consequências. - sentindo as lágrimas inundarem seus olhos.

Léo: Any, quem é o pai? Porque eu não sou, já que nunca fizemos nada. - ele disse, pegando a mão dela.

Poncho, que ouvia tudo, arregalou os olhos, incrédulo. Então Anahi nunca tinha feito sexo com Leonardo? E ela só tinha feito sexo duas vezes na vida, por isso ela era tão apertada. Ele concluiu.

Anahi: O pai é o Poncho... - ela disse quase inaudível, envergonhada.

Léo: O Poncho? Mas, vocês dois vivem brigando, que eu saiba vocês se odeiam. - ele disse fechando a cara, morrendo de ciumes. O idiota do Alfonso tinha conseguido comer Anahi e ele não, o que esse cara tinha? P*ica de mel?

Anahi: Odeio mesmo. Ele não faz ideia do quanto. - disse cheia de mágoa. - Mas aconteceu, e ele é o pai do bebê que eu tô esperando. - limpou as lágrimas do rosto.

Léo: Ele sabe? - ela confirmou.

Anahi: Mas ele não entra em nada, pra mim, meu filho não tem pai, ele é meu, só meu.

Alfonso estava começando a se sentir mal, não sabia o porque daquele sentimento.

Léo: Porque isso, Any? O que esse filho da pu*ta te fez? - ele disse com raiva, não suportava Alfonso, sempre achou que ele se achava demais.

Anahi: Deixa isso pra lá, eu quero que o Alfonso vá pro inferno só com passagem de ida.

Léo: Se ele te fez alguma coisa, eu mato aquele desgraçado. - cerrou os punhos.

Poncho estava fervendo de raiva daquele veadinho encubado, estava prestes a acertar um soco naquela carra pálida.

Léo: Mas, deixa esse gay pra lá. - sorriu pra Any. - Você está com quantos meses?

Anahi: Faltam dois dias pra eu completar três. - sorriu ao lembrar do seu bebê.

Léo: Já tem barriga? - ela confirmou, sorrindo. - Posso tocar. - ela hesitou, mas deixou.

Ele levou a mão a barriga dela que só era possível ser notada com o toque. Ele acariciava o ventre dela com delicadeza, Anahi sorria com o carinho.

Poncho olhava a cena com muita raiva. A vontade dele era de tirar a mão daquele filho da put*a da barriga de Anahi. O porque ele não sabia. Ele não queria sentir aquilo, mas era inevitável.

Léo: Any. - ele a encarou, sem tirar as mãos do ventre dela. - Se você quiser eu posso assumir seu filho, eu quero ser pai dele. - ele disse, sorrindo.

Anahi ficou sem palavras com aquela atitude, jamais esperava isso dele.

Anahi: Eu, eu... - chocada.

Léo: Eu te amo, Any. - ele disse, tirando a mão da barriga dela e levando ao rosto da mesma. - Eu faço qualquer coisa por você. - se aproximando. Anahi já sentia a respiração dele se mesclar com a sua. - Deixa eu assumir seu filho, eu prometo nunca te fazer chorar, nós três vamos ser muito felizes. - dito isso, ele a beijou. Anahi correspondeu, enlaçando os braços no pescoço dele.

Poncho estava sem expressão. Ele não sabia o que sentia. Anahi ria mesmo deixar aquele merda do Leonardo assumir o filho que era dele? Certo que ele não queria ser pai, mas ver aquilo estava mexendo com ele.

Os dois se separaram do beijo, Anahi estava morrendo de vergonha, sem palavras.

Léo: Any, por favor. - pediu, enchendo a mão dela de beijos.

Anahi: Eu vou pensar Léo. - disse por fim. - Prometo. - eles se abraçaram mais uma vez. - Eu quero ir embora. Vamos? - ele assentiu e os dois se levantaram e saíram.

Poncho observou os dois saindo, e notou também na hora em que um papel caiu da cintura de Anahi. Quando os dois sumiram da vista dele, ele pegou o papel. Assim que viu do que se tratava, ele sentiu uma especie de aperto no peito, coisa nunca sentida antes por ele. Era a foto do bebê, do filho dele...

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora