Capítulo 39

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Poncho: Que foi, Anahi? - sorriu amarelo.

Anahi: Que palhaçada é essa, Alfonso? - batendo o pé.

Poncho: Não tem nenhum palhaço aqui. - olhou pros lados. - Ah não. Tô vendo você aqui. - disse rindo tentando fazer graça. O que não adiantou, pois Anahi ficou com mais raiva ainda.

Anahi: Palhaça é a puta que pariu. - ela pegou um vaso de plantas em cima da mesa de centro e tacou nele. O moreno desviou rindo, fazendo o vaso se quebrar na parede. - CADÊ A GRAÇA? ME DIZ PRA EU ACHAR ELA QUE EU QUERO RIR TAMBÉM. - ela berrou histérica.

Poncho levantou.

Poncho: Falar com seus pais que vou assumir meu filho é errado?

Anahi: Seu filho? - ela riu debochada. - Seu filho o caralh/o! Eu deveria rodar a mão na sua cara, pra você largar de ser cínico.

Poncho: É meu filho sim, você não fez com o dedo, e eu tenho direitos. - pôs a mão no bolso.

Anahi: Você. Pediu. Pra. Eu. Abortar. - ela silibou controlando a raiva.

Poncho: Po, Any. Eu to arrependido, sério. Eu fiquei maluco na hora, não tinha cabeça pra nada, agir sem pensar.

Anahi: E você acha que eu vou acreditar que você ta arrependido? - ela massageou as têmporas. - Me poupe desse teatro ridículo. Você não tá nem ai pro meu filho e muito menos pra mim.

Poncho: Ei, eu sei que eu errei, Anahi. Mas todo mundo erra, e eu não sou perfeito.

Anahi: Você erra sempre, Alfonso. E eu não quero um pai igual a você pro meu filho. - ela disse com rancor.

Poncho: Você quer um pai como o Leonardo? - ele disse irônico. - Ótimo exemplo.

Anahi: Melhor do que você. - ela rolou os olhos. - Porque não me deixa em paz, Alfonso? Some da nossa vida, eu vou criar meu filho com o Léo, e pode ter certeza que vamos ser muito felizes.

Poncho: Você acha que eu vou deixar aquele vi/ado ser pai do meu filho? - ele apontou pra si mesmo, já estava começando a ficar irritado. - Pois acho melhor você se acostumar, porque vai ter que me engolir de qualquer jeito.

Anahi respirou fundo e ficou em silêncio.

Poncho: Olha, Anahi, eu quero dizer que eu tô muito arrependido de tudo que eu fiz, sério. Eu não queria falar assim do meu filho e... - ela o interrompeu.

Anahi: Eu já falei que não acredito em você, não adianta, Alfonso, você não vai mudar.

Poncho: Pessoas mudam, Anahi, e você não pode me julgar. - ele se aproximou dela. - Eu só quero que você me perdoe por tudo...

Anahi: Quer saber? - ela o encarou. - Eu não vou te perdoar, e assim que meu filho nascer eu vou fugir pra bem longe de você. - ela cuspiu as palavras e saiu da sala correndo.

Poncho foi atrás dela.

Poncho: Anahi! - ele disse correndo atrás dela pelo corredor. - Espera. - ele a puxou pelo braço, fazendo-a ficar de frente pra ele, com os corpos quase colados.

Anahi: O que você quer, Alfonso? Me esquece. - suspirou. - Me larga. - ela pediu vendo que ele segurava seu braço.

Poncho: Não vou te soltar. - ele disse baixo, pela proximidade que os dois estavam. - Por favor, me desculpa. - ela negou. Não iria perdoá-lo, estava muito magoada com tudo que passou por causa dele. - Por favor, Anahi. Eu não consigo dormir em paz faz tempo.

Anahi: Probelma seu. - murmurou. - Você me deixou na chuva, sozinha, num lugar totalmente desconhecido, você não tem ideia do medo que senti, eu corrir risco de vida Alfonso. Você não pensou nisso, não pensou no seu filho que eu carrego, esquecer isso não é fácil... Fora tudo que me disse quando te contei da gravidez. - ela sentiu os olhos arderem e uma lágrima solitária escorreu.

Poncho: Eu sei que fui um filho da puta com você, eu sei que fui um infeliz, não posso mudar, mas eu tô muito arrependido. - ele limpou as lágrimas dela. Desceu o olhar pra barriga dela, vendo que os botões estavam abertos. Ele suspirou e levantou a blusa podendo ver pela primeira vez a barriguinha pouco saliente, ele sorriu, mas antes que pudesse tocar, ouviram uma voz irritante.

Xx: O que tá acontecendo aqui?

Os dois se separaram rapidamente, Anahi limpava os olhos.

Poncho: Que desgraça você tá fazendo aqui, Fuzz? - ele disse com raiva, aquela filha da puta tinha conseguido estragar tudo.

Fuzz: Tava te procurando bebezinho. - ela disse se aproximando dele.

Anahi suspirou e saiu correndo dali.

Poncho: Quantas vezes eu vou precisar mandar você ir pro inferno. Atrapalhou minha conversa com a Anahi... - olhou pros lados procurando a loira, mas não achou. - Cadê a Anahi? Porra! Ela foi embora, a culpa é sua, sua vadia.

Fuzz: Minha? - batendo o pé. - O que você tem com essa puta oxigenada, Poncho? Que eu saiba você não gosta dela.

Poncho: Fuzz, vá dar essa bucet/a podre e me esqueça de uma vez. - ele disse e saiu dali pisando duro antes que batesse naquela loira nojenta.

Fuzz: O que deu nele? - ela disse sem entender nada. - Será que ele tá pegando a vagabunda da Anahi? Acho que não. - pensativa. - Mas alguma coisa tem e eu vou descobrir.

Liana chega com cara de paisagem.

Liana: Ai, Fuzz! Porque cê tá com essa cara amiga?

Fuzz: Preciso saber o que tá rolando entre a oxigenada e o meu Ponchito. - ela encarou a amiga. - Eu vou descobrir e você vai me ajudar. - ela pegou a mão de Liana e saiu arrastando a morena.

Liana: Fuzz, me diz o que é que tá pegando. - ela disse assim que chegaram na área da piscina.

Fuzz contou tudo que viu pra amiga que ficou boquiaberta.

Liana: É Fuzz, dessa vez você tem razão. - com a mão no queixo. - Eles estão escondendo algo.

Fuzz: Pois é... E eu vou descobrir.

Liana: O que você vai fazer?

Fuzz: Não sei... Eu sou muito suspeita pra ficar vigiando a Anahi, e você também. Eu preciso de uma aliada pouco suspeita.

Liana: Não consigo pensar em ninguém.

Fuzz rolou os olhos.

Fuzz: Você não serve pra nada mesmo né?

Liana: E nem você, Maria Fernanda. - com um bico.

Fuzz: A Anahi tem que ter algum podre por trás daquela cara de santa do pa/u oco. E assim que eu descobrir, o colégio inteirinho vai ficar sabendo. - ele riu maliciosa.

Liana: Você vai sair contando pra todos?

Fuzz: Claro que não, idiota. - deu uma pedala na morena. - Ainda não pensei no que vou fazer, mas que o colégio inteiro vai saber, isso vai... Mas primeiro eu tenho que descobrir né?

Liana: Você não quer que eu mesma fique na cola da Anahi?

Fuzz: Claro que não, Liana. Como você é burra! - rolou os olhos. - É tão suspeita quanto eu... Eu preciso de algum idiota insignificante desse colégio pra fazer esse serviço e... - seus olhos viram Valentina sentada em uma mesa lendo um livro. Rapidamente sua mente maldosa teve uma ideia. - Liana.

Liana: Oi. - encarou a loira.

Fuzz: Eu já sei quem vai me ajudar. - ela disse com um sorriso mais que malicioso. - A horrorosa da nossa classe.

Liana: Quem? - confusa.

Fuzz: Aquela mostra ali. - apontou.

Liana: A Valentina?

Fuzz: É claro! Quer pessoa mais insignificante do que ela nesse colégio? - riu. - Vou lá dialogar com ela. Olhe e aprenda comigo. - ela disse venenosa e foi até a garota.

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora