Capítulo 11

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Os dias se passaram. Anahi estava estranha, o que deixava Maite e Dulce muito preocupadas. Perguntavam sempre, mas ouviam a mesma resposta: Eu tô bem, gente. Serio.

Poncho, cachoro do jeito que era, já havia se despreocupado e já tinha "esquecido" do que rolou. Anahi não dirigia a palavra a ele, e ele idem. Ninguém desconfiou de nada.


No último dia de viagem, Any acordou cedo e foi caminhar na praia.

Alérgico - Anahi..♫

Ela começou a caminhar pela praia de pés descalços. Os cabelos voavam com vento junto com o leve vestido azul que usava. Sentou em uma das pedras enormes que tinha pra observar o mar. Estava viajando, perdida nos seus pensamentos mais distantes que nem se deu conta quando um jet ski que Poncho guiava parou na beira da praia. Ele desceu e levou um leve susto ao ver que ela estava ali. Sorriu de canto ao perceber que Any estava viajando e não notou sua presença. Se aproximou dela com passos lentos.

Poncho: Oiii. - disse alto e ela se assustou.

Anahi: Ai, infeliz. - deu um tapa nele que se esquivou. - Quer me matar?

Poncho: Seria um desperdício. - sorriu safado secando-a de cima a baixo.

Anahi revirou os olhos. Cachorro!

Anahi: O que tá fazendo aqui? - sentando na pedra novamente. - Eu quero ficar sozinha. Sai!

Poncho: Tava andando de jet ski. - apontou. - E a praia é publica. Vou ficar aqui. - sentou ao lado dela já que a pedra era grande. - Os incomodados que se mudem.

Anahi: Porra! - levantou exasperada. - Me erra infeliz. - se virou pra ir embora, mas Poncho a segurou pelo braço.

Poncho: Espera ai, Barbie.

Anahi: O que você quer? - se soltou com um bico.

Poncho: Falar com você.

Anahi: Não tenho ... - ele a interrompeu.

Poncho: Você vive me chamando de moleque, de playboy, de irresponsável... Sou tudo isso mesmo, mas... precisamos conversar sobre o que rolou né?

Anahi: Já falei que não precisamos porque aquilo não significou nada. Apaga da sua mente, porque eu já apaguei da minha.

Poncho: Você não entende que não é qualquer uma? Quer dizer... A gente não se fala. - coçou a nuca. - E você ... - ele parou de falar ao encontrar os olhos dela. Por um segundo se sentiu ipnotizado, perdido naqueles misteriosos olhos azuis.

Anahi: Então quer dizer que não sou qualquer uma? - perguntou o despertando.

Poncho: Não ... Não foi isso isso que eu falei. - encarou o mar. - Quer andar de jet ski comigo?

Anahi arqueou a sobrancelha.

Anahi: Não somos amigos, Alfonso. Eu não quero ser sua amiga. Eu não gosto de você.

Poncho: Precisa ser amigo pra chamar pra andar de jet ski? E eu também não gosto de você, muito metida. Mas tô afim te chamar, iai, vai ou não?

Anahi: Claro que não. - ela disse como se fosse óbvio. - Não confio em você pra andar nessa coisa... Meu pai sempre me chama pra ir quando estamos na casa de praia e eu nunca vou.

Poncho: Você acha que vou te jogar na água?

Anahi: Não duvido nada de você.

Poncho: Anahi, vem. - pegou a mão dela e correram até o jet ski parado na beira da praia. - Toma. - pegou o colete salva vidas e entregou pra ela.

Anahi: E você? - disse se referindo ao colete.

Poncho: Não preciso. Eu sei nadar. - se achou. - Veste logo.

Ela fez o que ele mandou. Não sabia o porque de estar aceitando andar de jet ski com um cara que odiava. Poncho montou no jet ski e o arrastou um pouco para água.

Poncho: Vem. - chamou Any que estava parada o olhando.

Ela respirou fundo e fez o sinal da cruz. Poncho riu com a cara de medo dela. Assim que Any subiu no jet ski ele o ligou.

Poncho: Segura. - sussurou e pegou as delicadas mãos delas envolvendo sua cintura.

Anahi: Vai devagar, Alfonso. Pelo amor de Deus.

Ele não respondeu. Deu a partida no jet ski começando a fazer manobras loucas. Any fechou os olhos e apertou a cintura dele com toda força.

Anahi: Eu quero descer, idiota. - sussurou baixo com a voz falha, mas ele ouviu.

Sentiu o medo na voz dela e parou o jet ski no meio do mar. Os dois já estavam molhados pela água do mar.

Poncho: Você tá bem? - a olhou por cima do ombro. Estava pálida.

Anahi: Eu disse pra você ir devagar, inútil. - respirou fundo. Estava tonta.

Ele rapidamente agarrou as mãos dela com medo que desmaiasse.

Poncho: Foi mal. - culpado.

Anahi: Eu disse pra ir devagar. Isso que dá confiar em você. - deitou a cabeça no ombro dele.

Poncho se sentiu um pouco mal. Nao sabia que la iria ficar assim. Não disse nada, só esperou uns minutinhos.

Poncho: Já da pra segurar sozinha? - ela assentiu ainda deitada no ombro dele.

Ele então deu a partida no jet ski, dessa vez bem devagar. Quando chegaram na beira da praia, ela rapidamente saiu da moto aquática com um bico enorme.

Anahi: Eu poderia ter desmaiado e morrido, Alfonso. - chorosa. - Não fala mais comigo.

Poncho: Ei, eu não sabia.

Anahi: EU TE AVISEI, FILHO DA PUTA!! - berrou com raiva.

Poncho: Você tava de colete, nem ia morrer. - sem graça.

Ela tirou o colete e jogou nele.

Anahi: Va.Se.Foder. - silibou e saiu voada dali antes que voasse no pescoço dele.

Poncho: Fresca. - gritou e ela se virou dando o dedo do meio pra ele.

Poncho deu de ombros e subiu novamente no jet ski. Aquele era o último dia em Cancún e ele iria apoveitar.

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora