Capítulo 35

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Poncho saiu dali de cabeça baixa, ainda com as fotos nas mãos. Ele precisava desabafar com alguém tudo que estava sentindo. Foi pro quarto, assim que entrou os amigos estranharam sua expressão.

Christian: Que cara de enterro é essa Poncho? - disse enquanto jogava X-Box. - Cara feia pra mim é falta de sexo. - riu zombeteiro e Poncho lhe deu uma pedala.

Poncho: Acabei de comer sua mãe ali. - disse dando pouco caso. - Vou me sair, tô indo pra casa.

Ucker: Que foto é essa ai, Herrera? - tentou oegar e Poncho rapidamente a colocou no bolso.

Poncho: Não interessa! - disse pegando as chaves do carro no criado mudo. Certo que Ucker sabia de toda a história, mas ele não tava afim de falar sobre isso. - Já fui.

Ucker: A Fuzz chegou aqui dizendo que era pra te lembrar doo encontro... Você não vai?

Poncho: Eu não, ela que se foda.. tô afim de comer aquilo hoje não. - disse e saiu batendo a porta.

Pegou seu carro no estacionamento e não demorou pra que ele chegasse na mansão Herrera.

Entrou em casa e foi até a sala de jantar onde estava sua mãe, seu irmão e a babá do pequeno que o dava de comer.

Poncho: Oi, mãe.

Ruth: Oi, filho. - disse surpresa ao vê-lo ali. - Porque veio hoje? E porque está com essa carinha, bebê? - ela falou notando a expessão triste do filho.

Poncho: Nada mãe. - sorriu fraco. - Eu só queria conversar com a senhora. - se aproximou da cadeira do irmão. - Oi pirralho. - bagunçou os cabelinhos dele, depois deu um beijinho. - Oi Joana. - cumprimentou a babá do garotinho.

Ruth estranhou a atitude do filho, ele quase nunca se dirigia ao irmão mais novo.

Ruth: Poncho, senta ai. Vamos comer, vou pedir pra Luane por mais um prato na mesa. - Poncho negou prontamente.

Poncho: Não, mãe, eu não quero comer. - olhou em volta. - Onde está o papai?

Ruth: Seu pai foi a Guadalajara resolver uns problemas com a filial de lá. Volta amanhã, porque?

Poncho: Nada não. Vou pro meu quarto, quando terminar a senhora vai lá, preciso conversar. - a mãe assentiu e ele subiu pro quarto.

Ele tirou os sapatos e deitou em sua enorme cama de casal, pegou a foto do bebê em seu bolso e voltou a olhar. Se ele asumisse aquela criança, com certeza sua vida de curtição estaria acabada, mas também iria ser difícil ver Anahi com o bebê nos braços e ele nem sequer poder tocá-lo, e o pior, o vi*ado do Leonardo bancando o pai do filho dele. Claro que ele ia sentir, ele não era tão cruel, ou melhor, já estava sentindo.

Ruth bateu na porta, Poncho rapidamente escondeu a foto.

Poncho: Entra, mãe.

Ruth: O que houve meu filho, tô notando que você tá tão abatido. - fechou a porta. - Conta pra mamãe o que foi. - sentou na cama de Poncho, de frente pra ele.

Poncho: Mãe... é que... - sem graça. - Se eu te contar uma coisa a senhora promete me entender?

Ruth: Claro filho, mamãe sempre te entende. - sorriu. - Conta porque você tá tão tristinho assim.

Poncho: Eu vou ser direto, não gosto de rodeios. - respirou fundo, tomando coragem pra falar aquilo. - Eu engravidei uma garota.

Ruth levou um susto.

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora