Capítulo 38

234 17 0
                                    


Com Anahi...

A loira estava sentada no sofá e seus pais em duas cadeiras à sua frente.

Tisha: Sim, filha, eu e seu pai estamos esperando. - observando ela de cabeça baixa, brincando com os dedos.

Henrique: Filha, se acalme. Você quer água?

Anahi: Não, papai. - ela respirou fundo. - Não sei por onde começar.

Tisha: Está me assustando, Any. - preocupada.

Anahi: Me desculpem. - ela murmurou.

Henrique: Desculpa porque, Any?

Anahi: Eu... eu... - suspirou. - Eu tô grávida. - ela disse baixo, quase inaudível.

Silêncio... Henrique encarou Tisha que estava pálida.

Henrique: Como é que é Anahi? - ele levantou. Any se encolheu no sofá.

Anahi: Isso que o senhor ouviu. - sussurou, com os olhos cheios de água.

Henrique: Eu não estou acreditando nisso, Anahi. - ele berrou.

Tisha levantou.

Tisha: Calma, querido. - o segurou pelos ombros.

Henrique: Como assim calma, Tisha? Você não ouviu o que ela disse? - apontou Anahi chorando.

Tisha: Ouvi, querido. Você precisa se acalmar. - ela o fez sentar novamente.

Henrique: A culpa é sua, Tisha. - ela o encarou perplexa.

Tisha: Minha? - apontou pra si mesma.

Henrique: Sua sim. Sempre passou a mão pela cabeça da Anahi. Nunca soube da limites pra ela. - ele disse sem medir as palavras.

Tisha: Ah, só eu né? - irônica. - Que eu me lembre, você sempre encheu Anahi de vontades.

Anahi: Chega! - a loira levantou limpando os olhos. - Não briguem por minha causa.

Henrique: Anahi, sente. - ele apontou o sofá e ela o fez. - Você é uma irresponsável. - ele negou com a cabeça.

Tisha: Você ainda é um bebê, filha. Não tem responsabilidades com você, imagine com uma criança.

Anahi: Mamãe, eu não queria. - começando a chorar de novo. - Foi um erro, eu sei. Mas, o que eu posso fazer?

Henrique: Você não tem idade pra isso, minha filha. - ele disse mais calmo.

Anahi: Eu sei papai, mas foram vocês mesmo que me ensinaram que eu deveria assumir as consequências dos meus erros, e é isso que estou fazendo. - a loira baixou a cabeça.

Do lado de fora, Poncho ouvia a conversa atrás da porta. O pai de Anahi estava uma fera, mas ele tinha que fazer alguma coisa, talvez fosse a chance dela o perdoar pelas burrices que ele fez.

Poncho: Puta que pariu! E agora? Que porra! Tô nervoso. - falou pra si mesmo, vendo suas mãos suadas. Voltou a ouvir a conversa.

Henrique: Você tem razão filha. Mesmo nessas circunstâncias, você sempre me orgulha. - ele deu um meio sorriso. - Mesmo tão menina, sua atitude de decidir ter esse bebê foi de uma mulher responsável.

Tisha: Pois é, meu amor. Você tá de quanto tempo?

Anahi: 3 meses. - ela abriu uns botões do uniforme, deixando a pequena barriguinha a mostra.

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora