Capítulo 47

237 14 0
                                    


Anahi: O que você tá fazendo aqui? - perguntou novamente.

Poncho: Quero conversar com você. - ele disse sério e sentou na cama.

Anahi: Sobre? - se aproximou e colocou as sacolas na cama. - Não estou com paciência pra você hoje. - Sentou ao lado dele e tirou as sapatilhas com certa dificuldade devido ao tamanho da barriga.

Poncho: Mas pra sair com o Leonardo você tem né?

Anahi: Uhum. - recostou na cama. - O Leo é uma ótima companhia. E ele adorou ir a consulta comigo sabia?

Poncho: Então você levou mesmo aquele veado a consulta do meu filho? - ele disse nervoso. Anahi assentiu olhando as unhas. - Você não pode levá-lo as consultas, eu sou o pai, eu que tenho que ir.

Anahi: Você não vai porque não quer. - ela disse massageando a barriga pois a bebê tinha se mexido.

Poncho: Você não me chama, como vou saber. - deu de ombros.

Anahi: Até parece né Alfonso, se você quisesse ir realmente, se você se preocupasse com nossa filha, você seria mais presente, mais informado... Mas você só quer saber de curtir com as vadias que você come... Então, antes de me cobrar algo, procure crescer, ter responsabilade, porque daqui a três meses você será pai, não que eu precise de você, porque eu não preciso, mas já que você escolheu assim, arque com as consequências.

Poncho ficou tão irritado com o que ela disse que nem sequer percebeu quando ela falou "nossa filha".

Poncho: Então você tá dizendo que aquele otário é mais pai do que eu?

Anahi: Eu não disse isso. - enfatizou. - Mas, já que você perguntou... ele é mais pai do que você sim. Mais pai, mais homem, porque quando você rejeitou o bebê, ele não pensou duas vezes em assumir. - acusou.

Poncho: Isso já passou. Que porr*a! Você nunca vai deixar de jogar isso na minha cara? - ele disse nervoso.

Anahi: Quando você mudar, eu paro.

Poncho: Independente do que você vai achar, Anahi, eu não quero o Leonardo em mais nenhuma consulta do meu filho. - ele disse sério e Anahi soltou uma gargalhada irônica o que fez com que ele se irritasse ainda mais. Odiava o sarcasmo dela.

Anahi: Meu querido, o Leo vai comigo quantas vezes eu quiser.

Poncho: Isso é o que veremos, Anahi. - ele ia levantar pra ir embora, mas as sacolas de loja de bebê chamaram a atenção dele. - O que é isso?

Anahi: Presentinhos pra minha filhinha.

Poncho: Ah, deixa eu... - ele parou e a encarou. - Pra quem?

Anahi: Pra minha filha, não tá vendo? Ou você acha que é pra mim?

Poncho: Filha? - respioru fundo, Anahi só podia estar sacaneando com ele. - Ah, para de brincadeira comigo, Anahi. - ele sorriu amarelo.

Anahi: Não tô brincando não, Alfonso. - ela disse segurando o riso.

Poncho: É menina? É menina mesmo? - apontou a barriga de Anahi.

Anahi: É uma menina sim. - ela sorriu e acariciou a barriga. - Que inclusive, está chutando a mamãe. - ela fez voz de bebê.

Poncho: Puta que pari*u!! - ele pôs a mão na cabeça.

Anahi: Algum problema? - franziu a sobrancelha.

Poncho: Todos! Imagina quando ela crescer, se ficar gostosa igual a mãe, eu vou ter problemas com os moleques. - coçou a cabeça nervoso.

Anahi ficou meio sem graça, mas riu.

Anahi: Vai demorar muito ainda, ela nem nasceu.

Poncho: Mas falta pouco. - acariciou as têmporas. - E eu vou começar a procurar um convento, minha filha vai ser freira.

Anahi: Ah, mais não vai mesmo! Só se ela quiser. Para de babaquice, Alfonso. Olha, eu preciso dormir, tô cansada, tchau. - apontou a saída.

Poncho: Eu vou. - ele levantou, mas lembrou de algo. - Ei, você não tá esquecendo de nada? - Anahi negou. - Amanhã é que dia?

Anahi: Sábado?

Poncho: É sábado. - ele deu uma piscadinha pra ela e saiu do quarto

Anahi tomou banho, vestiu seu pijama e foi dormir, nem esperou as meninas chegarem no quarto, estava muito cansada.

No outro dia...

Já passava das seis da manhã quando Mari, Dulce e Maite entraram no quarto delas, onde Anahi dormia tranquilamente.

M&D&M: Parabéns pra você, nessa data querida, muitas felicidades, muitos homens em sua vida!! - elas pularam na cama de Anahi, que acordou azuada com a bagunça.

Ela sentou na cama, coçando os olhos e viu Maite segurando um bolo de brigadeiro com 18 velinhas, Dulce segurava vários balões coloridos e Mari jogava confete no ar. Todas usavam chapeuzinho de festa.

Maite: Feliz aniversário, Anyzinha. - ela disse colocando o bolo em cima da cama e abraçando Anahi em seguida.

Dulce: É Barbie, planejamos uma festinha com muita bebida, homem gostoso, mas a agora você não pode. - disse colocando um chapeuzinho cor de rosa em Anahi.

Anahi: Vocês acreditam que eu esqueci? - ela disse abraçando Mari.

Mari: Minha sobrinha nem nasceu e já ta ocupando tanto sua mente?

Anahi: Não é só sua sobrinha que tá ocupando minha mente, é o pai dela também. - parou um pouco e encarou a irmã. - Ei, como você sabe que é menina?

Dulce: A gente encontrou o Poncho ontem que nem uma barata tonta, dai ele contou a história pra gente.

Anahi: Que presepada desse garoto, meu Deus! - riu.

Dulce: Chega de papo, tô com fome vadias. - pegou o bolo e pôs na frente de Anahi. - Assopra tudo e não esquece do pedido, Barbie.

Anahi fechou os olhos e fez eu pedido mentalmente com toda fé. Logo em seguida assoprou as 18 velinhas. As meninas bateram palminhas e Mari jogou mais confete colorido nela.

Anahi: Como eu estou comendo por duas, o primeiro pedaço fica comigo. - piscou e cortou o primeiro pedaço do bolo.

Dulce: Ah, cachorra. - deu uma pedala nela. - Depois que você botar essa pirralha pra fora você me paga.

As meninas continuaram ali comendo e falando besteiras até que alguém bateu na porta.

Maite: Vai você, Any. Deve ser pra você mesmo. - due de ombros lambendo o chocolate do dedo.

Anahi pulou da cama e foi abrir a porta, mas, ao abrir, não tinha ninguém.

Anahi: Ué, quem foi o idiota? - reclamou. Já ia fechar a porta quando olhou pra baixo e levou um susto ao ver uma cesta enorme cheia de rosas vermelhas, caixas de bombons de chocolate e várias outras coisinhas. Ela se agachou com dificuldade por conta da barriga e pegou a cesta. Entrou no quarto e fechou a porta com os pés atrás de si.

Mari: Que é isso?

Dulce: Uma cesta, tapada! - deu uma pedala nela. - Só podia ser irmã da loira mesmo.

Maite: Quem deu? - curiosa.

Anahi: Não sei. - sentou na cama com a cesta no colo. - Não tinha niguém na porta, mas deve ter um cartão, alguma coisa assim.

Dulce: Abre, quero ver tudo.

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora