Anahi: Eu.. eu.. - olhou pra baixo, brincando com os dedos, estava muito nervosa.
Poncho: Qual é, Anahi? Por que você tá assim hein?
Anahi: É porque eu quero falar sobre um assunto muito importante. - suspirou. - Sobre aquela noite da festa que... - ele a interrompeu.
Poncho: Ah, então você quer de novo né? - ele disse safado.
Anahi: Não Poncho. - fechou os olhos. - Eu tô grávida. - disse baixo, quase inaudível, mas ele ouviu.
Poncho: O QUE? - gritou fazendo ela se assustar. - Anahi você tá brincando né? - pegou os dois braços dela, fazendo-a encara-lo. - Diz que é brincadeira isso, Anahi. - apertou mais ainda os braços dela.
Anahi: Me solta, Alfonso. Tá me machucando. - ela murmurou, sentindo as lágrimas nos olhos.
Ele a soltou com brutalidade, adentrando os cabelos com os dedos, estava nervoso. Anahi começou a chorar, abraçando o próprio corpo.
Poncho: Quando descobriu isso? - ele disse se virando pra ela.
Anahi: Ontem. - pegou um papel dobrado escondido na sua cintura. - Olha.
Poncho: É o teste? - perguntou pegando o papel, ela assentiu. Ele abriu e leu. Assim terminou, ele suspirou. - Um mês e uma semana. - ele a encarou. - A culpa é sua. - acusou.
Anahi: Minha? - indgnada. - Faça-me o favor! Você que não usou camisinha.
Poncho: Eu estava bêbado, não lembrei, e também pensei que você tinha se cuidado. Porra, Anahi, eu não quero ser pai não - ele disse vermelho de raiva.
Anahi: Eu não tive culpa. Ou você acha que eu ia querer você como pai do meu filho?
Poncho: Não me importa se você queria ou não, eu não quero esse filho, eu nunca quis ter filhos, e agora me aparece você prenha, dizendo que vou ser pai. - ele disse, cruel. O choro de Anahi aumentou. - PARA DE CHORAR! - gritou sem paciência e a segurou pelos braços, sacodindo-a. - A CULPA É SUA, E QUEM GARANTE QUE ESSE BEBÊ É MEU HEIN?
Anahi o olhou com dor. Ele não tinha noção de como aquelas palavras a machucavam.
Anahi: É claro que é seu. - ela murmurou em meio aos gritos dele. - Eu não tinha porque mentir sobre isso, eu não te suporto, você sabe... se o bebê que eu carrego não fosse seu, eu não iria te procurar. - ele a soltou, com força.
Poncho: Você pode ter dado por ai, e não sabe quem é o pai, e veio pra cima de mim, já que eu comi você bem fácil também. - cuspiu.
Anahi sentiu um ódio tomando conta do seu ser, sem pensar duas vezes, desceu a mão na cara dele.
Anahi: OLHA, VOCÊ ME RESPEITA, EU NÃO SOU AS PUTAS QUE VOCÊ COME POR AI. - gritou com o rosto vermelho e banhado em lágrimas.
Poncho estava com a mão no rosto que queimava pelo tapa.
Poncho: Mulher nenhuma me bate. - ele se aproximou dela, com raiva.
Anahi ficou com medo, mas não baixou a guarda.
Anahi: Vai me bater? - cruzou os braços. - Bate seu covarde filho da pu*ta. Bate. - enfrentou.
Poncho fechou os olhos se controlando.
Poncho: Desgraça. - xingou e sentou na grama do jardim. Anahi sentou ao lado dele sem saber o que fazer.
Longos minutos de silêncio... Até que...
Poncho: Anahi, eu já sei o que fazer.
Anahi: O que? - perguntou olhando pro nada.
Poncho: Depois eu te falo. Me encontra as 19h no estacionamento hoje, sem falta. - ela assentiu e ele se lavantou e foi embora, deixando-a sozinha.
Anahi suspirou e decidiu ir pro quarto, não tinha mais cabeça pra assistir aula naquele dia.
~
Poncho também foi pro quarto, estava nervoso, mas no meio daquela confusão, tinha uma única saída. Pegou o celular e discou uns números. Logo atenderam.
Xx: Fala, Herrera!
Poncho: Fernando, eu preciso da sua ajuda parça, urgente. - coçou a nuca.
Fernando: Qual foi, Poncho?
Poncho: Sabe... lembra o que aconteceu com você e com a Tamires há uns tempos atrás? Eu tô na mesma.
Fernando: Porra! Vacilão, Herrera. - deu uma pausa. - Eu já saquei o que você quer.
Poncho: Ainda bem. Mê dê o endereço e o número, eu vou chegar lá hoje.
Fernando passou o tal endereço pra ele que anotou tudo.
Fernando: Mas, Poncho, cuidado, a Tami quase morre depois disso, é muito arriscado.
Poncho: Foda-se. Eu não saber, a culpa foi dela.
Fernando: Falou Herrera! Boa sorte e não esqueça de ligar antes de ir.
Poncho: Valeu. - desligou e ligou pro tal número que Fernando lhe deu, marcando tudo pra mais tarde.
~
Enquanto isso ...
O sinal havia acabado de tocar na sala de aula. Maite e Dulce estavam preocupadas com Anahi que não tinha assistido nenhuma aula sequer.
Maite: Tadinha, ela deve ter falado com ele. E do jeito que o Poncho é, deve ter dito boas coisas pra ela.
Dulce: Ai que raiva desse playboy, tenho vontade de quebrar a cara dele todinha.
Maite: Eu não queria estar na situação da Any. Morro de dó. Tão nova. - suspirou.
Pararam de falar ao ver Léo se aproximando.
Léo: Oi meninas. - sorriu. - Viram a Any? Preciso falar com ela.
Dulce: A Any tá meio doente, acordou com febre hoje, por isso não veio.
Léo: Ela tá no quarto? Vou lá falar com ela. - ameaçou sair, mas Maite o impediu.
Maite: Ela não quer falar com ninguém. Acho melhor você ir depois.
Ele suspirou derrotado e saiu sem falar nada.
Nesse momento, Mari se aproxima delas.
Mari: Oi May, oi Dul... Cadê a minha irmã?
Maite: Ela está indisposta, Mari. Não veio pra aula hoje.
Mari: Nossa! Mas tarde vou falar com ela. - suspirou.
Peter chega, passando os braços pelo ombro de Mariana, ela sobe o olhar pra ver quem é e sorrir quando nota que é ele.
Peter: Oi, meninas... Posso roubar a Mari de vocês rapidinho?
Mari: Claro que pode. - sorrindo toda idiota. Os dois saem abraçados.
Maite e Dulce se entreolharam boquiabertas... Não era possível que Peter tivesse pegando Mariana, ali tinha coisa.
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Alérgicos Anahi - Não autoral
Misterio / SuspensoEu amo essa fic que foi postada no Niah, repostarei aqui, todos os direitos a autora ❤️