Capítulo 27

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Anahi: Eu.. eu.. - olhou pra baixo, brincando com os dedos, estava muito nervosa.

Poncho: Qual é, Anahi? Por que você tá assim hein?

Anahi: É porque eu quero falar sobre um assunto muito importante. - suspirou. - Sobre aquela noite da festa que... - ele a interrompeu.

Poncho: Ah, então você quer de novo né? - ele disse safado.

Anahi: Não Poncho. - fechou os olhos. - Eu tô grávida. - disse baixo, quase inaudível, mas ele ouviu.

Poncho: O QUE? - gritou fazendo ela se assustar. - Anahi você tá brincando né? - pegou os dois braços dela, fazendo-a encara-lo. - Diz que é brincadeira isso, Anahi. - apertou mais ainda os braços dela.

Anahi: Me solta, Alfonso. Tá me machucando. - ela murmurou, sentindo as lágrimas nos olhos.

Ele a soltou com brutalidade, adentrando os cabelos com os dedos, estava nervoso. Anahi começou a chorar, abraçando o próprio corpo.

Poncho: Quando descobriu isso? - ele disse se virando pra ela.

Anahi: Ontem. - pegou um papel dobrado escondido na sua cintura. - Olha.

Poncho: É o teste? - perguntou pegando o papel, ela assentiu. Ele abriu e leu. Assim terminou, ele suspirou. - Um mês e uma semana. - ele a encarou. - A culpa é sua. - acusou.

Anahi: Minha? - indgnada. - Faça-me o favor! Você que não usou camisinha.

Poncho: Eu estava bêbado, não lembrei, e também pensei que você tinha se cuidado. Porra, Anahi, eu não quero ser pai não - ele disse vermelho de raiva.

Anahi: Eu não tive culpa. Ou você acha que eu ia querer você como pai do meu filho?

Poncho: Não me importa se você queria ou não, eu não quero esse filho, eu nunca quis ter filhos, e agora me aparece você prenha, dizendo que vou ser pai. - ele disse, cruel. O choro de Anahi aumentou. - PARA DE CHORAR! - gritou sem paciência e a segurou pelos braços, sacodindo-a. - A CULPA É SUA, E QUEM GARANTE QUE ESSE BEBÊ É MEU HEIN?

Anahi o olhou com dor. Ele não tinha noção de como aquelas palavras a machucavam.

Anahi: É claro que é seu. - ela murmurou em meio aos gritos dele. - Eu não tinha porque mentir sobre isso, eu não te suporto, você sabe... se o bebê que eu carrego não fosse seu, eu não iria te procurar. - ele a soltou, com força.

Poncho: Você pode ter dado por ai, e não sabe quem é o pai, e veio pra cima de mim, já que eu comi você bem fácil também. - cuspiu.

Anahi sentiu um ódio tomando conta do seu ser, sem pensar duas vezes, desceu a mão na cara dele.

Anahi: OLHA, VOCÊ ME RESPEITA, EU NÃO SOU AS PUTAS QUE VOCÊ COME POR AI. - gritou com o rosto vermelho e banhado em lágrimas.

Poncho estava com a mão no rosto que queimava pelo tapa.

Poncho: Mulher nenhuma me bate. - ele se aproximou dela, com raiva.

Anahi ficou com medo, mas não baixou a guarda.

Anahi: Vai me bater? - cruzou os braços. - Bate seu covarde filho da pu*ta. Bate. - enfrentou.

Poncho fechou os olhos se controlando.

Poncho: Desgraça. - xingou e sentou na grama do jardim. Anahi sentou ao lado dele sem saber o que fazer.

Longos minutos de silêncio... Até que...

Poncho: Anahi, eu já sei o que fazer.

Anahi: O que? - perguntou olhando pro nada.

Poncho: Depois eu te falo. Me encontra as 19h no estacionamento hoje, sem falta. - ela assentiu e ele se lavantou e foi embora, deixando-a sozinha.

Anahi suspirou e decidiu ir pro quarto, não tinha mais cabeça pra assistir aula naquele dia.

~

Poncho também foi pro quarto, estava nervoso, mas no meio daquela confusão, tinha uma única saída. Pegou o celular e discou uns números. Logo atenderam.

Xx: Fala, Herrera!

Poncho: Fernando, eu preciso da sua ajuda parça, urgente. - coçou a nuca.

Fernando: Qual foi, Poncho?

Poncho: Sabe... lembra o que aconteceu com você e com a Tamires há uns tempos atrás? Eu tô na mesma.

Fernando: Porra! Vacilão, Herrera. - deu uma pausa. - Eu já saquei o que você quer.

Poncho: Ainda bem. Mê dê o endereço e o número, eu vou chegar lá hoje.

Fernando passou o tal endereço pra ele que anotou tudo.

Fernando: Mas, Poncho, cuidado, a Tami quase morre depois disso, é muito arriscado.

Poncho: Foda-se. Eu não saber, a culpa foi dela.

Fernando: Falou Herrera! Boa sorte e não esqueça de ligar antes de ir.

Poncho: Valeu. - desligou e ligou pro tal número que Fernando lhe deu, marcando tudo pra mais tarde.

~

Enquanto isso ...

O sinal havia acabado de tocar na sala de aula. Maite e Dulce estavam preocupadas com Anahi que não tinha assistido nenhuma aula sequer.

Maite: Tadinha, ela deve ter falado com ele. E do jeito que o Poncho é, deve ter dito boas coisas pra ela.

Dulce: Ai que raiva desse playboy, tenho vontade de quebrar a cara dele todinha.

Maite: Eu não queria estar na situação da Any. Morro de dó. Tão nova. - suspirou.

Pararam de falar ao ver Léo se aproximando.

Léo: Oi meninas. - sorriu. - Viram a Any? Preciso falar com ela.

Dulce: A Any tá meio doente, acordou com febre hoje, por isso não veio.

Léo: Ela tá no quarto? Vou lá falar com ela. - ameaçou sair, mas Maite o impediu.

Maite: Ela não quer falar com ninguém. Acho melhor você ir depois.

Ele suspirou derrotado e saiu sem falar nada.

Nesse momento, Mari se aproxima delas.

Mari: Oi May, oi Dul... Cadê a minha irmã?

Maite: Ela está indisposta, Mari. Não veio pra aula hoje.

Mari: Nossa! Mas tarde vou falar com ela. - suspirou.

Peter chega, passando os braços pelo ombro de Mariana, ela sobe o olhar pra ver quem é e sorrir quando nota que é ele.

Peter: Oi, meninas... Posso roubar a Mari de vocês rapidinho?

Mari: Claro que pode. - sorrindo toda idiota. Os dois saem abraçados.

Maite e Dulce se entreolharam boquiabertas... Não era possível que Peter tivesse pegando Mariana, ali tinha coisa.

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora