Capítulo 41

230 14 0
                                    

Anahi chegou na sala e viu seus pais cumprimentando a família de Alfonso. Ela encarou Mari que sorriu como se a encorajasse. Anahi foi até eles e os cumprimentou, os Herrera foram bem educados, diferente de Alfonso, que por sua vez estava sentado no sofá, mechendo no celular.

Fernando: Alfonso. - ele chamou o filho que o encarou. - Venha aqui. - disse ríspido e Alfonso se levantou.

Poncho: Oi Any. - ele disse.

Anahi: Oi. - fria.

Tisha percebeu o clima e chamou todos pra sla de jantar. Todos sentaram. Ruth obrigou Alfonso a sentar ao lado de Anahi, a loira também não gostou muito da ideia, mas permaneceu sorrindo amarelo. Se não fosse pela falta de Vinícius naquele jantar, a família estaria completa. O loiro tinha viajado pra uma aula de faculdade. O jantar estar estava tranquilo, os pais conversavam de asuntos banais. Felipe e Júlia comiam com a ajuda da babá da garota, Mari mexia no celular escondido e Poncho e Anahi eram só silêncio, até que...

Ruth: Fernando, eles não foram um lindo casal? - disse observando AyA. Poncho se engasgou com o suco que tomava.

Fernando: Eu concordo, querida. - ele disse. Anahi estava semelhante a uma pimenta. - Eu acho que já passou da hora do meu filho ficar com uma menina direita, de família, e Anahi é a garota.

Tisha: Minha filha é um anjo mesmo. - ela disse orgulhosa. - E eu também acho que eles deveriam ficar juntos. - concordou. - Ainda mais agora com esse bebê a caminho.

Anahi já estava a ponto de se enfiar em baixo da mesa e só sair de lá em 2050. Poncho estava com cara de paisagem.

Henrique: E meus parabéns, Alfonso. - Alfonso o encarou como se perguntasse porque. - Foi muito homen da sua parte apoiar a minha filha nesse momento de fragilidade e não pensar no que todo jovem pensa quando passa por essa situação. Aborto é algo abominável. - ele disse limpando a boca com o guardanapo de pano.

Alfonso engoliu o seco e encarou a mãe sem graça. Anahi riu irônica de cabeça baixa. Seus pais não sabiam de nada mesmo, agora como se não bastasse tudo isso, Alfonso ainda pagava de herói

Anahi: Eu acho que essa conversa já deu. - ela encarou os pais. - E a história não foi bem essa.

Poncho engoliu o seco, será que ela ia mesmo contar?

Poncho: Mas é algo que já foi resolvido, né Any? - sorriu amarelo e apertou a mão dela.

Anahi: Uhum, tudo resolvido. - ela respondeu sarcástica e puxou sua mão da dele.

Aquele assunto foi encerrado ali. Os pais continuaram a conversar coisas que só interessavam a eles e Anahi e Alfonso continuaram calados até o fim do jantar. Antes mesmo de terminar, as crianças sairam correndo da mesa pra brincar, crianças se entendem muito rápido, em menos de duas horas de convivência, Júlia e Felipe já eram amigos. Os adultos foram pra sala continuar o papo chato - as mulheres sobre roupas de marca, salão de beleza e colunas sociais. Os homens sobre política -. Anahi estava sentada no sofá, já de saco cheio daquela conversa, resolveu sair de fininho pro quarto já que Mari já tinha feito isso há tempos. Ela já estava quase no meio da escada quando...

Tisha: Anahi.

A loira revirou os olhos e se virou. Como não disse nada, a mãe continuou...

Tisha: Aonde você vai, garota?

Anahi: Ué, pro meu quarto... - ela disse como se fosse óbvio.

Tisha: Mas é claro que não! - ela disse meio brava. - Vai ficar aqui. - apontou o sofá.

Anahi encarou Alfonso que estava rindo, achando graça da bronca que ela havia tomado. Anahi teve vontade de tacar o sapato na cara dele, mas ao invés disso inventou outra desculpa pra sair dali.

Anahi: Eu vou ver se a minha irmã e o Felipe estão bem.

Tisha: Mas Anahi, eles estão com a babá da Júlia. - Anahi nem ligou. Já estava se dirigindo pro jardim da mansão. - Filhos. - resmungou. - Melhor não tê-los. - disse pra Ruth que concordou e voltaram a conversar as futilidades anteriores.

Anahi chegou ao enorme jardim da mansão, onde estava iluminado com umas poucas luzes, mas estava claro. Ouviu as vozes das crianças e constatou que elas deveriam estar brincando perto da piscina. A loira rapidamente foi pro outro lado do jardim onde tinha um parque infantil. Aquele lugar era o sonho de qualquer criança, tinha uma casa na árvore toda amarelinha e branca, tinha escorregador, gangorra, uma piscina infantil em forma esquisita e um tobogã bem grande, além de outros brinquedos. Tinha também um balanço no qual Anahi sentou e começou a balançar pra cima e pra baixo. Ela estava perdida em seus devaneios, imaginando seu bebê, como seria o rostinho dele, o choro, se iria parecer com ela ou com Poncho, se seria menina ou menino e o que mais lhe atormentava era o que a galera do colégio ia pensar. Anahi nunca foi de ligar pra opinião alheia, mas aquilo estava mesmo lhe perturbando. Não que ela tivesse vergonha do filho, muito pelo contrário, ele era seu maior orgulho, mas era inevitável ela não se sentir mal com todos a apontando e falando o que bem quisesse, já que ela e Alfonso viviam brigando. De repente o balanço parou e Any despertou dos seus pensamentos um pouco assustada, olhou pra cima e viu que era Alfonso.

Anahi: Ah, oi. - disse sem dá importância pra ele.

Poncho: Eu estava te procurando. Você se escondeu muito bem aqui.

Anahi: Não me escondi, só quero pensar e você está me atrapalhando.

Poncho: Pois eu vou continuar atrapalhando. - ele sentou em um banco tipo de praça. - E não vou sair enquanto você não conversar comigo.

Anahi: Então pode esperar sentado. - encarou ele e viu que ele já estava. - Ou melhor, deitado, porque eu não tô afim de papo contigo. - voltou a se balançar.

Poncho deitou no banco e foi inevitavél ela não rir.

Poncho: Olha, eu vou esperar mesmo. E se você não falar, eu vou dormir aqui na sua casa. Pelo que eu vejo, deve ter uns mil quartos de hóspedes.

Anahi revirou os olhos.

Poncho: Se você não se importar, posso dormir no seu. - completou com um sorrisinho cafageste.

Anahi teve vontade de dar uma pedrada nele, mas permaneceu calada.

Passaram alguns minutos e Poncho já estava ficando nervoso com aquele silêncio, então resolveu tentar a última vez.

Poncho: Any... - ela não respondeu. - Eu acho que você vai querer falar comigo depois que eu te mostrar isso. - ele tirou do bolso a foto da ultrassom.

Anahi reconheceu e pulou do balanço meio sem jeito pois o mesmo estava no alto, talvez por estar meio desequilabrada devido ao pulo, tropeçou em um dos brinquedos de Júlia que estavam espalhados e acabou caindo de frente, como tudo aconteceu rapido, ela não pode proteger nem evitar que a barriga tomasse aquele tombo.

Alérgicos Anahi - Não autoral Onde histórias criam vida. Descubra agora