9: Canyon of sin

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🍁THÉODORO 🍁

Olho minha cerejinha encolhida e assustada no banco do carro, e meu coração comprime no meu peito, faço uma oração silenciosa e após manda-lá fecha os olhos, acelero pela estrada de terra molhada e íngreme, aumentando a cada segundo mais a velocidade, sendo seguido pelo outro.

— continuie de olhos fechados meu bem, prometo que dará tudo certo. — garanto mais uma vez, sabendo que daria minha vida pelas delas se fosse preciso.

Olho pelo retrovisor e vejo o carro a menos de dois metros da traseira da caminhote, acelerei em direção ao desfiladeiro dando uma curva fechada na borda, deixando a lama fazer seu trabalho em relação ao outro que nos seguia, que por não ter pneus apropriado para o tipo de terreno desliza em direção ao abismo de rochas vermelhas e afiadas.

— meu Deus do céu... — Sabrina sibila assustada, vendo o carro que nos seguia vira na borda do desfiladeiro e o homem que dirigia gritar chigamentos, até o carro finalmente sumir do nosso campo de visão.

Ficamos em silêncio dentro do carro enquanto escutavamos os barulhos do carro se chocando contra as paredes rochosas, e por fim uma explosão seguida de uma camada de fumaça, deu por julgado a vida de quem tanto mal fez a minhas princesas.

— temos que sair. — ligo o carro, tentando ao máximo controlar a adrenalina que corre como fogo em minhas veias.

— ele... — ela balbucia em um sussurro, por não saber o que falar começo a dirigir segurando sua mão, junto à minha.

Seguimos em um silêncio ensurdecedor, enquanto o barulho da intensa chuva embalava nossos pensamentos. Olhei para Agnes que já acordada, brincava despreocupada com as mãozinhas acalmando meu coração.

Elas estão salvas, e apenas isso importa!

— Théo, estou com medo. — Sabrina diz em um murmúrio assustado.

— medo de que meu amor? — pergunto apertando sua mão contra a minha.

— ele morreu, não quero que nada te aconteça. — estaciono o carro em frente a nossa casa, e a encaro.  — se por acaso, a polícia chegar até nós, quero que cuide da nossa bebé. — pede chorosa, tocando meu rosto.

Meu coração apertou com seu pensamento, não deixarei acontecer nada com minha mulher, e sempre vou cuidar da nossa bebé, junto com ela, como uma família deve ser.

— não tenha medo meu amor, a única coisa que ficou no local foi os rastro do nosso carro que a chuva já se encarregou de apagar. — asseguro a olhando nos olhos. — o "Canyon of sin" é muito conhecido por ter acontecido vários suicídios. Você viu meu amor, ele se jogou. — dou de ombros, sinto que vai dar tudo certo.

— você acha? — me olha ainda preocupada.  — você acha, que não vão descobri sobre a gente?

— descobrir o que? — sorri para ela. —  não fizemos nada contra esse homem, ele se jogou do desfiladeiro. Não quero que pense nisso. — toco seu rosto com delicadeza, passando segurança.

— sim, você esta certo. — ela olha para nossa filha aliviada. — foi uma cena horrível de se vê, mas não poderíamos fazer nada.

— por falar em cena horrível, quando eu mandar você fechar os olhos, eu quero que me obedeça Sabrina. — assevero sério. — não queria visse... — toco seu rosto tentando me acalmar.

Não queria que ela visse a manobra arriscada que eu pretendia, qualquer mínimo erro, e poderia ser o fim das nossas vidas. Mas essa foi a única ideia para se livrar de uma vez por todas daquele mostro, não poderia arrisca perde-las, não faço a mínima ideia do que um homem louco como aquele poderia fazer com as duas.

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