30. Mas papai, eu amo ele!

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10 de Novembro de 2018. New York.

Eu acordo com o toque do meu celular, sonolenta, me sento na cama e pego o aparelho que estava em cima da mesa da cabeceira da cama. O nome da minha mãe brilhando na tela.

- Por que você está me ligando tão cedo? - Pergunto sussurrando, Harry dormia ao meu lado ainda.

- Queria confirmar o nosso almoço hoje? Seu pai estava falando que era para ligar novamente.

- Sim mãe, como nós combinamos ontem. Era só ter mandado mensagem.

- Oh, sim. Eu acordei você, não foi? - Eu murmuro em concordância. - Me desculpa filha, pode voltar a dormir. Nós três vamos sair agora para levar Lucas ao museu.

- Tudo bem, bom passeio para vocês.

Minha mãe desliga depois de demorar para se despedir, como ela sempre fazia.

Olho a hora no celular e não passava das 8h da manhã ainda. Levanto da cama sabendo que se eu tentar voltar a dormir eu não iria conseguir. Vejo Harry dormir tão profundamente que me dava pena só de pensar em acordar ele agora.

Eu estava no apartamento de Harry enquanto meus pais ficavam no meu, eles insistiram que iriam para um hotel, mas eu implorei para que eles ficassem em casa, não era um sacrifício passar mais tempo com Harry. Era só mais um lembrete que eu precisava me mudar para um lugar maior. 

Vou até a cozinha e decido fazer café, eu realmente não conseguia começar o dia sem um pouco de café no estômago. 

Tínhamos marcado um almoço para hoje, meus pais, meu pai em específico, queria conhecer Harry, palavras do próprio. Ele não ficou satisfeito do jeito que foram apresentados no dia do show e disse que assim não era jeito de se apresentar para ele. Não sei por que meu pai estava agindo assim, eu havia falado que estava namorando e ele não disse nada sobre, minha mãe diz que ele está se acostumando ainda.

Volto para o quarto de Harry com a esperança de continuar a ler um novo livro que comprei, ainda estava no início pois eu não havia conseguido tempo para prosseguir com a leitura. Esses últimos dias de show da VS são bem corridos e o que me ajudou bastante foi que o show desse ano ocorreu em Nova Iorque, me salvando de ter que viajar para outro país.

Abri uma pequena fresta da grande cortina que impedia o sol entrar no quarto pela janela que ia do teto até o chão. Não iria abrir tudo pois não queria acordar Harry. Deixo a xícara de café esfriando em cima da mesinha enquanto vou procurar o livro que deve estar em algum lugar do quarto. 

Eu acabo encontrando na sala.

Quando volto para o quarto, vejo Harry tomando meu café que eu havia deixado ao lado.

- Eu podia ter feito um para você se você me pedisse. - Alfineto.

- Não era para mim? - Os olhos cor de esmeralda pergunta surpreso, ainda tomando a bebida.

- Agora você pode ficar, né. - Subo em cima da cama e me aconchego no seu lado.

- Eu divido com você. - Harry me oferece a xícara.

- O café que eu preparei. - Pego de sua mão e tomo um pequeno gole.

Harry revira os olhos com um sorriso que ele usa para conquistar. Ele se inclina para frente e para mais perto de mim e junta nossos lábios em um selinho demorado.

- Bom dia, amor. Senti sua falta...

- Sentiu minha falta?

- Eu sei, mas eu senti falta de você nos meus sonhos. - Diz sem me soltar. - Você sempre está neles para eu não me sentir sozinho, mas hoje foi diferente, você não estava lá e eu tentava a todo custo achar você. Acordei com uma sensação horrível e pensei que você tinha ido embora.

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