• three is better than two •

12.7K 745 677
                                    

Autora

— Tá, agora me explica essa história direito. - jogando o celular com a conversa dos dois aberta no colchão perto de você, que tinha acabado de acordar.

— Bom dia pra você também. - se espreguiçando e sentando na cama. — Você chegou mais cedo hoje.

— Tivemos que apressar as coisas. - deu de ombros. — E eu não consegui me concentrar direito depois que olhei essa mensagem. - ríspido e sério, te encarando.

Você suspirou, passando a mão no rosto e bocejando.

— Pelamor Dabi, ainda é meio-dia. - resmungou. — Deixa eu pelo menos tomar meu café. - se levantando e indo em direção ao banheiro.

— Não quero saber. - seguindo você. — Com quem que tu quer fazer isso? - parando no batente do banheiro, não se importando se você estava mijando ou não.

— Ê privacidade hein? Tenho direito mais não? - reclamou, ainda rouca por ter acabado de acordar, se limpando e levantando o shorts do pijama antes de dar a descarga.

— Fala logo S/N. - irredutível, só observando você começar a escovar os dentes.

— Céus. - murmurou, perdendo a paciência. — É uma gostosona. Calisa Voltman o nome. - respondeu, voltando a escovar os dentes.

Ele ficou te encarando pelo espelho, inexpressivo. Mas você não se incomodou, porque sabia que no fundo ele estava pesando os pós e contras daquela loucura.

— Tem foto? - você arqueou uma sobrancelha, secando o rosto após ter tacado água fria nele.

— Se eu tivesse falado que era um homem, você também reagiria assim? - parando na frente dele, com as mãos na cintura. Ele mastigava o maxilar, te fuzilando, praticamente. — Hein?

— Não. - admitiu. — Eu ficaria mais puto do que eu já tô. - você riu balançando a cabeça, passando por ele e indo pra cozinha, preparar seu desjejum. Ele te seguiu. — Mas você não pode me culpar, pode?

— Então mulher pode, mas homem não? - pegando o pote de café, de costas pra ele.

— Depende. - falou, se pondo atrás de você. — Mas em geral, é isso aí.

— Como você é babaca. - disse ríspida, levemente irritada com o que foi dito. — Pensei que fosse diferente desses macho escroto. - quase pulou, sentindo o aperto forte das mãos dele em sua cintura e pescoço. Trincou os dentes, o encarando mortalmente. — Me solta. - entredentes.

Dabi sorriu ladino, se excitando com você tão irritada, quase rosnando pra ele.

— Não entendo porque está tão brava amor. - se inclinou, beijando a linha da sua mandíbula levemente. — Você sabe que eu não presto. - roucamente no seu ouvido.

— Pena. Eu também não presto. - retrucou. — Numa dessa você pode acabar com um par de chifre na cabeç- AH! - engasgou, sendo prensada fortemente contra a pia, com o corpo dele ainda mais arredado no seu. Fechou os olhos, se sentindo tonta com a força depositada nos dedos ao redor do seu pescoço. — Dabi. - pediu, quase sem fôlego.

— Não brinque comigo S/N. - sussurrando frio no seu ouvido. — Você é só minha. - mordeu sua cartilagem suavemente, te enviando ondas de arrepio. — Minha putinha, e eu não divido com ninguém. - você quase derretia com o toque dele, até ser virada brutalmente e ser forçada a encará-lo. Seus olhos lacrimejavam, e ele gostou de ver isso. — Homem, mulher ou o caralho a quatro, eu não vou dividir você. - apertou seu queixo, aproximando a boca perigosamente da sua, sem desviar os olhos dos seus. — Aceite isso, babe.

𝐃𝐀𝐁𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora