• 15. lil skirt •

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A fachada daquele prédio era desprezível, mas o interior conseguia ser pior. Nunca vi um lugar tão feio, santo deus.

Respirei fundo, ouvindo a ruiva soltar uma risadinha nervosa perto de mim.

— Você disse que esse lugar era bom. - sibilo para ela, não disfarçando minha irritação.

— Pra mim é. - deu de ombros.

Reviro os olhos. Acho que pra uma ladra qualquer coisa é boa.

— Vamo dá o fora daqui Nami. - dei meia volta, saindo porta à fora com ela no meu encalço.

— Tem algum lugar em mente? - ajeitou o casaco e bolsa no ombro, pegando um cigarro e acendendo enquanto voltávamos para o meu carro.

Parei, pensando e olhando pra ela. Bom...

— Você tem algum problema com vilões? - pergunto, e exalando ela me responde.

— Não.

— Então a gente vai para o lado leste da cidade. - destranco meu Impala, entrando e jogando a bolsa no banco de trás. Espero ela entrar e fazer o mesmo antes de trancar as portas, já ligando o carro. — Conheço um lugar perfeito pra gente ganhar um dinheiro daora.

— Aí sim. - riu, quase batendo a cara no vidro da frente. — Uepa.

— Bota o cinto de segurança doida.

— Não pensei que tantos vilões vinham aqui. - comentou, afastando a cortina e adentrando o lugar comigo.

— Essa é a área deles amor, nem a polícia ronda aqui. - digo, dando uma passada de olho no local e reconhecendo alguns rostos. — Bom, não a correta pelo menos. - dou de ombros, começando a andar e cumprimentar conhecidos, com ela atrás de mim.

— Quanto pra ficar aqui?

— 50 pila. - informo, já tirando o dinheiro separado da teta e entregando pro barista, que sorriu, piscando e agradecendo pela gorjeta extra que eu deixei.

— Bebidas de graça para as senhoritas. - sorri, agradecendo e indo em direção ao vestiário.

— Até que aqui não é tão ruim. - fala, quando entramos e conseguimos achar armários vazios.

— Com certeza melhor que aquela espelunca. - zombo, abrindo minha bolsa e tirando a roupa que usaria na minha apresentação.

— Não fala assim, lá foi o primeiro lugar que eu comecei a trabalhar. - já tirando a roupa e vestindo uma lingerie azul com pedrarias.

— Tenho até medo de saber dos outros. - rio quando ela me empurra com o ombro, terminando de subir minha mini saia e ajeitando o bojo do meu sutiã.

— Vou pegar tua escova emprestada. - já pegando minha escova de cabelo e indo pra frente do espelho. — Licença querida. - disse para a garota que estava ali desde que entramos.

— Só me devolve depois. - provoquei, e ela levantou o dedo do meio pra mim.

— Vai se foder S/N.

Aquela era minha segunda dança, e eu já tinha conseguido o equivalente a quinhentos dólares. Menos da metade do que eu geralmente ganho no Devilish.

Suspiro, guardando o dinheiro na bolsa e me preparando pra vazar. Duas horas no palco, eu não tenho mais paciência pra ficar horas em um clube não.

— Vai agora? - perguntei pra Nami, que se encontrava sentada no colo de um grandão.

— Não, vou ficar mais um pouco. - riu, abraçando o pescoço do cara que praticamente enfiava a cara nos peitos dela. — Acho que ele gostou de mim. - debochou e eu ri.

— Tenho certeza disso gata. - me afastei. — Tenha uma boa noite. - fechei meu casaco, passando pelas pessoas e tirando minha cigarreira da bolsa. Preciso de algo pra botar na boca.

Meus saltos faziam barulho na rua escura, e apesar do frio, não havia nada mais satisfatório do que a brisa da madrugada. Exalei, sem tirar o cigarro da boca e abrindo o carro.

Entrei, joguei a bolsa no banco do passageiro e tranquei o carro. Liguei, dando a volta e dirigindo a toda velocidade de volta para o meu doce lar.

Onde um gostoso pelado me aguarda.

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𝐃𝐀𝐁𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora