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Fomos parar no Chão, ele em cima de mim, enquanto viramos um emaranhado de pernas e braços. Ele xinga baixinho e leva suas mãos para na minha cintura. Ainda bem que pelo menos dessa vez meu vestido não subiu completamente, mas meu cabelo esta uma bagunça, e minha bolsa foi parar longe.

Ele se levanta tão rápido, que quase cai novamente em cima de mim. Depois me ajuda a me levantar, então ajeito meu vestido torto, e meu cabelo espatifado, então olho em volta procurando por minha bolsa.

Eu poderia ter caído sozinha, mas não... Tinha que segurar no Senhor Beauchamp. Por que Any, você sempre faz tanta burrada?

Com o barulho do tombo, Sina entra correndo na sala, com os olhos arregalados e uma expressão de susto.

— Desculpe interromper, é que ouvi o barulho e vim ver o havia acontecido. — Sina diz.

— Não houve nada senhorita Sina, não se
preocupe. — Josh diz seco.

Ela me lança um olhar interrogativo, e dou de
ombros como resposta, sei que terei de explicar tudo mais tarde. Sina sai da sala, e nem sei para onde olhar. Estou morta de vergonha, não sei onde enfiar minha cara.

E o Senhor Beauchamp? Está me fulminado com o olhar. Provavelmente perdi meu emprego, sem ao menos ter começado, vou entrar para a história.

Ele está zangado, de cara emburrada para mim, sua respiração está irregular, está se esforçando ao máximo para se acalmar. Depois do que pareceu meia hora, me encarando, ele diz:

— Dá próxima vez que cair, não me puxe junto
senhorita. — Resmunga irritado. — Ou melhor, não caia. Sua voz já diz tudo, ele está muito, muito, mas muito bravo comigo.

— Sim senhor. Me desculpe, não irá se repetir. — Digo sem jeito.

— Espero que sim. Agora, vamos aos negócios.

Aceno com a cabeça em afirmação.

— Você irá trabalhar de segunda a sexta feira, e terá que dormir na minha casa e...

— É o que? — O interrompo. — Por que vou ter que ficar na sua casa? — Pergunto apreensiva.

Será que eu tinha ouvido direto? Ou estava
alucinando?

— Se você não tivesse me interrompido, eu já teria explicado. — Murmura revirando os olhos. — Continuando... Preciso de alguém que cuide de Luna dia e noite, pois viajo muito, sempre tem alguma reunião a noite que preciso comparecer, e o horário de Nany se encerra as 17:00.

Fico me perguntando quem é Nany? Ele percebe minha cara de curiosa e logo explica. Sou tão transparente assim? Espero que não.

— Nany é minha governanta. Ela não mora comigo, pois tem família.

— Entendi. — Digo.

— Irei te passar uma planilha com os horários de Luna, espero que você siga-os ao pé da letra. Você não precisará leva- lá a escola, pois Pietro meu motorista a leva, só tem que deixa- lá pronta no horário certo. Esse será seu salário Inicial.

Me entende um papel branco, e o pego. Meu queixo cai, é sério? Vou receber tudo isso? Só pode ser piada. Já pode aparecer as câmeras escondidas.

Ele percebe minha confusão, e logo se explica.

— Pago o suficiente aos meus empregados senhorita Any, sou generoso quando fazem seu trabalho bem feito, e não aceito menos que isso. — Cruza os braços.

— É sério que vou receber tudo isso? — Pergunto desconfiada.

— Sim. É sério. Esse é o salário Inicial. Está satisfeita com o seu salário?

— Se estou satisfeita? Estou mais que satisfeita. — Sorrio amarelo.

— Esses são os documentos para você assinar. — Me entrega a papelada. — Certifique se está tudo em ordem.

Leio o contrato duas vezes por via das dúvidas. Está tudo certo, então ele me passa uma caneta, que só rico pode comprar. Toda de ouro, e com seu nome gravado nela.

Entrego os documentos assinados a ele alguns
segundos depois.

— Você começa segunda. — Fala.

— Certo — Digo já me levantando.
Estendo minha mão para me despedir, ele retribui com um aperto forte. Me viro para sair de sua sala, mas antes que eu chegue na porta ele diz:

— Só mais uma coisa...

— Sim — Digo.

— Fique longe de meu irmão. Você está trabalhando para mim, e, não quero ter que te mandar embora por falta de aviso. Se está afim de arrumar um homem rico para te bancar, aqui não é seu lugar.
Acho que não ouvi direto. Esse idiota pensa que é quem para me tratar assim? Sinto meu rosto esquentar de raiva, e o fulmino com o olhar.

— Não estou aqui para namorar, e sim trabalhar. E se o senhor não percebeu, foi seu irmão quem me beijou, não o contrário. Não sei com que tipo de mulher o Senhor convive para pensar tal absurdo da minha pessoa, mas pode ter certeza que não sou uma delas.

— Eu não quis...

Levanto minha mão o interrompendo.

— Sim. O senhor quis. Não lhe dei motivos para o senhor achar que sou uma mulher fácil. Dessa vez vou deixar passar, mas se me ofender novamente, eu quebro sua cara, o senhor sendo meu chefe, ou não.

Lanço lhe um olhar frio, dou-lhe as costas, abro a porta e saio da sala o deixando sem palavras.



Continua...
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Obg a todos que estão lendo espero que vcs estejam gostando da história.

Uma babá irresistível-BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora