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Já tem duas semanas que estou trabalhando para o Senhor arrogante.

Como eu previ seu bom humor comigo não durou muito tempo. Talvez em algumas coisas eu tenha culpa mesmo...
Só talvez!

Eu posso ter esquecido uma panela no fogão com leite, posso ter quebrado alguns pratos chiques de porcelana ajudando a Nany a lavar a louça, ou até mesmo um pedaço de bolo de chocolate ter voado da minha mão, e parado em um peitoral masculino. Eu não preciso nem dizer de quem foi, vocês já devem ter adivinhado.

Tirando o ódio mortal do Senhor fera por mim, o resto está indo muito bem. Estou me dando bem com a Luna, ela está sendo um amor comigo. Nany, o que dizer dessa mulher? Simplesmente AMO de paixão, até mesmo com Bailey fiz amizade.

Pensou que eu esqueci da Sina né? Pois estão errados! Nos falamos todos os dias, para pôr os assuntos em dia. Ela não me deixou em paz enquanto não contei para ela, sobre a massagem que o Senhor Beauchamp fez em mim. Pena que foi uma única vez, eu poderia me acostumar com isso.

Abro os olhos com muita dificuldade, e jogo meu cobertor de lado .

— Essas noites estão tão pequenas. — Me levanto ainda sonolenta.

Luna é uma espoleta, não para um segundo, quer brincar toda hora.
Corre de um lado para o outro, e se fosse eu já teria quebrado alguma coisa. Tenho que admitir que ela acaba com as minhas energia.

Me obrigo a me levantar e vou em direção ao banheiro para tomar banho. Arranco meu pijama, em seguida caminho até o chuveiro e começo a me banhar. Quando estou lavando meus cabelos, parece que escuto alguém gritando, fecho o chuveiro rapidamente para escutar melhor, e com toda certeza tem alguém gritando mesmo.

— Luna! — Digo aflita.

Saio do banheiro tão aflita que esqueço de pegar uma toalha, quando percebo que estou completamente nua, volto correndo para trás, e pego uma toalha branca, me envolvo toda desajeitada.
Saio do banheiro correndo, e vou ver o que aconteceu.

Entro no seu quarto correndo, e a vejo se debatendo na cama enquanto dorme, deve estar tendo algum pesadelo.

— Luna, acorde pequena.

Mexo no seu corpinho trêmulo, por fim depois de várias tentativas frustradas, ela finalmente acorda. Seus olhinhos estão marejados de lágrimas, aquilo corta meu coração.

— O que foi meu anjinho? Foi um sonho ruim?

— Foi... foi Any. — Diz gaguejando. — Sonhei que papai tinha me abandonado.

Lágrimas começam a rolar pelo seu rostinho, e eu seguro as minhas para ser forte em sua frente.

— Meu amor isso nunca vai acontecer, seu papai te ama mais que tudo nesse mundo. Foi apenas um sonho ruim.

Passo a mão pelo seu rosto, enxugando suas lágrima e lhe dou um beijo terno em sua bochecha.

De repente a porta do quarto se abre com um estrondo, o Senhor Beauchamp entra correndo. O observo melhor e percebo que ele está apenas com uma calça de moletom preta, e sem camisa.

— O que houve? — Pergunta aflito.
— Ela teve um pesadelo.

— Tudo bem meu docinho? — Pergunta a Luna.

— Agora estou papai, Any me acordou. — Diz sorrindo para mim.

Retribuo o sorriso. Mas ele morre em meu rosto, quando percebo que estou apenas de toalha na frente do meu chefe. Para piorar ele percebeu ao mesmo tempo que eu. Ele Arregala os olhos, e seu rosto se fecha em desaprovação. Droga!

Tento sair de fininho, dou um sorriso amarelo sem graça. Não sei decifrar seu olhar para mim nesse momento. Engulo em seco, e começo a andar devagar para me enfiar em meu quarto e nunca mas sair de lá.

Sinto alguma coisa escorrer pela minha testa, e acaba entrando em meus olhos. MERDA, MERDA, MERDA. Mil vezes MERDA. Maldito shampoo. Não consigo ficar com os olhos abertos, isso arde
para caramba.

— Ai droga. — Digo alto demais.

— O que houve Any? — Pergunta o senhor Beauchamp.

— Entrou Shampoo em meus olhos. — Falo tateando às cegas.

Com uma mão estou segurando a toalha para ficar no lugar, procuro desesperada pela porta de meu quarto, mas não consigo encontrar nada.

Começo a ficar aflita, e o idiota estúpido não me guia para meu quarto.

— Eu vou ficar cega meu Deus, alguém me ajude. S-o-c-o-r-r-o. — Peço fingindo desespero.

Escuto alguém vir ao meu encontro rapidamente, sinto uma mão forte em meu braço esquerdo então o senhor Beauchamp começa a me guiar para meu quarto.

— Venha, vou te ajudar. — Diz com a voz grave.

— Obrigada. O senhor é tão bondoso. — Digo sarcástica.

Escuto ele bufar de raiva, nem me importo. Tive que fazer drama, para que ele pudesse me ajudar. Não fazem mais homens como antigamente.

Por fim, entramos no banheiro mas como não enxergo nada, acabo tropeçando em alguma coisa, e em um momento de loucura coloco a mão que estava segurando a toalha no Senhor Beauchamp, e para meu completo horror e desespero, minha toalha cai.

— Puta merda! — Grito nervosa.

Até a ardência dos meus olhos sumiram. Com uma agilidade que até então eu não sabia que tinha, me abaixo e pegou a toalha. Coloco-a em frente ao meu corpo. Fico vermelha de vergonha da cabeça aos pés.
O Senhor Beauchamp se vira rapidamente e sai correndo do quarto como um foguete, e fecha a porta com um
estrondo.

Nunca mais saio desse quarto. Nunca mais vou olhar na cara dele. Tinha que ser logo meu chefe arrogante, ser o primeiro homem a me ver nua? E para piorar minha preciosa não está muito apresentável, já que não me depilo faz tempo.

— Quero morrer. – Murmuro comigo mesma.

Tenho a leve impressão que esse acidente terá consequências nada agradáveis.










Continua...
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Obg a todos que estão lendo espero que vcs estejam gostando da história.

Uma babá irresistível-BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora