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— Que lindo Any. — Sina se emociona ao meu lado.

Hoje descobrimos o sexo de meu bebê. É um garotão saudável e forte.

— É lindo mesmo. — Digo com a visão embaraçada pelas lágrimas.

— Que nome vai dar a ele? — Pergunta.

— Oliver. — Sorrio feliz.

— Gosto desse nome. — Aperta minha mão de leve me transmitindo carinho.

Sina foi meu amparo nesses três meses, sem ela eu não conseguiria esquecer a dor e a perda.

Eu não saía de dentro de meu quarto. Fiquei tão deprimida que deixei de viver minha vida. Estava tão afogada em minha mágoa que esqueci do mais importante em minha vida... Meu bebê.

Foi por ele que me levantei e me reergui, que continuei a caminhada mesmo com meu coração dilacerado.

Não consegui ver Luna durante esse tempo. Mas Ursula sempre me dá notícias dela, e me contou que ela foi morar em sua casa.

Eu não queria ter causado essa separação entre pai e filha, por mais que eu odeie Josh, não iria desejar-lhe mal.

— Continue com as vitaminas Any. — Fala Frank. — E com a alimentação saudável. Seu bebê está muito bem.

— Tudo bem Frank. — Sorrio agradecida.

— Qualquer dúvida é só me ligar.

— Farei isso. — Digo pegando em sua mão.

Sina e eu saímos do consultório e fomos direto para o carro.

— Vamos comprar alguma coisa para meu sobrinho. — Sina se anima.

— Estou tão animada. — Digo sorrindo.

Passo as mãos pelas minha barriga, e nesse momento meu bebê chuta pela primeira vez.

— Você será muito amado pequeno. — Diz Sina.

No início da gravidez tive muitos enjoos. Não parava nada em meu estômago. Perdi tanto peso que me olhava no espelho e estranhava minha aparecia
abatida.

A culpa também não é toda dos enjoos. A minha perda me fez ficar um pouco depressiva. Não me alimentava, e vivia dormindo. Quando acordava chorava até não haver mais lágrimas para derramar.

— Muito amado. — Sorrio feliz.

— Any. Eu não toquei nesse assunto pôr a ferida ainda está aberta. — Sina me apreensiva. — Mas você irá contar a Josh sobre o bebê?

— Ele não tem nenhum direito sobre meu bebê. — Digo friamente. — Perdeu a chance de conhece-lo no momento que duvidou de mim. Sina suspira alto e diz:

— Eu sei.

— Me perdoe. — Peço colocando minha mão em seu braço. — Você não tem culpa de nada, acabei descontando minha raiva em você.

Ela me olha por um segundo e volta sua atenção ao tráfego.

— Não precisa se desculpar. — Da de ombros. — Você passou por maus bocados Any. Em seu lugar eu teria
arrancado a cabeça dele.

Gargalho alto, pois sei que minha amiga não mata nem uma barata, quem dirá um ser humano.

— Eu sei que estou agindo errado. — Suspiro irritada. — Meu filho irá querer conhecer o pai. Mas o que eu posso fazer? Se eu dissesse a ele sobre a gravidez, ele iria dizer que o bebê não é dele.

— Seria exatamente isso que iria acontecer.

Encosto minha cabeça no banco do carro.

— Ele tiraria meu filho de mim, quando tivesse certeza que é dele. — Suspiro alto. — Por achar que sou uma leviana.

Uma babá irresistível-BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora