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Estou me sentindo impotente, sem conseguir fazer nada para ajudar com a busca por Luna, já faz 24 horas que ela sumiu, e ainda não temos nenhuma notícia de seu paradeiro.

Josh contatou as autoridades, mas até agora nada. Passamos a noite em claro, sem conseguir dormir pela preocupação. Estou com os nervos a flor da pele.

Estou deitada na cama de Luna, abraçada com seus ursinhos. Me sinto tão culpada, se não fosse pelo meu egoísmo, ela estaria em casa e bem. Começo a chorar aflita, e de repente escuto a porta ser aberta e Josh entra no quarto. Nossos olhares se encontram, e percebo o quanto ele está abatido.
Suas roupas estão amarrotadas, e está com olheiras abaixo dos olhos. Sua barba está por fazer, e seus cabelos estão bagunçados.

Josh se deita ao meu lado, e suspira alto. Eu não sei o que dizer para consola-lo, me falta palavras nesse momento. É tão ruim você ver alguém sofrendo ao seu lado, e não ter uma palavra amiga para conforta-lo. Me sinto inútil.

— Não a encontraram ainda. — Diz e suspira alto.

— Será que...

Me corta antes deu terminar de falar.

— Não. Minha filha está em algum lugar, dessa maldita cidade. Vão encontrá-la.

Enxugo as lágrimas que insistem em cair. Começo a soluçar alto. Josh me puxa para si, e encosto minha cabeça em seu peito. Sinto a batida do seu coração sob o meu rosto. Ele passa a mão por meus cabelos embaraçados enquanto me conforta, e isso me toca profundamente.

— Ela vai ficar bem Any. — Fala confiante.

— Eu sei. — Suspiro cansada. Estou tão cansada que acabo adormecendo, sobre o peito de meu ex-chefe.

Não sei quanto tempo eu dormi, mas quando eu acordei Josh já não estava ao meu lado. Um vazio se instala em meu peito, mas ignoro.

A porta do quarto se abre, Nany entra com uma bandeja nas mãos. Ela também está muito abatida de preocupação.

Logo atrás dela, vem uma outra mulher de meia idade que não conheço. Ela é muito bonita, está bem vestida, com os cabelos loiros perfeitamente no lugar. Pela sua cara parece também está cansada e abatida.

Me sento na cama, e me encosto na cabeceira. Junto minhas perna sobre os seios. Nany coloca a bandeja cheia de comida sobre a cama, e se senta atrás dela.

— Essa é a Senhora Ursula Beauchamp Any. — Diz Nany.

— Muito prazer querida. — Me entende a mão.

Suas unhas então impecáveis, me dá até vergonha de retribuir o cumprimento.

— O prazer é todo meu Senhora. — Digo tímida.

— Só Ursula por favor. Ainda estou na flor da idade. — Sorri e pisca para mim.

Retribuo o aperto de mão com firmeza. Ela fica me encarando de um jeito estranho, com um sorriso nos lábios. Começo a corar envergonhada.

— Nany me falou muito bem a seu respeito. — Diz sorrindo para mim.

— Espero que tenha falado bem em Nany?

Nany está com um olhar travesso. Essa mulher está armando alguma coisa. Olho desconfiada para elas.

— Muito mais que bem. Te elogiou muitíssimo. Para você estar aqui, deve ter feito um bom trabalho. — Fala a Senhora Beauchamp.

— Não tão bom assim. — Suspiro.
Nany coloca a bandeja próxima a mim, minha barriga ronca de fome. Nem me lembro quando foi minha última refeição.

Uma babá irresistível-BeauanyOnde histórias criam vida. Descubra agora