Capítulo 4

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Me levanto da cama com uma baita dor de cabeça, olho ao redor e aquele não era meu quarto, eu ainda estava meio tonto por conta da estupidez que fiz.  Eu não sabia como eu havia parado naquele quarto. Pego meu celular e olho as horas, já estava quase dando 1:00 hora da manhã, pelo silêncio a festa já tinha acabado.  Saio vagarosamente do quarto tentando não fazer barulho pra não acordar ninguém.  Desço as escadas nas pontas do pé e levo o maior susto com o Gowther sentado no sofá.

— Olha, a bela adormecida acordou! — Gowther brinca.

— Ha-ha-ha, muito engraçado. — reviro os olhos pra cima. — Como fui parar em um  quarto da sua casa? — pergunto.

— Como eu imaginei, você não se lembra de nada.   Você bebeu horrores, então te levei pro meu quarto pra não passar vergonha bêbado. — Gowther rir.

— Porque não me acordou pra ir embora? — pergunto.

— Você estava tão fofo dormindo que decidir não te acordar, então resolvi ficar aqui no sofá esperando você acordar. — Gowther concluí.

— E se eu não tivesse acordado? — questiono já querendo rir.

— Bom, eu iria dormir aqui no sofá.  Quer que eu te leve pra casa? Pelo seu estado você ainda está um pouco tonto.

— Agradeço de coração por ter cuidado de mim, mesmo sem me conhecer direito. Eu teria passado muita vergonha bêbado na sua festa, a maioria do pessoal da faculdade estava aqui, então obrigado! — agradeço com um sorriso no rosto, e Gowther assenti.

— Então vamos, deixa eu te levar pra casa pequeno Seok.

Ouvir o Gowther dizer "Pequeno Seok" foi tão estranho, porque a gente mau se conhece e ele já me apelidou.  Não que eu esteja reclamando, eu gostei daquilo ninguém nunca tinha me chamado assim. Talvez eu e o Gowther sejamos bons amigos durante a faculdade e até depois da faculdade. Achei muito fofo ele se preocupar comigo na festa, se eu tivesse ficado bêbado na festa ia ser um desastre.  Eu nunca tinha bebido na minha vida, e ter bebido a primeira vez por um impulso foi nojento, só de pensar em bebida meu estômago revira, então me lembrem de não beber novamente.
   Enquanto o carro andava pelas ruas de Toronto, eu olhava para o Gowther a cada minuto, ele sabia que eu olhava pra ele, mas não dizia nada, aquele garoto era um mistério pra mim.  Acho que no fundo eu espero que ele me expulse do seu carro e me trate mau, tenho esse pensamento pelo o que já passei, mas sei que ele não é assim, isso é reconfortante. O Gowther é o tipo de cara cavalheiro, o que é muito raro hoje em dia.  A maioria dos garotos hoje em dia só pensam em sexo, drogas, e nada além disso, eles nem pensam em criar laços e  vínculos.

Gowther estacionou o carro, agradeço ele com um beijo na bochecha, destravo o cinto de segurança e entro pra dentro de casa. Subo para meu quarto caio direto na cama e me permito dormir.

Segunda-feira 6:30 da manhã

O fim de semana passou bem rápido, apesar de minha mãe ter surtado comigo por conta da minha primeira ressaca, o fim de semana até que foi legal.  No sábado de manhã acordei com uma mensagem de bom dia do Gowther, no domingo também.  Achei aquilo fofo, me fez lembrar de quando eu namorava o Bryan.  Acordo com o alarme tocando, crio coragem e levanto da cama, faço minhas higiene matinais, arrumo meu cabelo, visto meu uniforme e desço para tomar café.  A mesa do café estava vazia, então presumi que minha mãe já estava no trabalho e Elisabete na faculdade.  Tomo um copo de leite e como algumas bolachas e me dirijo pra faculdade de carro.  Estaciono o carro e me dirijo pro corredor da escola, onde sou pego de surpresa pela Alexsandra.

— Buh! — Alexandra me pega por trás.

— Meu deus que susto Alexandra, não sabe chegar e cumprimentar como uma pessoa normal. — me irrito, pois odeio que me assustem.

— Desculpa, não ta aqui mais quem te assustou.  Onde você se meteu na festa? — ela pergunta.

— Bebi horrores e fui parar no quarto do Gowther. — falo naturalmente.

— Calma, você e o Gowther dono da festa transaram? — ela grita. Ainda bem que não tinha ninguém no corredor da faculdade, porque se alguém ouvisse uma bobeira daquela ia direto contar pra Verônica, e com aquela lá quero nem contato, radiação pura.

— Fala mais alto, talvez até a Coreia te ouça! — Falo.  — E não, eu e Gowther não tivemos nada, ele só me salvou de um vexame. — concluo.

— Ai que susto, pensei que tivesse.  Se você tivesse a Verônica iria te matar, falando no diabo olha ela vindo ai. — Alexandra fala se referindo a Verônica e suas duas companheiras.

— Sai novato — Verônica diz me afastando da Alexandra.  — Quero você agora na quadra quebrando as pernas se possível, mas quero que você aprenda a coreografia até semana que vem, para abertura dos jogos.   — Verônica fala.

— E lembre se novata, só escolhemos você porque não tinha nada melhor. — Beatriz espalha seu veneno.

— Não tem nada pra falar Sofía? — Beatriz cutuca a terceira garota que estava passando um batom na boca. 

Juro que se ela passe mais uma camada de batom, a boca dela caia.

— Você está gorda, tente emagrecer fofinha— Sofia fala.

Fico chocado com aquilo e me pergunto se Alexandra não falara nada.

— Eu não preciso quebrar as pernas Verônica, ao contrário de você, já sou perfeita no que faço, e Beatriz você me escolheu porque viu potencial em mim, o qual você não tem, te derrotei no mini duelo que você propôs na quadra e você sabe disso. Agora está brava porque sabe que tem alguém melhor que você aqui.  E Sofia cuidado, se forçar mais caga.

— Sua isolente — Sofia levanta a mão pra bater em Alexandra, mas Verônica segura.

— Deixa pra lá Sofia não vale apena perder tempo com ela.  Pois bem Alexandra, treino depois da faculdade. — Verônica diz e sai com suas discípulas.

Olho pra Alexandra boquiaberto, e ela me olha estranho.

— Que foi? — ela pergunta.

— Garota, tu arrasou! — falo.

— Achou mesmo que eu ia deixar elas me colocar pra baixo? — questiona.  — Elas tem dinheiro eu também tenho, elas têm beleza, eu também tenho, elas têm talento eu também tenho. A única diferente é que não sou mesquinha e mimada como elas. — Alexandra responde. — Vamos pra sala?.

— Vai você indo na frente, preciso passar no banheiro primeiro. — falo e Alexandra assenti.

Sigo para o banheiro e vou imaginando o close que a Alexandra deu.  No caminho sinto a presença  de alguém me perseguindo, mas ignoro e entro no banheiro.  Uso o banheiro, e quando vou lavar minhas mãos, alguém me puxa pra dentro do banheiro.

CONTÍNUA...

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