Capítulo 5

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Uma mão tampa minha boca e a outra me vira bruscamente contra a porta do banheiro.

— Xiiu— disse Rafael, o cara  que me virou de cabeça pra baixo na festa do Gowther.

Me acalmo e ele tira a mão da minha boca.  Eu não estava entendo nada, e nem o porquê dele estar agindo daquela maneira.

— O que você quer comigo?
 
Pergunto já nervoso.

— Digamos que eu queira que você faça alguns favores pra mim. — Rafael responde.

— E se eu não querer? — questiono.

— Bom, ai serei obrigado a mostrar isso pra Verônica — ele fala mostrando uma foto minha beijando o Gowther.  Era como se uma luz invadisse minha mente e me deixasse lembrar do que aconteceu.  — Imagina o que ela não fará com essa foto, não é mesmo Seok.  

Meu sangue naquele momento estava fervendo, eu nunca tinha ficado tão nervoso na minha, porque eu fui ter que beijar o Gowther, maldita bebida.  — Porque você está fazendo isso comigo? — pergunto.

— Porque você parece ser muito inocente e ninguém vai desconfiar de você. Vou mandar a real, eu quero que você faça algumas entregas de drogas pra alguns alunos aqui dentro. — Rafael fala aquilo na maior naturalidade.

— Mas se alguém me pegar eu vou ser expulso da faculdade — explico.

— Da seus pulo moleque, não quero saber.  O relógio está rodando tik tak tik tak. — ele responde já sem paciência.

Eu estava completamente nas mãos do Rafael, eu não podia deixar ele mostra aquela foto para Verônica, seria meu fim e fim do relacionamento do Gowther com ela. Por outro lado se eu for fazer entrega de droga pra ele tenho uma grande chance de ser descoberto e acabo sendo expulso da faculdade, a qual eu lutei muito pra entrar, e seria um desgosto imenso para minha mãe.
Não gosto de acabar com relacionamentos de ninguém, eu nem lembrava que eu tinha feito aquilo.

— Tá bom, eu entrego as drogas — bufo e falo.

— Bom garoto, sabia que iria pensar bem. — ele fala enquanto passa as mãos nojentas dele no meu cabelo. Nós encontramos outra hora pra mim te passar o produto e os clientes. 

Rafael libera a porta pra eu passar, então passo igual um furacão, mas Drake acaba entrando no banheiro.  Então me lembro que contei pra Drake sobre a festa de Gowther, e conhecendo bem o Drake nesse momento ele está puto com o Rafael.

— O que você está fazendo com esse cara aqui dentro? — Drake pergunta.

— Eu só vim usar o banheiro e por acaso o Rafael já estava aqui dentro. — respondo.

— Eae cara — Rafael cumprimenta Drake.

Drake olha Rafael de cima a baixo com os olhos cheios de pura raiva, eu previa o pior.

— Eae é o caralho! — Drake fala e dá um soco no Rafael.

Rafael vai no chão já com o nariz sangrando.

— Você está louco cara? — Rafael pergunta.

— Só não te bato mais porque estamos em uma faculdade, mas se não fosse isso eu acabaria com você aqui agora.  — Drake fala e Rafael da risadas enquanto está no chão.

— Vem Drake, não vale a pena. 

Puxo Drake até a porta de saída.

— Amanhã na hora do almoço Seok, não falte! — ouço Rafael gritar.

— O que esse desgraçado quis dizer? — Drake pergunta já exaltado.

— Não é nada demais, vamos! — respondo e saio andando com Drake.

As aulas daquele dia foram corridas e eu não conseguia me concentrar em nada, na minha mente só rondava duas coisas: entregar drogas pro Rafael, e o beijo com Gowther, o beijo o qual eu nem planejei.  A pior parte era não poder compartilhar essa loucura com ninguém, eu precisava tomar um ar, ir para algum lugar onde eu conseguisse por os pensamentos em ordem.
  "Maldito Rafael" — penso comigo mesmo.

Finalmente fomos dispensados para ir embora, me despeço de Alexandra que parecia estar preocupada comigo, pego minha mochila e sigo para o meu carro. Vejo Elisabete vindo com o Drake então resolvo esperar.

— Lis pode ir pra casa com o Drake hoje, preciso ficar em um lugar sozinho pra pôr os  pensamentos em ordem. — falo.

— Claro Seok, está acontecendo algo? Você está bem? — Elisabete pergunta.

— Não está acontecendo nada, e estou bem. Eu só preciso ficar um pouco só. — falo entrando no carro.  Vi a cara de preocupação que minha irmã ficou, sempre que estamos com problemas dividimos um com o outro, mas dessa vez eu não podia dividir, eu não podia envolver minha irmã na história. Quanto mais se mexe na bosta mais fedida fica, o problema era como uma bola de neve que com certeza não iria parar de crescer.

O meu lugar preferido para pensar, era uma cachoeira longe da cidade e de qualquer problema.  Enquanto eu seguia pra cachoeira, eu estava me segurando para não perder o controle e surtar.  Então mantenho a calma e acelero o carro.  Finalmente chego a cachoeira, então desço do carro e escalo uma pedra meio alta que tinha ali. A pedra era um pouco plana em cima e tinha uma vista ótima pra cidade e um belo pôr do Sol.  Término a escalada, abro meus braços e grito o mais alto possível que eu conseguia.  Gritar era ótimo, me fazia bem.  Mas de alguma maneira meu corpo ansiava por um abraço do Gowther naquele momento, mesmo com aquilo tudo acontecendo eu ainda queria ficar perto dele, eu não entendia o porquê.  Sento me na pedra e me permito fechar os olhos por um momento e sentir a brisa bater em meu rosto.

— Lugar bonito né?

Me viro para trás de uma vez.

— Gowther o que está fazendo aqui? Esta me seguindo?

Pergunto.

— Não estou te seguindo, eu sempre vinha pra cá quando eu brigava com meu pai, e hoje ao chegar em casa brigamos, então vim para cá.  — E você está fazendo o que? — Gowther pergunta.

— Venho pra cá quando quero por as ideias e pensamentos no lugar. — respondo e ele assenti.

Ele se senta ao meu lado e fica calado só olhando a paisagem.  Então de repente ele tira a camisa e eu fico admirando seu bíceps, ele olha pra mim e minhas bochechas coram.  Ele tira os olhos de mim e pula de cima da pedra, olho pra baixo assustado, meu coração parou, até que ele sai da água.

— Você não vem? — ele pergunta lá debaixo.

— Nem a pau! — respondi.

— Vamos larga de frescura, a água está ótima!  — ele fala.

Tiro minha camisa e decido ir, fecho meus olhos e pulo dentro da cachoeira. Senti a água gelada molhar todo o meu corpo, fui até o fundo da cachoeira e logo volto a margem.  Gowther joga água em mim e eu jogo água nele, e logo vira uma guerrinha de água.  Gowther afunda de baixo d'água e logo ele aparece perto de mim, perto o bastante pra sentir sua respiração, os seu olhos castanhos brilhavam, e sua boca era tentadora.  Gowther passa seu dedo polegar sobre meus lábios e logo ele coloca o mesmo dentro da minha boca, chupo seu dedo vagarosamente enquanto olho pra ele fixamente.  Gowther passa suas mãos pela minha cintura e me beija ferozmente, ele me levanta um pouco pra cima e minhas pernas ficam entre sua cintura, dava pra sentir seu pau duro passando em minha bunda.

CONTÍNUA..

🙈

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