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「 𝙏𝙤𝙘 𝙩𝙤𝙘, 𝙦𝙪𝙚𝙢 𝙚́?...

Eu estáva na clínica psiquiátrica da Sra. Íris, minha psicológa.
Fazem uns 8 mêses que venho fazendo consultas com ela.

Ela é ótima no que faz, graças á ela, estou lidando melhor com essas mudanças trágicas, que vieram a acontecer na minha vida.

Já estámos quase no final da seção de hoje...

- Então você está querendo me dizer, que as sensações de estár sendo observada, está acontecendo novamente?
| Sra. Íris me pergunta calmamente, do outro lado da mesa.

- Sim... eu achei que isso já tinha passado.
| Respondo. Bom, isso não é nenhuma novidade, aliás, eu já tive essas mesmas sensações, antes.

Vejo a psicológa fazer algumas anotações em sua prancheta.

- Minha querida, não há nada com oque se preocupar. Essas sensações já vieram á acontecer uma vez com você, porém, não era nada além de alguns sintomas de sua ansiedade, se lembra?
| Ela diz, e eu afirmo movendo minha cabeça.

- Então faça oque eu lhe falei uma vez... se isso acontecer novamente.. respire fundo, lhe mantenha calma, tome um chá, ou faça algo que você goste, que lhe acalme...
Isso pode ter acontecido, pois você, pode estár andando muito sobrecarregada no momento, ou, incomodada com algo que aconteceu no seu dia.
| Íris diz, com um doce sorriso no rosto, não desviando seus olhos dos meus.

- Dessa vez.. você tem certeza que é apenas sintomas de ansiedade?
| Pergunto duvidosa, até porquê, um vaso caiu e se quebrou sozinho enquanto eu estáva de costas para ele...

Não falei nada sobre o vaso para Íris.

- Tenho certeza minha querida. Aliás, moramos em um dos bairros mais calmos e seguros da cidade.
| Íris diz, e eu apenas correspondo com um pequeno sorriso.

A moça então virou uma das páginas de sua prancheta, e me faz outra pergunta, com os olhos ainda na folha:

- E como anda seu sono, Luna?
| Ela volta seus olhos para mim.
- Ainda tem problemas com insônia?

Fico quieta por alguns segundos, mas respondo:

- Sim... Como você sabe, não consigo dormir facilmente.

Por conta daquela voz pertubante...

- Já pensou em usar medicamentos para insônia?
Eles ajudam muito a regular o sono.
| Íris diz, e balanço a cabeça em negação á sua ideia.

- A senhora sabe oque o meu pai pensa sobre esses remédios para dormir.
| Digo, e Íris demonstra compreensão.

- Sim, eu entendo...
Então acho que deveríamos descartar essa opção, por enquanto.
| Ela diz, e eu concordo.

Porque descartar essa opção?
Bom, vou lhe falar o porquê.

Meu pai não permite que eu tome qualquer tipo de antibiótico que me faça dormir, pois, ele descobriu que na noite em que minha mãe morreu, ela tomou alguns comprimidos para insônia.

PARALISIA DO SONO - Monster romance Onde histórias criam vida. Descubra agora