「 𝗖𝗼𝗹𝗮𝗽𝘀𝗼 」
No refeitório da escola, eu estava com o olhar distante, mexendo a comida no meu prato sem realmente prestar atenção no que estava fazendo.
As conversas ao redor criavam um burburinho constante, mas minha mente estava ocupada com os pensamentos da noite passada.
A lembrança do ritual e do encontro com Alaric estava fresca na minha mente.
O toque gelado e ameaçador da entidade, a sensação de estar sendo observada, e a insegurança sobre se eu havia realmente selado o ritual me atormentavam.
O garfo em minhas mãos girava sem rumo, enquanto eu tentava afastar a ansiedade que me consumia.
— Luna?
| A voz de Riley me puxou de volta à realidade. Levantei os olhos e a vi, com um olhar preocupado.— Ah, oi?
| Minha resposta foi automática, como se eu tivesse despertado de um transe.— Você está bem?
| Riley perguntou, notando que eu mal tinha tocado na comida.
— Parece que está distante. Está tudo bem?— É só...
| Hesitei, tentando formular uma resposta adequada. — Estou um pouco sobrecarregada com algumas coisas pessoais.— Você andou estranha o dia todo. Quase não interagiu e nem comeu.
| Jailah observou, se inclinando para me olhar melhor.— É, eu só tenho algumas coisas na cabeça. Não é nada grave, só... questões pessoais.
| Tentei desviar a atenção, embora me sentisse culpada por não ser completamente honesta.Riley, sempre boa em mudar de assunto para algo mais leve, sorriu e perguntou:
— Então... você nos contou hoje mais cedo sobre a noite de tacos na casa de Javier. A vaca daquela professora atrapalhou nossa conversa importante.
| Riley disse, revirando os olhos com um sorriso nos lábios. Eu sorri, lembrando da professora de química que sempre parecia ter um talento especial para interromper conversas interessantes.— Ah, sim. Foi uma noite bizarra.
| Comecei, tentando me distrair das memórias perturbadoras da noite passada.
— Lembra da janela quebrada? Alguns dos garotos estavam tão chapados que nem notaram quando a polícia chegou. Foi um caos.— Loucura.
| Jailah exclamou.
— As câmeras de segurança devem ter captado alguma coisa, certo?— Eu espero que sim.
| Respondi, com um sorriso forçado.
— Pode ser que as gravações mostrem algo útil.— E a pedra que quebrou a janela? A polícia a levou para análise, não?
| Riley perguntou, com um tom curioso.O simples pensamento da pedra fez meu coração acelerar. Eu me lembrei claramente de como a arremessei pela janela, tentando me livrar dela.
— Sim, eles recolheram para investigação.
| Forcei um sorriso.
— Eles devem estar tentando descobrir se há alguma pista útil.— Pode ser que encontrem alguma marca digital.
| Jailah comentou, pensativa.A ideia de que uma entidade pudesse deixar rastros digitais parecia absurda, mas a sensação de inquietação persistia. Eu sabia que, apesar de tentar me distrair, a verdade sobre o que enfrentei continuaria a me assombrar até que eu encontrasse respostas.
Enquanto minhas amigas continuavam conversando, eu me sentia cada vez mais pesada, consumida pela dúvida e pelo medo. A tentativa de esconder minha preocupação era em vão; o que havia acontecido naquela noite estava longe de ser um simples evento passageiro. Eu precisava enfrentar o que estava acontecendo, mas as respostas pareciam cada vez mais distantes e evasivas.
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PARALISIA DO SONO - Monster romance
Romance𝐎𝐍𝐃𝐄 Luna White é uma jovem atormentada por problemas psicológicos, lutando contra a insônia e os pesadelos que a assombram noite após noite. Em seu quarto escuro, ela ouve uma voz medonha sussurrando do além, impedindo-a de adormecer e encontra...