Daqui até a eternidade _DRARRY🌹

Mais tarde nesse dia...

Harry chegou ao departamento dos aurores e contou ao Rony o que havia acontecido, sobre o velório de Astoria e ter passado a noite na mansão Malfoy. Os dois também iriam se reunir com a Hermione na hora do almoço então não foi possível falar muito ou entrar em detalhes.

-Nunca vou confiar nos Malfoy, até Rosa desgosta do Scorpius! Não sei como o Alvo foi sair da junção de você e a Gina. Mesmo que na adolescência a gente achasse que ela fosse para sonserina, não falamos sério. -Disse Rony sem controlar a língua.

-Roonyy!! Eu confio em Alvo, e Draco também parece ter mudado. Agora está mais sozinho que nunca naquela mansão gélida enquanto seu filho está em Hogwarts.

Trabalharam a manhã toda em seu departamento, analisando casos com os outros aurores. Na hora do almoço encontraram Mione e contaram tudo a ela.

-Imagino que ele deva estar se sentindo só, sem parecer com pena mas... não deveríamos nos aproximar um pouco? Somos adultos agora, RONY! -A morena encarou Rony que fazia caretas enquanto a mesma falava.

Hermione continuou...

-Nossos filhos estudam todos juntos e convivem aqui fora também, não vejo porque não podemos prestar solidariedade ao Draco agora. Ele mudou e tem feito o melhor que pode na educação do Scorpius. Eu confio em Alvo também, em seus julgamentos ele se parece muito com Harry.

Harry apenas escutava a discussão entre seus amigos após contar os eventos. Ele não queria opinar a favor ou contra Draco, não parecia ter uma opinião formada, porém sentiu uma vontade inexplicável de ter outras conversas com o loiro, já que na mansão eles expuseram suas vidas pessoas com tanta naturalidade e pareciam se compreender.

Voltando ao departamento dos aurores, Potter vê uma carta em cima de sua mesa com uma caligrafia bonita e sofisticada.

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Potter,

Não foi de total desagrado conversar com você, e queria poder convidá-lo para mais encontros amigáveis quando estiver com tempo livre. Seria possível?

Draco Malfoy

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Malfoy,

Também achei até que agradável, Malfoy. Claro, se for possível podemos marcar algum almoço perto do ministério.

Potter

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No dia seguinte...

Com cartas trocadas, Harry e Draco se encontraram no outro dia para um almoço, ao qual não foi mencionado a Rony e Hermione por ora. Harry ofertaria a amizade de seus amigos e assim chamaria todos para um almoço, se Malfoy não se importasse.

A conversa foi agradável, eles falaram sobre trabalho sobre os filhos, Draco se emocionou em algum momento pelas lembranças de Astoria. Harry contou a Draco que Gina e ele estavam basicamente separados, e que a mesma voltou temporariamente para a Toca. Draco mencionou seus trabalhos com os negócios da família e investimentos que havia realizado.

Draco mostrou a Harry a última carta que recebeu de Scorpius, nela o garoto falava o quanto gostava de herbologia e que Neville era um professor maravilhoso. Harry tinha um sorriso de orgulho, pelo amigo, em seu rosto. Draco, por outro lado, transparecia vergonha pelo bullying que havia cometido contra Neville na infância e incentivou seu filho a ser um aluno bom e dedicado a Neville. O garoto também falou de sua amizade inesperada com um gigante que Alvo tanto falava. Harry sorria feito um bobo imaginando Hagrid amigo do filho de Malfoy, não havia maldade nem rancor naquele gigante. A saudades de Hogwarts bateu com força nos dois.

Harry se despediu de Draco, quando o loiro lhe convida para um jantar na mansão no dia seguinte. O moreno aceitou no mesmo instante, e se despediram com um aperto de mão longo e um sorriso no rosto.

Ao chegar em seu departamento, Rony perguntou onde ele havia almoçado já que não se viram. Harry mencionou o almoço com Malfoy e omitiu o convite para o jantar que o loiro havia lhe feito.

-Harry, não sei como conseguiu comer com Malfoy sem ter uma indigestão olhando aquela doninha albina. - Disse Rony pentelhando. -E que proximidade toda é essa? você e sua mania de não ver maldade em nada, não confio no Malfoy.

-Rony, as pessoas mudam, Snape me mostrou isso, não errarei com mais ninguém.

-Snape era um babaca! ah, desculpe Harry, mas era!

Harry só confirmou como estava certo em omitir o jantar com Draco, agora mesmo parecia mais ansioso pela possibilidade de conhecer as mudanças em Malfoy.

O jantar...

A passagem de Flu foi aberta, uma mesa para dois estava elegantemente arrumada. Draco esperava Harry com uma calça social preta e uma camisa gola alta na cor vinho. Harry saiu direto do trabalho para a Mansão e estava vestindo ainda sua farda de Auror.

-Que bom que veio, Potter.

-Ah, é... Estou sem jeito de vir direto do trabalho e ainda estar com a Farda.

-Se me permite dizer, a farda lhe cai muito bem, não poderia estar melhor. -Disse Draco.

Harry corou.

Draco mesmo se pôs a servir a bebida e comida, ele havia cozinhado mesmo ainda tendo um elfo a seu serviço. Eles jantaram, e conversaram bebendo bons vinhos. Draco se permitiu sorrir contando algumas histórias que eram realmente engraçadas. Harry nunca havia visto Draco rindo tão verdadeiramente, e chegou a achar o loiro muito bonito nesses momentos. Malfoy ria mostrando seus dentes e encolhendo os olhos, uma risada contida saia em um som agradável. Harry estava rindo junto, quando passou a admirar a cena e foi ficando mais sério, Malfoy percebeu e achou que havia dito algo de errado.

-Eu disse algo de errado, Potter?

-De forma alguma... desculpa, me perdi aqui, é bom te ver sorrindo Malfoy.

Agora era Malfoy que corava.

-Draco eu preciso ir, já estou ficando bêbado do vinho, e esta tarde.

-Tudo bem Pott..

-Harry, me chame de Harry.

-Tudo bem Harry, nos vemos outras vezes?

-Espero que sim.

Eles se olharam por alguns segundos, quando Draco enfim se aproximou de Harry, ele colocou a mão no rosto do auror.

-Posso? -Sussurrou Draco se aproximando lentamente do rosto de Harry.

-Uhun.. -Foi o que Harry conseguiu dizer, pois estava hipnotizado com o olhar de Draco nos seus.

Draco com a mão no rosto de Harry, se aproximou e selou seus lábios, havia um gosto maravilhoso de vinho no lábio deles, e Potter não se movia. Draco passou a mão do rosto até a nuca do moreno, pressionando mais os lábios e pedindo permissão para passar sua língua, Harry cedeu, e o calor do beijo tomava conta dos corpos. A mão de Malfoy adentrava os cabelos negros, e só ai que Harry reagiu, puxando o loiro pela cintura. Eles passaram um bom tempo em beijos longos. Começaram tímidos e lentos, passaram a ser mais agressivos e rápidos, gerando respirações ofegantes e pequenos gemidos timidamente vindos de Harry.

Harry se afastou recuperando fôlego,

-Eeeu, preciso ir agora, Draco. Boa noite.

Harry aparatou sem dar direito de Draco responder ou se despedir.