Capítulo 11

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Fevereiro de 2017

Quando eu e a minha prima eramos pequenas costumávamos passar imenso tempo a brincar às princesas e sonhávamos em encontrar o nosso príncipe encantado

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Quando eu e a minha prima eramos pequenas costumávamos passar imenso tempo a brincar às princesas e sonhávamos em encontrar o nosso príncipe encantado. Ficávamos horas a folhear as revistas à procura do nosso vestido de casamento.

Seja como for, queríamos algo como na Cinderela, algo mágico e inesquecível —algo que não fosse necessário fotos para recordar. Algo que ficaria gravado na nossa memória.

O meu dia de casamento pode ainda ser inexistente —ainda tenho a esperança— porém a minha prima teve mais sorte.

Depois de sete anos de namoro e quatro anos a morar juntos, Samuel finalmente pediu a mão da Delilah. Como seria de esperar, ele teve ajuda porque— Bem, digamos que a minha tia, quando soube das intenções de ele se casar com a filha, não conseguiu ficar quieta e organizou o pedido para o Dia dos Namorados. A minha tia tem uma relação muito forte com a minha prima apesar de esta ter dois irmãos mas um deles casou-se pelo civil, foi algo simples e rápido, e o outro é mais novo que Delilah por isso, acho que ainda vai demorar até pisar um altar.

A verdade é que já não era sem tempo. Delilah dava-lhe todas as pistas. Sempre que passavam por uma joalharia, os olhos cor de avelã da minha prima deliciavam-se com as alianças e os magníficos anéis de noivado com os seus diamantes de todos os tamanhos e feitios.

Acho que ele tinha um pouco de medo que fosse cedo demais, apesar de saber que a minha prima queria casar um dia. No entanto, ele também é um pouco distraído e nunca se apercebeu que ela estava mais do que pronta para dar o nó.

"Samuel, ela não vai esperar para sempre." Disse-lhe uma vez quando nos encontramos no Mac's. "Se não ganhas juízo, vai ser ela a pedir-te em casamento." O rapaz riu-se.

"Se calhar tens razão." Murmurou.

"Então qual é a demora? Ela já escolheu as alianças e ainda nem está noiva!" A minha prima põe sempre com a carroça à frente dos bois. Planeia tudo ainda antes de acontecer mas no final, muda de ideias mais de cinquenta vezes.

O rapaz de cabelo castanho suspira, dizendo um baixo, "eu sei."

Será que o Louis também está assim? Tenho plena consciência do porquê de ele nunca me pediu em casamento —ele próprio já o admitiu— e não posso deixar de imaginá-lo nervoso como o Samuel. No entanto, conhecendo o meu namorado, eu sei que nunca seria algo grandioso. Seria algo mais privado entre nós e mais simples.

Uns dias depois à minha conversa com Samuel, sou acordada com alguém a espancar a porta do meu apartamento. Quando, muito lentamente, me levanto da cama para abrir a porta, sou quase atirada ao chão pelo grito histérico da Delilah que logo me espeta a mão em frente aos olhos para me mostrar o seu anel.

Um fino adorno de prata no seu dedo anelar com um pequeno diamante no topo, brilha à luz pálida da manhã do Dia dos Namorados. Era bastante elegante e estaria a mentir se dissesse que não fiquei roída de inveja. Mas logo isso desaparecia quando olhava o meu anel de compromisso. É quase o mesmo, repetia para mim mesma.

Truly Madly Deeply ● Louis Tomlinson AUOnde histórias criam vida. Descubra agora